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O que a IA muda nas eleições de 2026 em relação a 2022

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Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Novas regras, tecnologia acelerada e a desconfiança do eleitor redesenham o próximo ciclo eleitoral

As eleições de 2026 chegam em um ambiente muito diferente daquele visto em 2022. A aceleração no uso da inteligência artificial e as mudanças no comportamento do eleitor inauguram uma nova fase da comunicação política.

Nesse contexto, o publicitário e estrategista de marketing político Guto Araujo, que participou de seis campanhas presidenciais no Brasil e América Latina, afirma que 2026 não repetirá a lógica de quatro anos atrás. Para ele, as práticas que dominaram o último pleito: viralização espontânea, reatividade nas redes e pouca governança digital, deixaram de ser mais viáveis. “O que funcionava em 2022 não funciona exatamente igual neste momento. A campanha agora deve mais ser precisa e juridicamente segura”, afirma.

A principal transformação está no campo regulatório. As resoluções do Tribunal Superior Eleitoral aprovadas a partir de 2024 estabeleceram novos limites para o uso de inteligência artificial, proibindo deepfakes, exigindo identificação de conteúdos produzidos por IA e responsabilizando as plataformas digitais pela remoção de publicações manipuladas. Em 2022, essas práticas circulavam em áreas cinzentas; em 2026, passaram a configurar risco jurídico imediato. Para Araujo, isso obriga as campanhas a operarem com processos internos robustos, equipe multidisciplinar e monitoramento constante.

Além da regulação, o modo de comunicação também mudou. Se em 2022 a lógica era impulsionar volume e apostar na viralização rápida, 2026 exige profissionalização. “As campanhas terão de se comportar como redações, atuando com checagem, segmentação e coerência narrativa”, aponta o estrategista. O improviso perde espaço para planejamento e para estratégias direcionadas por dados.

Outro elemento decisivo é o crescimento do papel dos influenciadores. O que em 2022 era majoritariamente orgânico, em 2026 se torna eixo estratégico. A credibilidade construída em nichos ganha peso superior ao das mensagens institucionais. “O eleitor acredita em quem acompanha no dia a dia. A campanha precisa entender essa dinâmica e trabalhar com influenciadores de forma profissional, contínua e responsável”, explica Guto.

A mudança no comportamento do eleitor também redesenha a disputa. O público chega mais crítico, mais desconfiado e mais atento ao uso de tecnologia. A disseminação do debate sobre desinformação e IA levou o eleitor a checar, comparar e cobrar coerência. “A mentira ficou mais fácil de produzir, no entanto muito mais difícil de sustentar”, resume o estrategista. Isso exige que as campanhas adotem narrativas consistentes, sustentáveis e verificáveis.

Para além do que já mudou, Guto Araujo defende que há transformações que devem ocorrer para que o país não repita distorções de 2022: maior educação midiática, processos internos mais rigorosos, uso ético da inteligência artificial e transparência total na comunicação. “2026 é a chance de amadurecer o processo eleitoral. A política precisa acompanhar a evolução do eleitor”, conclui.


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