Varejo em recuperação: com otimismo moderado, empresas devem planejar expansão com cautela jurídica
Com queda dos juros e sinais positivos no consumo, especialista alerta: crescimento exige estratégia, estrutura e atenção ao compliance para evitar riscos futuros
A economia brasileira tem apresentado sinais de recuperação, ainda que sutis. A taxa básica de juros vem sendo gradualmente reduzida, a inflação dá sinais de controle e o consumo interno começa a reagir — criando uma atmosfera de otimismo moderado no setor varejista. No entanto, para a advogada Daniela Correa, especialista em Direito Empresarial com foco no varejo, esse momento exige mais cautela do que euforia.
“É natural que os empresários enxerguem oportunidades nesse novo cenário, mas crescimento desordenado e decisões precipitadas podem colocar tudo a perder. Expandir exige planejamento jurídico, estrutura de governança e atenção ao compliance”, afirma Daniela.
De fato, dados recentes da Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostram uma leve alta no índice de confiança do empresário do comércio. Com o recuo da Selic, há maior acesso ao crédito e mais consumidores voltando às lojas. Mas, em paralelo, o ambiente econômico ainda impõe desafios: alta carga tributária, burocracia, oscilações no consumo e margens de lucro apertadas.
Nesse contexto, Daniela destaca três pontos de atenção para quem deseja crescer de forma sustentável:
- Expansão com responsabilidade
Antes de abrir uma nova loja ou lançar uma nova operação digital, é essencial revisar contratos, avaliar riscos regulatórios e mapear fornecedores e parceiros. “Crescer sem estrutura é um dos erros mais comuns. É preciso avaliar se o modelo de negócio está preparado para suportar a expansão.”
- Compliance e governança
Com o aumento da exposição e da complexidade operacional, cresce também a responsabilidade jurídica. “Empresas que pretendem crescer devem investir em políticas de compliance e boas práticas de governança. Isso protege a marca, evita litígios e melhora a percepção do mercado.”
- Atenção ao comportamento do consumidor
A recuperação é real, mas o consumidor mudou: está mais cauteloso, exigente e conectado. “Empresas que negligenciam a jornada de compra e a experiência do cliente podem perder espaço, mesmo em um cenário de retomada.”
Daniela ressalta que o crescimento saudável depende de um equilíbrio entre ousadia e prudência. “A retomada existe, mas ainda estamos em um ambiente sensível. Quem crescer com planejamento e estrutura jurídica terá vantagem competitiva. Quem não se preparar, pode transformar a oportunidade em problema.”
Sobre Daniela Correa: Daniela é advogada especialista com mais de 20 anos de experiência em Direito Empresarial, com ênfase em Tributário, Trabalhista, Societário e Compliance, com atuação no consultivo e contencioso estratégicos.
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