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Saiba quais as modalidades esportivas indicadas para a idade do seu filho

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Flávia Ghiurghi
  • SEGS.com.br - Categoria: Educação
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Segundo o Ministério da Saúde, 6,4 milhões de crianças no Brasil estão com excesso de peso e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade. A doença afeta principalmente 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos. Nesta faixa etária, 28% já apresentam obesidade. Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8%.

Isso, por si só, já justifica a importância da prática de atividade física, mas os benefícios são maiores. Além do desenvolvimento motor e cognitivo, a convivência com outras pessoas e a consciência social são altamente estimuladas, assim como o desenvolvimento físico, mental e emocional.

De acordo com a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), o esporte também é um importante aliado no tratamento de transtornos como déficit de atenção e dislexia, ajuda a controlar posturas agressivas e reduz as chances de desenvolver quadros de ansiedade e depressão.

“As atividades coletivas contribuem também para o reconhecimento de hierarquias, respeito e disciplina. A disputa saudável ajuda os jovens a saberem lidar com frustrações relacionadas a perdas, contribuindo com o amadurecimento”, reforça a psiquiatra.

A partir do momento que a criança já tenha uma certa maturidade física, mental e social, já é possível incentivar a prática de esportes. Entretanto, é preciso se atentar aos esportes adequados para cada faixa etária, ainda que as crianças se desenvolvam em graus/níveis diferentes.

Para ajudar nesta escolha, a psiquiatra Danielle Admoni selecionou as atividades em três faixas etárias diferentes: 2 a 5 anos, 6 a 9 anos e 10 a 12 anos.

2 a 5 anos

A coordenação motora fina só se desenvolve nas crianças a partir dos 6 anos. Nesta fase, a atenção e o equilíbrio ainda são limitados. A visão e a capacidade de seguir objetos em movimento ainda não estão completamente desenvolvidos. Portanto, as atividades indicadas são aquelas que dependem da coordenação motora mais grosseira e habilidades básicas, como correr, nadar, rolar, cambalhotas, jogar e pegar objetos de um para o outro.

“As habilidades podem ser aperfeiçoadas, mas não dependem de um esporte organizado e com regras. Nessa idade, as crianças aprendem explorando, experimentando e copiando as pessoas. As atividades devem ser estimuladas por meio de demonstrações e ter tempo pré-determinado. Evite atividades competitivas e, de preferência, participe com seu filho”, pontua a psiquiatra.

6 a 9 anos

Aos 6 anos, a maioria das crianças já tem habilidades motoras suficientes para esportes mais organizados, com regras e em grupo. As regras deixam de ser aleatórias e centradas na própria criança. Mas ainda pode faltar a coordenação entre os olhos e as mãos, exigida em algumas atividades. É possível também que a criança ainda não consiga entender ou lembrar de todas as regras e estratégias de determinados esportes em equipe.

Sendo assim, os esportes mais adequados são aqueles que podem ter suas regras flexibilizadas e que exijam habilidades mais básicas. Incluem-se nessa lista correr, nadar, pedalar, fazer artes marciais, ginástica olímpica, dança, jogar futebol ou tênis. Esportes que precisam de tomadas de decisão rápidas, reflexos apurados e estratégia de equipe (por exemplo, basquete, handebol e vôlei) ainda não são adequados, a não ser que sejam bastante modificados.

“As regras devem ser adaptadas para promover ação e participação, sem focar em competitividade, mas em desenvolvimento de novas habilidades. O material e as condições do jogo também devem ser de acordo com a faixa etária: bolas pequenas, campos menores, tempos mais curtos, menos jogadores e mudança frequente de posições”.

10 a 12 anos

Nesta fase, a maioria das crianças já consegue realizar atividades complexas, já tem boas habilidades motoras e cognitivas, inclusive para seguir estratégias de jogo, tanto individual como em equipe. Porém, o foco ainda deve ser em desenvolvimento, diversão e participação, não em competição. Vale lembrar que, neste período, muitos já podem estar na puberdade. Ou seja, isso influencia no esporte adequado, pois pode haver crianças muito maiores, mais fortes e mais pesadas do que outras da mesma idade.

Por isso, o ideal é que as crianças joguem com outras no mesmo estágio de desenvolvimento, para não ter desvantagem. Estas devem ser encorajadas a participar de esportes que não dependem tanto do tamanho, como tênis, natação, artes marciais, ginástica olímpica e dança. Esportes de saltos só são indicados após os 11 anos. Os mais competitivos, com 12-13 anos. Musculação só depois do estirão de crescimento e sob orientação especializada.

“Lembrando que é fundamental que a criança sinta prazer na atividade física praticada, e não que esteja fazendo só porque é modinha entre os colegas ou, principalmente, que tenha sido imposta pelos pais. O ideal é oferecer as opções de acordo com a idade do seu filho, permitir que ele as experimente e escolha a que mais se identificou. Se a criança praticar um esporte que não lhe proporcione alegria, bem-estar e satisfação, além de afetar seu psicológico, é capaz que, futuramente, ele se torne um indivíduo avesso às atividades físicas e, por consequência, uma pessoa sedentária”, alerta Danielle Admoni.


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