Demissões em massa no setor de tecnologia acendem alerta sobre modelo de gestão das big techs
Com mais de 650 mil cortes desde 2022, mercado revisa estratégias, abandona estruturas infladas e busca equilíbrio entre eficiência e sustentabilidade
O setor de tecnologia, que liderou a expansão econômica durante a pandemia, passa agora por um processo de reestruturação global. De acordo com dados do site Layoffs.fyi, especializado no monitoramento de cortes em empresas de tecnologia, mais de 650 mil profissionais foram demitidos entre 2022 e maio de 2025. Os desligamentos começaram nos Estados Unidos, mas já atingem startups e scale-ups brasileiras, sinalizando um esgotamento do modelo de crescimento agressivo que marcou a última década.
A lista de empresas que realizaram cortes inclui Meta, Amazon, Google, Microsoft, Dell, Spotify e Salesforce. Somente em 2025, a Meta demitiu 3.600 pessoas, o equivalente a 5% da sua força de trabalho. A Amazon já havia eliminado 27 mil postos em 2023. Áreas antes consideradas estratégicas, como produto, engenharia e marketing, passaram a ser redimensionadas.
Apesar dos cortes serem bem recebidos pelo mercado financeiro — com alta imediata nas ações das companhias após os anúncios —, os impactos internos são significativos. Um estudo da McKinsey & Company revela que mais de 60% dos profissionais de tecnologia relataram aumento no estresse e na insegurança desde o início das demissões, acendendo um alerta para o risco de burnout e perda de engajamento no setor.
Brasil acompanha tendência global
O Brasil também entrou no radar da reestruturação. Empresas de tecnologia nacionais, pressionadas pela escassez de capital, evolução da inteligência artificial e exigência por resultados financeiros mais consistentes, têm revisto suas estratégias.
“O modelo de gestão das big techs envelheceu mal. Crescimento a qualquer custo se transformou em sinônimo de desperdício”, afirma Sylvestre Mergulhão, CEO da Impulso, empresa especializada em produtividade e reestruturação de times de tecnologia. “Muitas dessas companhias incharam suas equipes com base em expectativas irreais, e agora cortam sem um plano claro de reorganização. Isso não é eficiência — é correção de rota forçada.”
A Impulso atende empresas como Globo, Natura, Stone, Smart Fit e Cielo com soluções como squads sob demanda, formação de lideranças e employer branding. Para Mergulhão, a mudança não é apenas conjuntural, mas estrutural: exige uma revisão profunda nos formatos de contratação e gestão.
Fim da era do organograma fixo
Nos últimos anos, a abundância de recursos e a corrida por escala incentivaram a criação de estruturas inchadas, muitas vezes desconectadas da real necessidade do negócio. Agora, a busca por eficiência impõe um novo modelo organizacional, mais leve e adaptável.
“O futuro passa por estruturas enxutas, baseadas em dados e com foco real em entrega de valor”, diz Mergulhão. “Squads sob demanda, formação contínua e gestão estratégica de talentos são peças-chave para atravessar esse momento com inteligência. O RH tradicional não dá mais conta.”
Segundo o executivo, a priorização de resultados financeiros imediatos pode levar à desumanização dos processos. “Demissões não podem ser tratadas como métrica de sucesso. Elas são, muitas vezes, o reflexo de uma má gestão anterior. Pessoas não são números. A instabilidade constante compromete a capacidade de inovação das empresas.”
Nova fase exige nova mentalidade
Embora o pico das demissões já tenha passado, especialistas apontam que o movimento de racionalização deve continuar ao longo de 2025, porém de forma mais criteriosa. O foco agora está na construção de estruturas sustentáveis, com produtividade real e saúde organizacional.
Empresas que conseguirem alinhar eficiência operacional a uma cultura de desenvolvimento humano terão mais chances de se manter competitivas neste novo ciclo. O setor de tecnologia, que sempre ditou tendências, agora precisa mostrar que também sabe se adaptar. “É hora de amadurecer a gestão e profissionalizar o crescimento. Quem insistir nos mesmos erros do passado corre o risco de ficar para trás — mesmo sendo uma gigante”, conclui Mergulhão.
Impulso
Fundada em 2010, a Impulso é uma People Tech 100% brasileira especializada em soluções completas para times de tecnologia. Com um modelo 100% remoto desde sua fundação, a empresa atende grandes corporações como Raízen, Globo, Coca-Cola, Creditas, Stone, Smartfit, Natura, ContaAzul, ClickBus, Zenvia, Cielo, Beep, Locaweb e Cogna. Com uma equipe interna de aproximadamente 50 colaboradores e gerenciando um ecossistema de cerca de 300 profissionais, a Impulso prepara um plano de expansão com novas soluções de people analytics e inteligência aplicada à gestão de talentos, reforçando seu compromisso com a evolução contínua do setor de tecnologia no país. Saiba mais em: https://impulso.team/pt
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