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Mais de 60% dos brasileiros não conhecem os sistemas de social rating

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Andrew Germano
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Mais de 60% dos brasileiros não conhecem os sistemas de social rating

Pesquisa da Kaspersky mostra ainda que há equilíbrio entre os brasileiros quanto ao uso de programas de avaliação social por autoridades para monitorar as atividades dos cidadãos para os manter seguros.

Mais de 60% dos consumidores brasileiros não sabem ou nunca ouviram falar em social rating (ou sistemas de classificação social). Este é um dos resultados da pesquisa global ‘Créditos sociais e segurança: adotando o mundo das avaliações’ realizada pela Kaspersky para entender a percepção das pessoas sobre as avaliações sociais e se elas estão preparadas para participar destes sistemas. A pesquisa mostra ainda que os consumidores estão dispostos a compartilhar dados particulares para obter vantagens específicas. Por outro lado, muitos deles têm dificuldades para entender como estes sistemas acionados por dados funcionam.

Incialmente usados por instituições financeiras e lojas online para auxiliar na tomada de decisão na aprovação de uma transação ou compra virtual, os sistemas de social rating tiveram uma grande expansão e passaram a ser aplicados em distintas áreas. Estes sistemas trabalham com algoritmos automatizados que se baseiam no comportamento e na influência dos usuários na Internet. Por exemplo, para combater a pandemia da Covid-19, muitos governos ao redor do mundo implementaram este sistema para acompanhar a movimentação urbana de pessoas, sua capacidade de comprar mercadorias ou o acesso delas a serviços sociais. A questão que a Kaspersky queria mais entender era se as pessoas estão realmente prontas para isso.

De acordo com o relatório, 61% dos consumidores brasileiros não sabem (11%) ou nunca ouviram falar (50%) dos sistemas de social rating. Apesar desses sistemas já serem bastante usados e estarem cada vez mais conhecidos, os consumidores não sabem muito bem sobre sua operação e a eficiência com que eles estão sendo implementados. Tanto que, dos brasileiros que o conhecem, 39% tiveram dificuldades para entender como estes sistemas funcionam. Entre as principais dúvidas estão como descobrir sua pontuação, como ela é calculada e como pode ser corrigida em caso de imprevisto.

Além das dificuldades conceituais, existem questões técnicas que dificultam esta compreensão, pois os algoritmos destes sistemas usam machine learning e é difícil saber quais escolhas serão feitas. Isso torna quase impossível confiar nelas, especialmente em termos de segurança. De acordo com a análise da Kaspersky sobre a segurança dos sistemas de social rating, esses programas podem ser especialmente vulneráveis à manipulação artificial, como reduzir a pontuação de alguém para diversos fins. Além disso, como qualquer outro sistema, eles estão suscetíveis a diferentes tipos de ataque, seja na implementação técnica e de programação, seja na mecânica do sistema. O último poderia levar ao surgimento de um novo tipo de mercado clandestino, em que as pontuações dos usuários seriam convertidas em dinheiro real e vice-versa.

No entanto, isso não impede que as organizações continuem coletando dados, especialmente quando as pessoas estão dispostas a permitir. O relatório da Kaspersky mostra que mais de 43% dos respondentes no Brasil compartilhariam dados particulares sigilosos para garantir melhor classificação, desconto ou para receber serviços customizados. Além disso, esses consumidores estão ainda mais dispostos a compartilhar seus perfis de mídias sociais por outros benefícios, como:

A pesquisa perguntou ainda se os entrevistados estariam satisfeitos caso um governo monitorasse suas atividades nas mídias sociais para manter os cidadãos seguros* e os brasileiros responderam da seguinte maneira: 37% dos pesquisados disseram concordar com isso, 33% discordaram e 30% não souberam responder.

"Governos e organizações estão se digitalizando e temos que defender os benefícios que a tecnologia proporciona, porém sem que ela ponha em risco nossa segurança e privacidade. Por isso é preciso estar claro o nível de acesso às informações pessoais e às vidas digitais destes programas de social rating e, o mais importante, como eles processarão e protegerão estes dados. Isso é especialmente crítico na atual situação de isolamento em que vivemos, quando as pessoas não têm outra opção além dos serviços online. É necessário ter o devido controle hoje para não perder o controle amanhã - tanto dos consumidores sobre seus dados, quanto das empresas/governo sobre os dados de terceiros", afirma Thiago Marques, analista de segurança da Kaspersky no Brasil.

Para Genia Kostka, professora de política chinesa na Freie Universität Berlin, as sociedades precisam discutir de maneira sincera e transparente se e como pretendem usar essas tecnologias e, mais importante, quem fará isso e com qual intenção. "No passado, agências reguladoras e estrategistas na maioria dos países não conseguiam acompanhar a rápida velocidade de adoção dos sistemas de social rating. Hoje em dia, ao mesmo tempo que eles estão cada vez mais presentes em nossas vidas, é importante discutir os riscos que os acompanham, como de violações de privacidade, discriminação e preconceito."

*Esta pesquisa foi realizada pela Toluna em nome da Kaspersky globalmente e escutou 10.500 consumidores entre janeiro e fevereiro de 2020 em 21 países diferentes: Austrália, Áustria, Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Peru, Portugal, Arábia Saudita, África do Sul, Espanha, Suíça, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnã. A amostra de cada país foi formada por adultos com 17 anos ou mais com cotas representativas nacionalmente definidas para sexo, idade e região. Todos os entrevistados precisavam ter acesso à internet para participar da pesquisa.

Embora o atual cenário digital possa fazer parecer que seja inevitável compartilhar informações pessoais na internet, ainda é possível proteger a privacidade, tanto na vida virtual, quanto na real. A Kaspersky recomenda que os consumidores tomem as seguintes medidas de proteção:

• Tenha consciência dos dados pessoais que você compartilha online. Lembre-se que todas as informações postadas nas redes sociais correm o risco de cair nas mãos erradas e/ou poderão ser usadas para autorizar/negar seu acesso a um determinado serviço no futuro.

• Sempre exclua sua conta e seu histórico quando parar de usar um aplicativo ou um serviço online.

• Verificar quais serviços estão conectados a suas contas online e quem tem acesso a elas. Você pode usar o Privacy Checker da Kaspersky para descobrir como alterar as configurações de privacidade nos serviços online e assumir o controle de seus dados pessoais.

• Para ter proteção abrangente contra diversas ameaças, use uma solução de segurança, como o Kaspersky Security Cloud. Ela conta ainda com vários recursos para proteger sua privacidade on-line, como um bloqueador de rastreadores de comportamento online

Para obter mais informações sobre o relatório, acesso o blog da Kaspersky.

Sobre a Kaspersky

A Kaspersky é uma empresa internacional de cibersegurança fundada em 1997. Seu conhecimento detalhado de Threat Intelligence e especialização em segurança se transformam continuamente em soluções e serviços de segurança inovadores para proteger empresas, infraestruturas industriais, governos e consumidores finais do mundo inteiro. O abrangente portfólio de segurança da empresa inclui excelentes soluções de proteção de endpoints e muitas soluções e serviços de segurança especializada para combater ameaças digitais sofisticadas e em evolução. Mais de 400 milhões de usuários são protegidos pelas tecnologias da Kaspersky e ela ajuda 250.000 clientes corporativos a proteger o que é mais importante para eles.


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