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Por que a tecnologia ignora os recém-formados? Desafios e perspectivas para jovens em busca do primeiro emprego na área

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37% dos gestores preferem investir em soluções de inteligência artificial ao invés de contratar recém-formados

O mercado de trabalho tem apresentado uma série de desafios para os profissionais recém-formados. De acordo com uma pesquisa realizada pela Intelligent.com, 1 em cada 7 empresas pode deixar de contratá-los este ano, pois afirmam que, quando o fazem, essas admissões fracassam pela falta de motivação ou iniciativa (50%), falta de profissionalismo (46%), habilidades de comunicação precárias (39%), dificuldades com feedback (38%) e habilidades inadequadas para resolução de problemas (34%). E há outro dado ainda mais agravante: um estudo da Hult International Business School aponta que 37% dos gestores preferem investir em soluções de inteligência artificial ao invés de contratar recém-formados.

Quando é feito um recorte para o mercado de Tecnologia, há outro desafio adicional: o buraco entre a oferta de empregos e a quantidade de alunos formados na graduação ou ensino técnico. De acordo com o Relatório Perspectivas do Mercado de Trabalho do Macrossetor de TIC, da Brasscom, há um descasamento de 30,2% entre a demanda e a oferta por profissionais de Tecnologia. Enquanto entre 2019 e 2024 surgiram mais de 665 mil vagas, seja para empregos formais, informais ou prestação de serviços, ocorreram pouco mais de 464 mil formações nos cursos de graduação e técnicos dentro do mercado de TIC.

“A prática de assistir continuamente os alunos durante os cursos de capacitação até ingresso no mercado estabelece um vínculo sólido entre os jovens e os empregadores, garantindo que se adaptem às demandas do mercado e atendam às necessidades da empresa. O acompanhamento constante após inserção no mercado também é válido para assegurar que os profissionais se sintam assistidos, amparados e possam desfrutar do acesso a conversas construtivas e perspectivas de crescimento”, defende Ana Letícia Lucca, Especialista em Gestão Estratégica de Carreiras e CRO da Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos que busca formar e empregar pessoas em situação de vulnerabilidade social no mercado de Tecnologia.

Segundo ela, os recém-formados que querem ingressar e crescer no setor de TI enfrentam uma série de desafios que precisam ser analisados pelas empresas. A ausência de suporte ao longo da carreira pode resultar na falta de infraestrutura adequada, dificuldades na criação de contatos, na baixa adaptabilidade e, consequentemente, na perda da oportunidade de desenvolvimento. A especialista acredita que a falta de apoio e incentivo às pessoas recém-formadas pode embasar a expressiva dificuldade dos empregadores em contratações bem-sucedidas, bem como representar um déficit educacional no cenário nacional.

Quando se olha o recorte da diversidade no mercado de Tecnologia, isso é ainda mais crítico. O relatório da Brasscom também mostrou que, em 2023, somente 17,9% das profissionais formadas eram mulheres, frente a 82,1% que eram homens. Além disso, 48,1% dos profissionais eram brancos, frente a 32,6% negros; 1,6% amarelos e 0,3% indígenas. Há ainda 17,4% não declarados. “Jovens de grupos minoritários têm pouco acesso à educação de qualidade ou oportunidades de formação nas áreas de TI. O suporte contínuo de pessoas recém-formadas permite que as empresas avaliem o contexto atual e realizem iniciativas promovendo a formação de equipes mais plurais e inovadoras. Programas estruturados, como os oferecidos por organizações comprometidas com diversidade e inclusão, auxiliam na transição da formação para o mercado de trabalho, promovendo empregabilidade e retenção de talentos”, comenta Ana Letícia.

Ainda segundo a especialista, as barreiras financeiras para cursos, treinamentos e equipamentos formam um desafio de infraestrutura durante a jornada de busca por conhecimento e técnicas específicas para inserção no setor. Ela ainda lembra que a necessidade de rápida adaptação ao ritmo acelerado que a indústria exige reflete na falta de experiência, capacitação e integração na cultura do ambiente corporativo.

“Ainda existe o desafio que a volta ao trabalho presencial implica e dificulta a participação de jovens que residem em locais distantes dos grandes centros tecnológicos. A assistência orientada de recém-formados, em especial aqueles pertencentes a grupos menos favorecidos, reforça a necessidade da construção de um setor tecnológico brasileiro mais inclusivo. O investimento em formação técnica e desenvolvimento de novas habilidades com direito a uma supervisão ao longo da jornada, antes, durante e após entrada no mercado de trabalho, possibilita a contratação eficiente de profissionais talentosos e preparados. Podemos transformar o segmento de TI a partir de múltiplas perspectivas e capacidades, como também criar um futuro mais justo e igualitário para todos”, finaliza Ana Letícia Lucca.


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