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Demanda por crédito em setembro já é 30% maior que o período antes da pandemia

  • Quinta, 22 Outubro 2020 11:33
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Ana Borges
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
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Mesmo com a já esperada diminuição de ritmo sazonal de setembro os pedidos de financiamento completam cinco meses consecutivos de alta, conforme INDC

A demanda por crédito no mês de setembro atingiu crescimento de 3% em relação a agosto, levando o resultado acumulado do ano a alcançar o desempenho positivo de 30% durante os nove meses de 2020. O resultado, que reflete a consolidação da retomada da economia, acaba de ser revelado pelo Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC), que mede o número de solicitações de financiamentos mensais nos segmentos de varejo, bancos e serviços. Em setembro, o destaque ficou com o setor de serviços que liderou a demanda de crédito com um desempenho de 29%. No mesmo período, no entanto, chamou a atenção o recuo do setor de varejo que registrou uma queda de 5%.

“Os números do varejo indicam um recuo considerável que não podemos tratar somente como desaceleração. Inicialmente, devemos lembrar que agosto tem 31 dias e setembro 30 e neste ano teve um sábado (dia de maior venda) a menos. Isso por si só representaria uma queda estimada entre 3% e 4%. Outro ponto é que esse comportamento está bem concentrado em lojas de departamentos, principalmente. Isso é histórico porque setembro é um mês que, tradicionalmente, se tem uma baixa nas vendas. Por isso a avaliação é de que o cenário continua positivo”, observa o diretor de Produtos e Sucesso do Cliente da Neurotech, Breno Costa.

De acordo com o INDC, as lojas de departamento registraram uma queda de 10% nas vendas entre agosto e setembro, o maior tombo entre todos os segmentos de varejo. Dentre os setores, o de supermercados se destacou, atingindo um crescimento de 13%. Vestuário também teve um desempenho positivo ainda que tímido, registrando um avanço de 2% no período.

No ano, o setor de serviços está na dianteira, apresentando um crescimento de 73%. Como segundo colocado desponta o bancário que avançou 30% de janeiro a setembro. O de varejo, por sua vez, está com um incremento de 12% no mesmo período. O destaque do setor de serviços pode ser lido como uma busca deste segmento por intensificar linhas de crédito para geração de receita mediante o cenário de crise. Existe uma clara tendência no mercado de verticalização de soluções para as respectivas cadeias produtivas.

O diretor da Neurotech chama a atenção para o fato de que os outros meses, em geral, são mais favoráveis ao varejo devido a promoções e comemorações de datas festivas. “Todo o mês tem algum acontecimento que alavanca as vendas. Saldão em janeiro, fevereiro tem o carnaval, as tradicionais campanhas nos meses de março e abril. Aí temos o dia das mães, dia dos namorados, então começa o inverno. Depois o setor é favorecido pelo dia dos pais, dia da criança e o Black Friday. E dezembro, quando as compras de Natal disparam as vendas”, afirma.

Verificando os segmentos que compõem o setor de varejo, o de vestuário consta entre os melhores desempenhos, registrando 34% entre janeiro a setembro. Chama a atenção o pico nas vendas que o vestuário apresentou entre os meses de maio e junho, quando atingiu o patamar de 157%. “No entanto, observamos que há agora uma tendência de estabilização”, analisa Costa.

Os supermercados, por sua vez, registraram um desempenho de 13% em setembro, mesmo patamar atingido em agosto, mas ainda acumulam um comportamento negativo de 20% no ano. Aqui percebemos um movimento inverso ao do setor de serviços. Este setor foi o menos afetado pela pandemia do ponto de vista de faturamento do varejo. Mas o serviço financeiro carece de investimento em alguns momentos, bem como da presença física dos clientes para tal oferta.

Os eletroeletrônicos, que apresentaram leve retração de 3% em agosto, demonstram estar caminhando para o terreno da estabilidade, com um decréscimo de apenas 1% em setembro.

“Claramente o crédito tem se mostrado uma alavanca para o momento que estamos passando. Muito concessores de crédito retomaram a confiança e as necessidades de consumo continuam latentes, mesmo estando em casa. Podem ter mudando de um setor para outro, mas as necessidades estão lá e crédito também para suportar”, conclui.


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