Como pais podem lidar com filhos da Geração Alpha
A primeira geração alfabetizada por assistentes de voz, exposta à inteligência artificial desde o berço e moldada por algoritmos ainda na infância, está começando a dar seus primeiros passos na sociedade. Trata-se da Geração Alpha, formada por crianças nascidas a partir de 2010, e que já ingressam como aprendizes no mercado de trabalho.
Filhos da Geração Millennial e da Geração Z, os Alphas representam um divisor de águas na relação entre infância, tecnologia e educação. Crescem em lares hiperconectados, interagem com telas desde os primeiros meses de vida e estão sendo educados não apenas com o apoio da tecnologia, mas dentro dela, uma realidade que exige dos pais um novo tipo de protagonismo: mais consciente, mais presente e mais preparado para liderar emocionalmente.
A velocidade com que essa geração absorve conteúdo, processa estímulos e interage com o mundo é inédita. Com poucos toques, elas têm acesso a informações que gerações anteriores precisavam de horas em bibliotecas para encontrar. Mas essa agilidade cognitiva contrasta com uma fragilidade emocional crescente. Crianças da Geração Alpha tendem a demonstrar menor tolerância à frustração, maior ansiedade social e necessidade constante de validação.
Segundo o especialista em comunicação multigeracional Ricardo Dalbosco, “essa geração não responde mais a comandos sem propósito. Elas querem entender o porquê, participar das decisões e ter voz ativa, mesmo quando ainda não têm maturidade emocional para lidar com todas as consequências.” Isso coloca os pais diante de um novo desafio: educar filhos que sabem mais sobre tecnologia do que eles, mas que ainda precisam de direcionamento, escuta e limites firmes.
A antiga pedagogia do “porque sim” deixou de funcionar. A autoridade cega foi substituída pela autoridade com coerência. Os pais que desejam criar vínculos saudáveis e manter influência sobre seus filhos precisarão desenvolver inteligência emocional, comunicação não violenta e uma escuta ativa que os acolha sem ceder a tudo. Mais do que transmitir regras, será necessário desenvolver pensamento crítico, autonomia e valores éticos sólidos, competências humanas que, ao contrário das técnicas, não podem ser ensinadas por um aplicativo.
Outro aspecto essencial é o uso da tecnologia como ponte de conexão e não como babá digital. Deixar as crianças passarem horas nas redes sociais ou em jogos online sem mediação parental é como entregar a formação do caráter aos algoritmos. A presença dos pais nesse processo é insubstituível. Participar do consumo de conteúdo, fazer perguntas sobre o que assistem e estimular o diálogo interpessoal são estratégias fundamentais para garantir que os filhos desenvolvam uma visão mais crítica e equilibrada sobre o mundo ao redor. Afinal, a Geração Alpha não precisa de mais estímulo, mas precisa de mais presença.
A convivência de cinco gerações em um mesmo lar ou ambiente social, incluindo Baby Boomers, X, Y, Z e Alpha, torna tudo ainda mais desafiador. Para Dalbosco, especialista em comunicação entre gerações, entender as particularidades de cada geração é o primeiro passo para promover uma convivência respeitosa e colaborativa. Enquanto os avós valorizam a estrutura, os pais Millennials tendem a priorizar liberdade e os filhos Alpha demandam agilidade e escuta. Não há fórmula única. O que há é a necessidade de adaptação constante por parte dos adultos, que precisam liderar não com base em padrões passados, mas com consciência do novo mundo que se apresenta.
Diante de um cenário tão dinâmico, a parentalidade precisa deixar de ser apenas instintiva e passar a ser estratégica. Educar um filho da Geração Alpha é assumir o papel de líder da próxima geração de cidadãos, profissionais e influenciadores do futuro. É uma missão que exige mais do que amor: exige preparo, presença e capacidade de antecipar os impactos de um mundo que ainda está em construção.
Sobre Ricardo Dalbosco
Palestrante referência em Comunicação Multigeracional e o Futuro do Trabalho, sendo estrategista de marca pessoal, referência nacional e com experiência em projetar marcas pessoais de profissionais de sucesso de quatro continentes, além de marcas corporativas. É Doutor com foco em influência digital, escritor Best-Seller, conselheiro de empresas, vencedor de prêmios, além de colunista e consultado por diversas mídias de renome nacional. É o maior formador de LinkedIn Top Voices e Creators no Brasil, trabalhou em diversos lugares pelo mundo e é considerado o profissional de confiança de vários executivos, empresários e board members no país.
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