O que a Oktoberfest e a Copa do Mundo 2026 têm em comum além das multidões? A resposta está na IA
Por Gustavo Napomuceno, arquiteto de soluções da Mouts TI.
Com mais de 700 mil visitantes esperados para a Oktoberfest de Blumenau em 2025 e mais de 5 milhões de turistas projetados para circular pelas cidades-sede da Copa do Mundo de 2026, a segurança se torna uma operação complexa, estratégica e cada vez mais digital. Nos bastidores, a inteligência artificial já atua como aliada silenciosa para prever riscos, evitar aglomerações perigosas, identificar comportamentos suspeitos e proteger o público antes mesmo que algo aconteça.
Na edição de 2024 da Oktoberfest, o uso de câmeras inteligentes e patrulhas robotizadas resultou na redução de furtos de celulares e melhoria da resposta a incidentes. Já nos preparativos para a Copa do Mundo, estádios e centros urbanos se tornam laboratórios de tecnologias de IA embarcada, drones de vigilância, análise de fluxo em tempo real e integração de dados de múltiplas fontes.
O que une esses dois eventos, tão distintos em natureza e escala, é a urgência de um novo modelo de segurança: preditivo, conectado e automatizado.
O fim da vigilância apenas reativa
Tradicionalmente, a segurança em eventos se baseava em monitoramento manual por câmeras, agentes posicionados em locais estratégicos e uma lógica reativa. A IA mudou esse paradigma. Hoje, sistemas inteligentes são capazes de:
- Detectar movimentações fora do padrão;
- Identificar objetos abandonados em áreas sensíveis;
- Prever zonas de colapso de fluxo com base em densidade e velocidade de circulação;
- Emitir alertas automatizados em tempo real para as equipes de segurança.
Com aprendizado contínuo e dados históricos, esses sistemas reconhecem padrões típicos do evento e sinalizam desvios com precisão. O resultado é uma resposta mais rápida, direcionada e eficiente, otimizando inclusive o uso de recursos humanos no campo.
Da festa à final: o que eventos de massa têm a ensinar
Blumenau vem se destacando como campo de testes para essas tecnologias. Em 2024, os visitantes já vivenciaram a presença de robôs patrulheiros e câmeras com algoritmos de IA no parque da Vila Germânica. Para 2025, o plano é ampliar essa rede, integrando todos os dados em uma central inteligente de comando.
Essa experiência, embora local, oferece aprendizados preciosos para eventos como a Copa do Mundo, em que a interoperabilidade entre sistemas, a análise preditiva e a coordenação entre segurança pública, privada e emergencial serão determinantes. Estádios, zonas de transporte, hospedagem e fan fests precisam dialogar tecnologicamente, e é a IA que permitirá isso.
Lembrem-se: o desafio está na implementação, não mais na tecnologia
A pergunta, hoje, já não é mais se a inteligência artificial será usada para garantir segurança em grandes eventos. Ela já está sendo usada e com bons resultados. A questão central agora é como essas soluções serão implementadas com responsabilidade, respeitando privacidade, auditabilidade dos algoritmos, ética no uso de dados e clareza sobre sua função.
A experiência brasileira em eventos de massa pode, e deve, servir de modelo. O que vem sendo desenvolvido em Blumenau, por exemplo, tem potencial de escalar, inspirar e até exportar boas práticas. A IA na segurança não substitui o fator humano, ela o potencializa. Quando bem aplicada, transforma a gestão de risco em ação antecipada. Resta saber se organizadores e autoridades estarão dispostos a levar essa transformação a sério.
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