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Inovações tecnológicas marcam Bett Brasil

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Robótica, metaverso e gamificação são tendências para o aprendizado e foram apresentadas no evento dedicado à educação. Impactos da pandemia na saúde mental de professores e alunos foi pauta no Congresso Bett

O ensino remoto teve seu destaque e importância durante a pandemia do novo coronavírus. Através da internet, professores e alunos puderam se conectar e dar sequência ao ano letivo, mesmo que com dificuldades. Agora, de volta ao presencial, escolas buscam novas metodologias e tecnologias para incentivar o ensino e manter professores e alunos motivados. Metaverso, realidade virtual, robótica e gamificação são alguns dos exemplos apresentados na Bett Brasil 2022 como recursos mais atuais para a educação.

A startup de educação está lançando o Metaverso Tindin, um ambiente de aprendizagem interativo e imersivo, no qual os alunos podem assistir a aulas online, acessar conteúdos multidisciplinares e tomar decisões que simulam vários aspectos da vida, como finanças, sustentabilidade e cidadania. As decisões tomadas pelo aluno nesse ambiente digital têm ligação direta com outros players, favorecendo as ações colaborativas e que afetam todo o ecossistema social.

Segundo Eduardo Schoroder, CEO da Tindin, mais de 1.200 escolas no país já usam o recurso. "A ideia desse projeto é incentivar o modelo de autoaprendizagem e de escola invertida. Os alunos exploram o jogo em casa e depois levam as questões para a sala de aula. Além disso, essa ferramenta é socioeducativa e facilita a construção de metas ligadas com os ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU".

Ainda na temática do metaverso, a plataforma AZ de Aprendizagem, da marca Conexia Educação, apresenta em seu estande o AZVerso, experiência imersiva que leva o visitante a uma aprendizagem divertida e bilíngue, unindo o esporte, a arte e a sustentabilidade.

“Estar na Bett Brasil 2022 de modo presencial marca um novo momento da educação pós-pandemia e simboliza o quanto a Plataforma AZ pode contribuir para a educação do futuro. Trouxemos soluções educacionais inovadoras, que utilizam a tecnologia como alavanca para potencializar a aprendizagem de estudantes de todo o Brasil, que as escolas podem usar no dia a dia, além de apresentar uma visão de como será a educação daqui a 5, 10, 20 anos, com a versão própria do Metaverso, o AZVerso”, afirmou o CEO da Conexia Educação, Sandro Bonás.

Outra solução tecnológica em destaque no evento é da Somos Educação. O Science in Learning é um recurso que une tecnologia e neurociência para compreender os aspectos que ditam a aprendizagem e, então, propor soluções baseadas em evidências científicas. Trata-se de uma testeira com sensores que, quando colocado na cabeça do aluno, consegue medir a concentração. O professor pode identificar se está perdendo a atenção do estudante por meio dos indicadores luminosos que acendem no arco. Se constatada que a concentração do aluno está caindo, o professor pode mudar a abordagem e a temática da aula.

Já a edtech Codex, que está pela primeira vez no evento, trouxe à feira uma inovação tecnológica pensada principalmente para a escola pública. O Index é uma plataforma de gestão escolar que pode contabilizar a entrada de alunos, professores e funcionários na escola, além de monitorar a temperatura corporal e fazer o registro das refeições servidas com controle de qualidade e quantidade. A ferramenta tem um papel importante no registro de atividades dos alunos na escola e no combate ao desperdício, uma vez que a responsável pela alimentação escolar recebe diariamente o número exato de alunos que compareceram à escola. “Escolhemos a Bett Brasil para fazer o lançamento do Index e estamos muito surpresos com a alta visitação da feira. Já fizemos muitos contatos promissores”, comentou a fundadora da Codex, Eline Vignoli.

No estande do Grupo Maker Educação e Tecnologia é possível conhecer vários modelos de robótica e outras tecnologias educacionais. A empresa oferece serviços para mais de 3 mil escolas públicas e privadas com kits de desenvolvimento tecnológico que capacitam os professores para lecionarem sobre a montagem dos robôs ou sistemas. Os produtos são indicados para crianças a partir de três anos e acompanham o desenvolvimento dos alunos até o Ensino Médio, estimulando criatividade, cooperação e organização. "As melhores escolas avaliadas pelo PISA são as que possuem robótica, isso é essencial para o aprendizado. Nosso diferencial é capacitar o professor para ensinar a montagem e desmontagem dos produtos, aproveitando e qualificando os docentes daquela escola", afirma Odair Fastroni, gerente de negócios da empresa.

A SAS Plataforma de Educação trouxe para a Bett Brasil um espaço que convida o público a se aprofundar em práticas pedagógicas do Ensino Infantil, Fundamental e Médio por meio de programas instalados em telas no estande. “Primeiro, é muito importante retornarmos e termos essa sensação de reconexão, ainda que a pandemia não tenha acabado. Tem sido bem produtivo pra nós, as escolas estavam ansiosas pelo evento. A impressão é que muitos expositores estão trazendo novidades e a Bett Brasil 2022 é o grande assunto do momento. No estande do SAS, estamos atentos ao retorno das aulas e promovendo palestras sobre educação socioemocional, saúde mental de alunos e professores e outros temas ligados à evolução e atualização do Ensino Básico”, afirma Ademar Celedônio, diretor de Ensino e Inovações Educacionais da SAS.

Promoção de saúde mental nas escolas

A saúde mental, que é um dos eixos do Congresso Bett Brasil desta edição, foi a temática de um painel que contou com a participação do psiquiatra Dr. Gustavo Estanislau, do professor do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Dr. Fernando Louzada e a moderação do diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Celso Niskier.

Os palestrantes abordaram como a saúde mental é uma questão urgente que precisa de atenção da gestão escolar, principalmente pela dimensão e consequências trazidas pela pandemia do coronavírus. Estanislau apontou que as amígdalas cerebrais possuem um papel central para compreender as nossas reações diante de grandes mudanças de rotinas, como aconteceu neste período de pandemia. “As amígdalas cerebrais atuam como radares que entram em estado de alerta de acordo com os estímulos que ocorrem à nossa volta e mandam esses sinais em forma de emoções como ansiedade, medo e tristeza”, explicou o psiquiatra.

Segundo ele, podemos rastrear quais são esses estímulos e reduzir aqueles mais hostis e desnecessários. “As amígdalas são parte do nosso corpo, portanto a prática de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e um sono de qualidade são cuidados simples que ajudam a reduzir o impacto dessas emoções de ansiedade, por exemplo”.

Para as crianças e adolescentes, Estanislau avalia que voltar à sala de aula no contexto atual é considerado uma novidade. “Temos que nos aproximar e expor os alunos novamente à rotina escolar de forma tranquila”, disse.

Louzada falou sobre a sua área de atuação, que é o neurodesenvolvimento e como a saúde mental deve ser desenvolvida nas escolas. “A escola é o principal espaço de promoção da saúde mental. É importante que os professores e gestores estejam preparados para lidar com essa questão”, afirmou. Ele listou algumas ações que favorecem a promoção da saúde mental nas escolas, como uma quadra adequada para aulas de educação física, contato com espaços naturais, interação entre turmas e a limitação do tempo de uso de telas. “Voltamos à sala de aula com todas as aprendizagens do ensino híbrido, mas não flexibilizamos horários, por exemplo. A aula começa às 7 da manhã como sempre”, comentou.

Para finalizar, o professor ressaltou que a saúde mental dos alunos está diretamente associada à saúde mental dos professores. Isso significa, entre outras iniciativas, a valorização do trabalho e a remuneração adequada”.

Inovação no Ensino Superior - Fórum de Gestores

Inovação no Ensino Superior foi um dos painéis do Fórum de Gestores da Bett Brasil. A diretora de Desenvolvimento em Educação da Microsoft Brasil e Latam, Vera Cabral, mediou o encontro que contou com a participação do diretor presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Celso Niskier e do diretor nacional de ensino do Ydugs, Flavio Murilo de Gouvêa.

Os painelistas destacaram o impacto da pandemia na tecnologia para o ensino à distância, o efeito da crise econômica, as mudanças nos programas de financiamento público e as novas metodologias que o mercado demanda. "É indiscutível a aceleração que o ensino remoto teve com a pandemia. A educação era resistente às tecnologias de aprendizado à distância, agora não mais. Hoje esse aprendizado transcende os espaços educacionais e pode oferecer às pessoas melhor otimização de tempo e qualidade de vida", explica Vera Cabral.

O diretor presidente da ABMES citou os acontecimentos que mais afetaram o setor. "Estamos enfrentando dificuldades desde 2017. Primeiro crise econômica, depois mudanças significativas no FIES e logo depois pandemia. Porém, na dificuldade pudemos enxergar a potência e as possibilidades de tecnologia". O diretor apresentou também o sistema de quadrantes híbridos como ferramenta de inovação. A técnica consiste na abordagem presencial assíncrona, presencial síncrona, virtual assíncrona e virtual síncrona. De acordo com o palestrante, o mais importante é trabalhar todas as frentes e dar opções de aprendizado para a nova geração, que é conhecida pela afinidade com a tecnologia. "O virtual é um quadrante, mas não deve ser o único. O mais importante é a variação entre eles e as diversas possibilidades de trabalho. Os jovens dessa geração são muito conectados e possuem personalidade para escolher o que querem, cabe à nós fornecermos as opções".

Flávio Murilo ressalta que até o início da pandemia a sala de aula era um ambiente imutável e que necessitava de mais atenção. "É preciso estudarmos uma revolução metodológica. Os alunos hoje se dispõem a comparecer ao campus de duas a três vezes por semana. Problemas como deslocamento, custos e tempo são obstáculos comuns e que precisam ser minados por meio da tecnologia à distância. Até a pandemia, usávamos inovações em tudo, menos na educação. A sala de aula ainda era um reflexo do passado, portanto, é chegada a hora da mudança".

Prêmio Professor Transformador - Outro destaque da Bett Brasil foi o anúncio dos vencedores do Prêmio Professor Transformador. O resultado foi revelado pelo professor Wellington Cruz, presidente do Instituto Significare e a diretora de Conteúdo da Bett Brasil, Adriana Martinelli. O Instituto e a Bett Brasil são parceiros na promoção do prêmio, que tem como objetivo valorizar educadores e promover projetos transformadores implementados na Educação Básica.

“O conceito que percebemos em comum entre os 12 projetos finalistas é o cuidado com o aluno, a comunidade e o planeta. Uma conexão muito clara entre professores e alunos”, destacou Cruz. “São dois anos com a carência dessa presença física da Bett Brasil. Seguimos no online, mas o ser humano é sociável por natureza. É como se essa fosse a 1ª edição do evento”, ressaltou a Adriana, que ainda revelou que a 3ª edição do Prêmio com novidades será lançada em breve.

O primeiro lugar por categoria ficou assim: Andrea Lange, de Joaçaba (SC), com o projeto: “Eu e Você: No Nosso Mundo, as Nossas Diferenças Nos Tornam Iguais” (Educação Infantil); Karina Letícia Júlio Pinto, de Timóteo (MG), com o projeto: “Câmara Mirim 2019” (Ensino Fundamental I); Celiana Mota Rodrigues, de Brasília (DF), com o projeto “Desiderata” (Ensino Fundamental II) e Renato Nunes Ramalho, de Cajazeiras (PB), com o projeto: “Reaproveitamento das Águas Pluviais e Cinzas nas escolas do semiárido paraibano” (Ensino Médio).

A premiação contou com a participação da DJ e ativista Rivkah que, com apenas 14 anos de idade, é a produtora de música eletrônica mais jovem do planeta. Rivkah fez uma apresentação musical para o público e falou sobre a educação para a geração Z. Ela mencionou um estudo da Universidade de Stanford que revelou que 80% dos jovens não sabem identificar se uma fonte é confiável ou não. “A geração Z é nativa digital. Nós recebemos uma abundância de informações todos os dias e precisamos aprender a pesquisar, validar, interpretar e utilizar as informações. Temos que aprender a aprender e sermos protagonistas da nossa aprendizagem”, disse Rivkah.

A Bett Brasil segue até sexta-feira, dia 13, no Transamérica Expo Center.

Serviço: Bett Educar 2022
Data: 10 a 13 de maio de 2022.
Horário: das 9 às 19 horas.
Local/Endereço: Transamerica Expo Center (Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo / SP)
Site Oficial e Inscrições: www.bettbrasileducar.com.br

Sobre a Bett Brasil

A Bett Brasil é o maior evento de educação e tecnologia da América Latina. Parte da série global Bett Show da Hyve Group, uma das líderes mundiais na realização de eventos considerados referência de mercado. A Bett visa inspirar, discutir o futuro do segmento e o papel da tecnologia e da inovação na formação de educadores e alunos.

Sobre a Hyve Group

A Hyve Group foi criada em 1991 e hoje é uma das líderes mundiais na organização de exposições, conferências e eventos internacionais. A principal visão estratégica da Hyve Group é criar o portfólio mundial de eventos alicerçados em conteúdo de qualidade, proporcionando uma excelente experiência e ROI (retorno sobre o investimento) para seus clientes. A Hyve se esforça para realizar e oferecer os melhores serviços aos clientes em todo mundo, independentemente da localização. Colocando expositores e visitantes como principal foco, e impulsionando o crescimento sustentável de seus investidores. A Hyve Group é uma empresa pública, listada na Bolsa de Valores de Londres desde 1998.


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