Adobe Digital Economy Index: vendas de álcool em gel crescem mais de 800% no e-commerce

Modalidade "compre on-line e retire na loja" cresceu 62% desde o início da crise do Covid-19

A Adobe inaugurou o Adobe Digital Economy Index, o primeiro barômetro em tempo real da economia digital que analisa trilhões de transações on-line por meio de 100 milhões de produtos em 18 categorias. Crescendo em um ritmo mais rápido do que a economia como um todo, o digital nunca foi tão importante quanto durante a pandemia do Covid-19, quando consumidores e empresas ao redor do mundo tentam entender e se adaptar a uma realidade de compra, em sua maioria, apenas virtual. Desse modo, à medida que a economia digital continua a evoluir, a necessidade de acompanhar com precisão os preços on-line, entender melhor as tendências e prever mudanças em indústrias e países torna-se ainda mais crítica.

Impulsionado pelo Adobe Analytics e com base em um novo "carrinho de compras do consumidor digital", que mede as vendas de bens e serviços on-line, o Adobe Digital Economy Index trouxe como conclusão um aumento de 20% no poder de compra digital - que é a quantidade que os consumidores podem comprar com uma determinada quantia de dinheiro durante um período de tempo (desde 2014). As vendas em determinadas categorias, incluindo gêneros alimentícios, medicamentos, artigos de ginástica e computadores, têm crescido como resultado do Covid-19. As compras da modalidade "compre on-line e retire na loja" aumentaram 62%.

Confira os principais insights do levantamento:

• O digital está criando um novo comportamento de compras

Algumas categorias de produtos conquistaram um maior share da cesta digital, enquanto outras caíram. A categoria de produtos alimentícios aumentou seu share de 6% para 8% em três anos. Os varejistas de vestuário se voltaram para o digital antecipadamente e viram sua participação no total de transações on-line aumentar de 21% para 23% nos últimos cinco anos. Inversamente, computadores diminuíram de 21% para 8%, como consequência do boom de dispositivos móveis.

• O poder de compra digital continua a aumentar

O poder de compra digital dos consumidores aumentou 3% na comparação com o ano anterior e cresceu 20% desde 2014, ou seja, compra-se com ﹩1,00 hoje o que custaria ﹩1,20 para se comprar em 2014. Ao mesmo tempo, no off-line, vemos o inverso: com ﹩1,00 em 2020 compra-se o que teria custado apenas ﹩0,88 em 2014. No entanto, a expectativa é de que, à medida que pessoas cheguem ao on-line, as economias off e on continuem a convergir, assim como seus preços.

• Covid-19 traz aumento nas vendas no e-commerce

Entre 1º de janeiro de 2020 e 11 de março de 2020, as compras de vários produtos tiveram um salto significativo: 807% para álcool em gel, luvas, máscaras e sprays antibacterianos; 217% para medicamentos que não necessitam de receita médica; 231% para papel higiênico; e 87% para enlatados e alimentos não-perecíveis. Além disso, com muitos consumidores confinados em casa a partir de março, encomendas de artigos de ginástica (halteres, bicicletas e esteiras ergométricas) e computadores (desktops e notebooks) apontaram um crescimento de 55% e 40% nas vendas on-line, respectivamente. A categoria de compras de alimentos em geral pela internet registrou um aumento de 100% entre 13 de março e 15 de março, enquanto o "compre on-line e retire na loja" cresceu 62% entre 24 de fevereiro e 21 de março, na comparação com igual período em 2019.

• A inovação diminui os preços

Categorias com o maior número de novos produtos lançados em um ano, como eletrônicos, computadores e TVs, tiveram uma diminuição dos preços on-line (um aumento do poder de compra digital) e mantiveram a inflação nos Estados Unidos baixa no geral. Os preços dos produtos eletrônicos on-line, por exemplo, diminuíram mais de 40% em um período de cinco anos. De janeiro de 2014 a julho de 2017, a deflação on-line impulsionou o poder de compra digital em uma média de 3,9% ao ano, mas, como as pessoas começaram a comprar mais bens e serviços onde a inovação era menos comum - como produtos alimentícios e mobília -, a deflação on-line e o poder de compra digital diminuíram para um crescimento de 2% ano a ano. Como as compras on-line começam a representar tudo o que as pessoas compram, não apenas os bens mais inovadores, a vantagem de preço de comprar on-line diminuirá.

Novo carrinho de compras do consumidor digital

O share total de compras on-line nos Estados Unidos inclui vestuário (share de 23%), eletrônicos (16%), casa e jardim (12%), computadores (8%), produtos alimentícios (8%), ferramentas para melhoria da casa (5%), eletrodomésticos (4%), produtos de cuidado pessoal (4%), flores e presentes relacionados (3%), material de escritório (3%), bens esportivos (2%), livros (2%), jóias (2%), mobiliário e camas (2%), produtos para animais de estimação (2%), e brinquedos e jogos (2%). Os produtos das categorias medicamentos não sujeitos a prescrição e equipamentos médicos e suprimentos constituem 1% cada.

Metodologia

O Adobe Digital Economy Index oferece o conjunto mais abrangente de insights com base na análise de mais de 1 trilhão de visitas a sites e mais de 100 milhões de produtos. O Adobe Analytics mede transações de 80% dos principais varejistas on-line dos EUA - mais do que qualquer outra empresa de tecnologia. A análise é significativamente mais aprofundada e precisa em comparação com avaliações baseadas em inquéritos ou pesquisas, pois só a Adobe tem acesso a esse volume de dados de consumo transacionais em tempo real. Vários órgãos governamentais e organizações comerciais da indústria, incluindo o U.S. Bureau of Labor Statistics, a Reserva Federal e o U.S. Census Bureau, concordaram em trabalhar com a Adobe para obter uma leitura instantânea sobre a economia digital e acesso aos dados.

Confira as atualizações do Adobe Digital Economy Index aqui.

Sobre a Adobe Systems Incorporated

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