SEGS Portal Nacional

Economia

Banco Central quer ampliar regulação das empresas sobre os Relatórios Climáticos

  • Terça, 07 Mai 2024 18:34
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Jéssica Mattia
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
  • Imprimir

Visando alinhar a prestação de informações aos padrões internacionais, BCB instituiu a consulta pública 100/2024, que aceita participações e sugestões até 28 de junho

O Banco Central do Brasil (BCB) lançou, no fim de março, a consulta pública 100/2024, que visa aprimorar a divulgação do Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos, o GRSAC. Seu objetivo é obter um alinhamento das divulgações aos padrões internacionais e ampliar o alcance de informações sobre o tema, já que, atualmente, apenas dados qualitativos são obrigatórios nesses documentos. O prazo para o envio de sugestões vai até 28 de junho e pode ser acessado aqui.

Em todo o mundo, o número de companhias que produzem Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticos cresceu 26% entre 2020 e 2022, de acordo com uma pesquisa do Grupo de Trabalho sobre Divulgações Financeiras relacionadas ao Clima (TCFD, na sigla em inglês). O TCFD está integrado ao Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, em inglês), que estipula quais informações devem ser divulgadas para investidores.

“A Consulta Pública do Banco Central abrange alguns temas principais: o contexto e a abrangência das informações divulgadas; interação das regras com os padrões internacionais; estabelecer indicadores para gerenciamento do risco climático; compromissos voluntários e planos de transição; escopo de aplicação e prazos para implementação de regras”, explica Nathalia Lima Barreto, advogada e sócia do escritório Razuk Barreto Valiati.

De acordo com Nathalia, as empresas estão sentindo cada vez mais a necessidade de prestar informações de forma adequada tanto para a sociedade quanto para os investidores. “Já existem segmentos com obrigatoriedade de divulgação do Relatório GRSAC, de acordo com a Resolução BCB n° 197/2022. Agora o Banco Central estuda a atualização e o aumento da sua abrangência (tanto em conteúdo, quanto em publicidade). É fundamental que as empresas busquem conhecer os possíveis impactos desta consulta pública e até proponham suas contribuições”, diz.

Vantagens para todos os envolvidos

A intenção do Banco Central com a medida é gerar benefícios para todos os envolvidos: dá segurança jurídica às instituições financeiras na concessão de créditos, traz informações e tranquilidade aos investidores e, em última análise, evita que projetos que descumpram normas ambientais sejam contemplados com recursos, favorecendo a sociedade como um todo.

“O BCB incluiu a dimensão sustentabilidade em sua agenda de temas a serem endereçados, com foco interno, em políticas, nas regulações e parcerias. Na prática, a instituição assumiu que essa agenda pode afetar a política monetária e a estabilidade financeira de um país, que são duas das funções mais importantes do BCB. Porém, a compreensão dos diversos parâmetros e métricas é complexa e o Banco Central deve buscar a sua simplificação e unificação para melhor atendimento corporativo”, ressalta a advogada.

Embora possa ser visto como mais uma burocracia para o setor, a preocupação de garantir recursos apenas para projetos que estejam em linha com as normas ambientais é benéfica para o Brasil e para a reputação das instituições financeiras. A consultoria S&P Global Ratings estima que, em 2024, a emissão das debêntures verdes deve atingir US$ 1 trilhão, sendo o Brasil um dos prováveis destinos destes recursos.

As novas normas do BCB podem trazer ainda mais segurança para esta área e parâmetros adequados para instituições focadas na sustentabilidade. Esta medida do BCB está, inclusive, em linha com as expectativas do TCFD. “O Grupo de trabalho acredita que é especialmente importante reconhecer a dinâmica natural das questões relacionadas ao clima e a necessidade de avaliação e ajustes constantes na proporção em que as práticas continuam a evoluir”, afirma o relatório do TCFD.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

+ECONOMIA ::

Dez 05, 2025 Economia

O que Nova York pode ensinar sobre o futuro do mercado…

Dez 04, 2025 Economia

Novo sistema tributário expõe fragilidade de sucessões…

Dez 03, 2025 Economia

Pix anuncia recorde histórico de transações na Black…

Dez 02, 2025 Economia

13º salário evidencia a importância de tomar decisões…

Dez 01, 2025 Economia

Varejo acelera neste fim de ano e shoppings projetam…

Nov 28, 2025 Economia

Reforma Tributária: diferenças regionais na…

Nov 27, 2025 Economia

Pix, aproximação, QR Code, biometria e carteiras…

Nov 26, 2025 Economia

Reforma Tributária: diferenças regionais na…

Nov 25, 2025 Economia

Pix, aproximação, QR Code, biometria e carteiras…

Nov 25, 2025 Economia

Investimento dos pecuaristas em genética cresce 11,7%…

Nov 24, 2025 Economia

Um em cada três negócios recorre a crédito para…

Nov 21, 2025 Economia

3 dicas para investir com segurança com a Selic em 15%,…

Nov 19, 2025 Economia

Isenção do IR acompanhada de tributação de alta renda…

Nov 18, 2025 Economia

Nova tributação de dividendos deve acelerar migração de…

Nov 17, 2025 Economia

Reforma Tributária impacta setor dos transportes com…

Nov 14, 2025 Economia

Reforma Tributária acende alerta para aumento do…

Mais ECONOMIA>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version