SEGS Portal Nacional

Economia

Vendas de imóveis residenciais novos crescem em junho na Capital

  • Terça, 28 Julho 2020 11:05
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Rosana Pinto
  • SEGS.com.br - Categoria: Economia
  • Imprimir

Pesquisa Secovi-SP aponta aumento na comercialização pelo segundo mês consecutivo

A Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) apurou em junho deste ano a comercialização de 2.984 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo. O resultado foi 24,1% maior que o mês anterior (2.405 unidades), e 56,0% abaixo das vendas de junho de 2019 (6.789 unidades).

No acumulado de 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), as 46.480 unidades comercializadas representaram um aumento de 23,7% em relação ao período anterior (julho de 2018 a junho 2019), quando foram negociadas 37.569 unidades.

Lançamentos – De acordo com dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em junho, o lançamento de 2.015 unidades residenciais, volume 28,3% superior ao apurado em maio (1.570 unidades), e 79,9% abaixo do total de junho de 2019 (10.002 unidades).

No acumulado de 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), os lançamentos na capital paulista somaram 54.740 unidades, 12,3% acima das 48.751 unidades lançadas no mesmo período do ano anterior (julho de 2018 a junho de 2019).

Oferta – A capital paulista encerrou o mês de junho com a oferta de 31.225 unidades disponíveis para venda – quantidade de oferta 3,7% inferior à registrada em maio de 2020 (32.438 unidades), e 31,8% acima do volume de junho do ano passado (23.691 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (julho de 2017 a junho de 2020).

Destaques – Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se no mês de junho em todos os indicadores: vendas (2.044 unidades), oferta (17.894 unidades), Valor Global de Venda (R$ 584,7 milhões), Valor Global de Oferta (R$ 5,6 bilhões), lançamentos (1.231 unidades) e no índice Venda Sobre Oferta (10,3%), resultado das 2.044 unidades comercializadas em relação aos 19.938 imóveis ofertados.

Imóveis com menos de 45 m² de área útil lideraram em vendas (2.001 unidades), oferta (20.248 unidades), VGV (R$ 454,8 milhões), VGO (R$ 4,7 bilhões) e lançamentos (1.222 unidades). O maior VSO (9,9%) foi percebido nos imóveis com área entre 45 m² e 65 m².

Preço – Os imóveis com valor de até R$ 240 mil lideraram os indicadores de vendas (1.633 unidades), oferta final (15.265 unidades), maior VSO (9,7%), maior VGV (R$ 310,1 milhões) e maior quantidade de lançamentos (1.009 unidades). Os imóveis com preços superiores a R$ 1,5 milhão tiveram o maior VGO (R$ 5,2 bilhões).

No mês de junho, 1.588 unidades vendidas e 854 unidades lançadas foram enquadradas como econômicas (programa Minha Casa, Minha Vida). A oferta totalizou 15.024 unidades disponíveis para venda, com VSO de 9,6%.

No segmento de mercado de médio e alto padrão, a pesquisa identificou 1.396 unidades vendidas, 1.161 unidades lançadas, oferta final de 16.201 unidades e VSO de 7,9%.

Análise dos especialistas – A Pesquisa do Mercado Imobiliário da cidade de São Paulo do mês de junho feita pelo Secovi-SP encerra um semestre que vai ficar marcado na história, em razão da influência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que parou quase a totalidade das atividades econômicas em todo o mundo.

O setor lamenta as perdas irreparáveis de vidas. Até agora, mais de 80 mil cidadãos morreram em virtude da doença no Brasil. E o mercado imobiliário também se preocupa com a retração econômica, como não poderia deixar de ocorrer em meio a uma crise desta magnitude, com o consequente aumento do desemprego e diminuição das atividades das empresas.

“Apesar desse cenário desafiador, o mercado imobiliário apresentou crescimento no mês de junho em relação ao mês de maio, quando as vendas já tinham apresentado recuperação em relação a abril. A tendência de retomada da vida, dentro de um ‘novo normal’, está colaborando com esse comportamento”, diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

No mês, foram vendidas 2.984 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo – um aumento de 24,1% em relação ao mês imediatamente anterior.

Outro aspecto a ser considerado nos resultados da pesquisa é que, apesar de os lançamentos no primeiro semestre do ano terem sido reduzidos em mais de 50%, as vendas caíram somente 14%, o que demonstra, entre outras coisas, que a demanda continua aderente aos produtos imobiliários e que as vendas estão se concentrando nos imóveis disponíveis (lançados, em construção e prontos).

“Esta pandemia, entre outros aspectos, mostrou a importância do imóvel para a segurança das famílias, muito além de seu benefício patrimonial e econômico”, aponta Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.

Nesse processo de recuperação das vendas, a taxa Selic, que está no menor patamar histórico, deve ser considerada. “Ela está baixíssima. E a futura diminuição do spread bancário para o financiamento imobiliário fará com que as prestações da casa própria fiquem muito mais acessíveis, praticamente se igualando ao valor do aluguel. Isso é um forte incentivo à compra do imóvel”, destaca Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

Para o economista-chefe do Sindicato, existe margem para a redução dos juros dos financiamentos imobiliários. “Taxas de juros competitivas estimulam o aumento das operações de financiamentos, trazendo mais famílias para o crédito imobiliário”, ressalta Petrucci.

“Mas para essa popularização do crédito, é preciso que as taxas de juros praticadas pelos bancos sejam compatíveis com a atual conjuntura econômica do País”, completa Jafet.

Afora as taxas de juros, os empreendedores imobiliários, que mantiveram suas atividades produtivas durante a pandemia, com os canteiros de obras operando dentro de rígidos padrões de higiene e segurança para os trabalhadores, continua a enfrentar dificuldades legais para viabilizar novos produtos imobiliários na cidade de São Paulo. “O que mais nos preocupa é o futuro, o período pós-pandemia, pois continuaremos a lidar com os entraves da Lei de Zoneamento, que precisa de mudanças e calibragem há muito tempo”, destaca o vice-presidente Kallas.

“O setor atende muito bem a demanda por imóveis econômicos. Mas a classe média sofre os efeitos das restrições das legislações urbanas, que travam a produção imobiliária diversificada, para atender vários púbicos consumidores. As regras legislativas são antagônicas à realidade de uma cidade dinâmica como São Paulo. Isso tem de ser solucionado rapidamente”, conclui o presidente Basilio Jafet.

Confira a Pesquisa Secovi-SP completa, com dados da Região Metropolitana de São Paulo.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

+ECONOMIA ::

Dez 05, 2025 Economia

O que Nova York pode ensinar sobre o futuro do mercado…

Dez 04, 2025 Economia

Novo sistema tributário expõe fragilidade de sucessões…

Dez 03, 2025 Economia

Pix anuncia recorde histórico de transações na Black…

Dez 02, 2025 Economia

13º salário evidencia a importância de tomar decisões…

Dez 01, 2025 Economia

Varejo acelera neste fim de ano e shoppings projetam…

Nov 28, 2025 Economia

Reforma Tributária: diferenças regionais na…

Nov 27, 2025 Economia

Pix, aproximação, QR Code, biometria e carteiras…

Nov 26, 2025 Economia

Reforma Tributária: diferenças regionais na…

Nov 25, 2025 Economia

Pix, aproximação, QR Code, biometria e carteiras…

Nov 25, 2025 Economia

Investimento dos pecuaristas em genética cresce 11,7%…

Nov 24, 2025 Economia

Um em cada três negócios recorre a crédito para…

Nov 21, 2025 Economia

3 dicas para investir com segurança com a Selic em 15%,…

Nov 19, 2025 Economia

Isenção do IR acompanhada de tributação de alta renda…

Nov 18, 2025 Economia

Nova tributação de dividendos deve acelerar migração de…

Nov 17, 2025 Economia

Reforma Tributária impacta setor dos transportes com…

Nov 14, 2025 Economia

Reforma Tributária acende alerta para aumento do…

Mais ECONOMIA>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version