A era do minimalismo: menos dados, com mais significado, podem ser mais eficientes
Por Fernando Manfio, Diretor Sênior de Desenvolvimento de Negócios da FICO
Todos sabemos que na era digital, da Inteligência Artificial (IA), os dados são um dos grandes diferenciais das empresas. Mas que dados? Quantos dados? Qual o significado dos dados? Pois é, isso depende de vários fatores. Nem sempre uma avalanche de dados é útil, e na maior parte das vezes uma quantidade enorme deles pode atrapalhar.
Basta observar na sua experiência de vida. As decisões humanas, que suportam as decisões das empresas, também são baseadas em dados. E a Inteligência Humana (IH) é mais importante ainda na coleta de dados.
A primeira coisa a ser reconhecida é que os dados vêm do conhecimento que temos de algo ou alguém. Se você não conhece não tem dados; se conhece só parcialmente, tem dados incompletos; e se acha que conhece totalmente, pode ter dados ruins. A fonte dos dados são os humanos, as coisas, a natureza; o meio de coleta é a Tecnologia e o seu uso vem do Analytics.
Nessa jornada toda de criação, coleta e análise, conforme Buster Benson (autor de “Why Are We Yelling?: The Art of Productive Disagreement“), temos quatro questões que não podemos fazer que desapareçam (“pelo menos até que tenhamos uma maneira de expandir o poder computacional de nossas mentes e armazenamento de memória para corresponder ao do universo”). Mas ao aceitarmos que somos perigosamente tendenciosos, há muito espaço para melhorias. Esse é o desafio da nova era.
Segundo Benson, hoje e sempre, conviveremos com estas quatro questões:
- Sobrecarga de dados (informações) – da história capturamos apenas “sinais”
- Faltam significado para as informações – os “sinais” (incompletos) se transformam em histórias
- Necessidade de agir rápido – as histórias (na premência) promovem decisões
- Como confiar na representatividade da memória – as decisões (na repetição) se tornam cultura
Mas a cultura precisa atender a um propósito (“Why, What, How”)
Independentemente das quatro questões acima, precisamos estar conscientes que os dados nos levam a este propósito. Mas, se isso não estiver muito claro, as perguntas, observações e análises que fazemos na criação, coleta e análise dos dados podem estar enviesadas. Aliás, sempre tenderão a alguns “desvios de rota”, mas a questão é o quanto os vieses nos desviam da realidade e do propósito.
Saímos em busca de dados, gastamos com isso, mas sem esse processo investigativo podemos estar gastando tempo e dinheiro para tomar decisões equivocadas. Como a vida, o dado só tem algum valor se for contextualizado, entendido, aprofundado e se dele forem extraídos insights úteis para o processo de tomada de decisão com eficiência, em busca de um sentido integral. E sempre atentos às quatro questões inerentes ao mundo das informações, acima descritas.
Estamos na era da consciência humana em decisões – no “deep minimalism”, menos é mais, se profundo e com propósito. Quanto mais conscientes do significado dos dados e da intenção de nossas decisões, mais eficientes seremos; e o mundo precisa disso. Dados são o ouro.
Se “big data” significar “deep knowledge”, então falamos de algo crucial para todo ser humano e empresa. Dados com significado nos levam a um objetivo claro e definido, desde que atualizados diante de cada contexto. Quando percebemos isso e o processo para coletar, armazenar e compreender seu significado, os dados valem ouro.
E tudo começa na mente humana, porque somos os responsáveis pela criação dessa metodologia externa.
Se entra lixo.... você já sabe o que sai
A mesma coisa pode ser aplicada aos pensamentos que geramos todos os dias, para ideias, insights e tudo mais. É importante refletir se eles têm significado. De onde foram coletados estes pensamentos e ideias? Qual o contexto? Estão atualizados? Fazem sentido hoje? Qual a fonte deles, vieram de um lugar criativo e abundante? Nos levam à inovação e saúde integral? A constante observação interna, o conhecimento vertical de nós mesmos, está diretamente ligada com a forma que coletamos dados fora de nós e nas empresas que servimos.
“Fewer but conscious data”: mais significado, mais qualidade
No processo de tomada de decisões, quanto menos dados precisarmos, melhor. A profundidade e objetividade deles é o que importa. Ou seja, o essencial é o conhecimento real que eles trazem consigo.
Além disso, os dados têm que estar conectados à visão que a empresa tem de como realizar seus negócios a serviço da causa do cliente. Essa conexão é feita por meio da comunicação, que inclui pesquisas e perguntas investigativas, além de observações conscientes das interações inteligentes. Tudo isso sempre com o foco de atender às necessidades do consumidor e não somente da própria companhia.
No dia a dia, focando em nossas metas, podemos perder a conexão com esse propósito maior. Seja pelo medo da concorrência ou de não atingir metas, perdemos a concentração necessária para tomar decisões eficientes.
Como tendência do nosso mundo, um profissional consciente de como tomar decisões será o grande diferencial do futuro.
Além dos conhecimentos técnicos que sabemos que precisamos e de uma plataforma inteligente de decisões flexível, conectada com todo o negócio e focada no cliente, um líder precisa desenvolver 7 habilidades:
1. Ousar discordar de dados “perigosos”, que não atendem ou distorcem as decisões desejadas, sem a conexão com o propósito desejado. Menos é mais.
2. Liderar a partir do conhecimento de si e do negócio; e assumir o comando consciente de suas decisões, compreendendo o risco dos vieses de significado dos dados.
3. Saber ouvir a si e aos dados, como se comunicar, aprender e educar, a partir dos acertos e erros. Praticar a auto-observação, atenção plena e visão aberta.
4. Saber se conectar de forma compassiva com a necessidade do cliente. Entender que a verdade, visão da realidade, têm várias faces, que a forma de ver o mundo tem um jeito diferente para cada um e que isso se expressa em conhecimento, informações e dados que podem não significar o que esperamos.
5. Ter “ownership” / senso de dono, assumir responsabilidade ilimitada pelas suas decisões, buscando eficiência e eliminando desperdícios.
6. Ter adaptabilidade responsiva (criatividade e flexibilidade emocional); compreender as instabilidades do mundo de hoje e sempre – “VUCA” (Vulnerável, Incerto, Complexo, Ambíguo) / “BANI” (“Frágil, Ansioso, Não Linear, Incompreensível).
7. Usar sabiamente o conhecimento e os dados com clareza de intenção, liberdade para realizar entregas eficientes, promovendo impacto saudável no mundo.
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