O crescimento do EAD na pandemia indica maior procura em modelos de estudo digitais em 2021
Professora FGV debate o crescimento do EAD assim como as tendências do setor para o próximo ano
A pandemia em 2020 acelerou o processo de digitalização. Dentre vários desdobramentos está a aceleração do sistema de ensino a distância, o famoso EAD. Para a professora doutora da IBE Conveniada FGV, Vanessa Janni, especialista em ensino a distância, apesar de, ainda, o número de alunos optarem por aulas presenciais ser maior, o número de optantes pela modalidade EAD apresentou maior crescimento nos últimos anos. “Segundo as projeções, se continuar assim, a tendência é que em 2023 teremos mais alunos na modalidade EAD que na presencial”, afirma ela.
A educação remota, principalmente em nível superior e de pós-graduação já vinha apresentando crescimento no Brasil. O distanciamento social só colaborou com o desenvolvimento de plataformas de suporte para o modelo no país.
De acordo com um levantamento feito pela Unicesumar - a quarta maior universidade brasileira -, somente entre agosto e outubro de 2020 houve um aumento de 39% em matrículas para cursos de graduação a distância. A pesquisa mostra também que os cursos mais procurados são os da área de saúde e bem-estar (85%); de tecnologia (64%); e de engenharia (56%).
O aumento das matrículas serve como exemplo para cenário nacional nos últimos anos. De acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2020, houve um crescimento de 145% nas matrículas em cursos de graduação EAD, entre 2009 e 2018.
Para a professora, que também dá dicas de finanças pessoais no podcast Dra. Dinheiro, a ampliação dos cursos a distância foi possível devido a regulamentação pelo MEC em 2017 da Educação a Distância em todo o território nacional, permitindo que instituições de ensino superior pudessem oferecer exclusivamente cursos na modalidade EAD”.
Porém, a especialista afirma que existem algumas dificuldades ao crescimento da educação remota. “Em diversas regiões do Brasil o número de pessoas conectadas à internet é muito baixo quando comparado aos grandes centros, o que gera uma desigualdade em um sistema que deve ser pensado em escala nacional – além de questões como, por exemplo, perda de contato com outros alunos e professores”.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018, divulgada no final do ano passado pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à internet. Em números totais, isso diz que cerca de 46 milhões de brasileiros que não tem acesso à rede. Já a pesquisa TIC Domicílios apontou que 58% dos brasileiros acessavam a internet em 2019 exclusivamente pelo telefone celular.
Além disso a professora alerta para outro desafio. “É preciso qualificar professores e promover condições de acesso às tecnologias que possibilitem o ensino e a avaliação assertiva de alunos para promover uma educação a distância de qualidade”.
Ela conclui dizendo que apesar das dificuldades, temas como microlearning, nanolearning, gamificação e inteligência artificial - as novas tecnologias da indústria 4.0 – são fundamentais e irão contribuir com o EAD.
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