O 4G e 5G além da Terra

Não é novidade que o ser humano busca explorar seus limites. Em 1969, a missão Apolo 11 chegava à Lua, levando dois astronautas da NASA (agência espacial americana), realizando assim o primeiro pouso tripulado no espaço e sem dúvida alguma, um marco na história da humanidade.

Desde então, muitas outras missões, levaram o homem à lua e cada vez mais os limites são testados, inclusive, a pretensão de se levar pessoas para que possam habitar outro planeta.

Para que isso seja possível, é necessária muita tecnologia, especialmente para dar suporte pleno à vida, quando se trata de estabelecer a vida de seres humanos em um determinado ambiente. Toda uma logística e infraestrutura são necessárias, para dar suporte a vida em um ambiente onde não se tem absolutamente nada, como rios, plantas, animais ou nada do tipo parecido com o que temos na Terra.

Por outro lado, para se estabelecer em um ambiente novo, também é preciso pensar em comunicação, assim como é na Terra com internet e telefonia móvel, para nos mantermos conectados todo o tempo.

Para que as pessoas possam permanecer mais tempo na Lua, toda essa infraestrutura vem sendo estudada, inclusive, a de se desenvolver uma rede 4G através da empresa finlandesa Nokia em conjunto com a Nasa.

O objetivo primeiramente, é oferecer rede móvel aos astronautas para que possam realizar o controle dos veículos lunares, operação de robôs, comunicação e transmissão de vídeos e informações em tempo real para comunicação com a base terrestre.

O primeiro passo será prover a infraestrutura para uma rede móvel, o que leva em conta questões como temperatura, radiação, assim como, os tremores causados quando foguetes chegam ou partem da Lua, já que estes geram muita vibração na superfície. Por outro lado, há vantagens, como por exemplo, a transmissão de sinais eletromagnéticos, pois no vácuo, a transmissão se dá na velocidade da luz, auxiliando na propagação dos sinais.

Em um primeiro momento, a área de cobertura precisa ser pequena, por conta da necessidade de energia, assim como, um planejamento de pouco uso de equipamentos para que se possa permitir a conexão.

Neste primeiro momento, a opção pelo uso da tecnologia 4G é a mais recomendada pois está a bastante tempo no mercado, sua construção e desenvolvimento é consolidada, e todas as correções que uma rede móvel precisa para se ajustar perfeitamente ao cotidiano já foram feitas.

Apesar de grande movimentação mundial por conta das redes 5G, que permitirão uma aplicação mais abrangente em termos de controle de equipamentos, tanto de uso doméstico, como industrial e de grande porte, bem como, mais interação do ser humano com as máquinas e uma infinidade de aplicações.

A decisão pelo 4G por enquanto, pelo fato de estar consolidada, é a mais adequada, pois se conhece tudo sobre seu funcionamento, mas isso não limitará no futuro, o uso e instalação de redes 5G na Lua, pois a medida que se avançarem a construção de bases para viver na Lua, a própria demanda por mais capacidade de rede será, de maneira natural, um avanço para que o 5G comece a funcionar, ele precisará somente de uma boa experiencia na Terra para se tornar também a rede do futuro no espaço.

Julian Alexienco Portillo é engenheiro de telecomunicações, mestre em Economia e Mercados da Universidade Presbiteriana Mackenzie e pesquisador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica.

Sobre o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica

O Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, completando quatro anos em 2020, é um think-tank liberal acadêmico, único no Brasil baseado em uma Universidade. É uma iniciativa do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM) junto à Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Entre suas pesquisas está o primeiro Índice de Liberdade Econômica Estadual (IMLEE) do Brasil, um levantamento inédito que analisa e avalia as condições de se empreender e ter sucesso no mercado e o grau de interferência estatal.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. Possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pelo Mackenzie contemplam Graduação, Pós-Graduação Mestrado e Doutorado, Pós-Graduação Especialização, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

Em 2021, serão comemorados os 150 anos da instituição no Brasil. Ao longo deste período, a instituição manteve-se fiel aos valores confessionais vinculados à sua origem na Igreja Presbiteriana do Brasil.