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Open Finance toma a dianteira da revolução do setor financeiro

  • Quinta, 02 Dezembro 2021 16:37
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Clean Barros
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
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Cada um em seu núcleo de atuação, fintechs e consumidor final são protagonistas desse cenário disruptivo.

*Por Felipe Avelar

Assim como o Pix, que acabou de completar um ano de criação, o Open Finance vem causando um avanço natural na transformação digital do tradicional mercado financeiro. Lançado no início do ano pelo Banco Central (BC), o Open Finance é uma evolução do Open Banking e já caminha para a fase final de implementações trazendo um universo ainda maior de possibilidades de operações.

Mas, afinal, o que difere o Open Finance do Open Banking? Para entender melhor as diferenças, é importante ressaltar suas similaridades.

Tanto o Open Banking quanto o Open Finance são sistemas financeiros abertos que funcionam dentro de um universo totalmente digital e possibilitam que o consumidor seja o protagonista de sua gestão financeira, ou seja, dono de seus dados. Garantem que somente o cliente autorize instituições financeiras terem acesso às suas informações, como seu perfil consumidor, assim como escolher as que oferecem as melhores vantagens de acordo com suas condições e necessidades, sem precisar ser correntista ou ter algum vínculo comercial com a instituição.

Como diferenças, a principal delas é a quantidade de oportunidades de serviços e produtos que estarão à disposição, já que o Open Finance, uma evolução natural do Open Banking, passará a incluir no ecossistema financeiro brasileiro, além de bancos e fintechs, outras instituições como corretoras de valores, empresas de câmbio e de fundos. Ou seja, o cliente poderá ter acesso a crédito, aplicações em fundos, por exemplo, além de serviços bancários, que oferecem melhores condições e taxas.

Além de poder reunir todas as suas informações financeiras num só lugar, o consumidor brasileiro consegue resolver qualquer questão financeira com total autonomia por meio de algum dispositivo digital.

Para o mercado, o sistema aberto promove ainda mais diversidade nas operações ao incorporar outros setores financeiros do país, sendo possível, ainda, a inclusão de novos modelos de serviços nas ofertas ao consumidor. Além disso, amplia a inovação social com a transformação digital do sistema financeiro, ainda que exista resistência de alguns players.

Para as fintechs brasileiras, que já nasceram no ambiente digital e atuam sob a bandeira da democratização das operações financeiras, o protagonismo também é indiscutível uma vez que passam a ter acesso a dados que, antes, só os bancos tradicionais tinham.

Assim, podemos dizer que o Open Finance democratiza a operação do sistema financeiro, tanto na concentração de dados dos clientes quanto no acesso a produtos e serviços financeiros. Neste cenário disruptivo, já estamos vivenciando um aumento de transações em meio digital. Uma pesquisa feita no ano passado pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) mostrou que 51% das operações bancárias foram realizadas em ambiente online. Com isso, podemos arriscar que esse comportamento só tende a aumentar.

As fintechs, assim como instituições de crédito, fundos e valores, principalmente, as que atuam em mercados menores, só têm a comemorar com a abertura do sistema financeiro. Mas deixo aqui um recado importante. Apenas as instituições autorizadas pelo Banco Central (BC) poderão participar do sistema financeiro aberto, além de cumprir com rigor as regras de segurança, pois todo o processo terá a supervisão do BC.

A chegada do Open Finance marca a revolução do sistema financeiro, criando um novo cenário que não terá mais como voltar atrás. Sendo assim, todos os agentes do ecossistema financeiro devem estar preparados para essa revolução que só veio para facilitar a vida das pessoas e de instituições num ambiente mais democrático.

*Felipe Avelar é fundador e CEO da startup Finplace (www.finplace.com.br), fintech que conecta de forma gratuita empresas que precisam de crédito com instituições financeiras. Foi por 10 anos vice-presidente de operações do Grupo Credit Brasil e possui grande experiência no segmento de crédito para MPMEs


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