6 coisas essenciais para saber antes de usar retinol

O retinol é essencialmente um derivado da vitamina A, um dos principais nutrientes do corpo quando o assunto é renovação celular. Ele é adicionado a produtos para cuidados com a pele para promover a renovação, clarear o tom da pele, reduzir a acne e aumentar a produção de colágeno.

Também funciona como um antioxidante para ajudar a combater os danos dos radicais livres, que levam a sinais visíveis de envelhecimento. Na visão da dermatologista Mayla Carbone, ele é o ingrediente que faz tudo na dermatologia, tanto cosmética quanto medicamente. “Eu o considero um padrão ouro em cuidados com a pele e frequentemente sugiro aos meus pacientes como algo que remove as células mortas da pele, poros entupidos e pele opaca”, explica.

A especialista mostra um passo a passo sobre como incorporar cuidadosamente o ingrediente poderoso em sua rotina de skincare para obter uma aparência saudável.

Comece em seus 20 e poucos anos ou início dos 30

Os trinta tem sido a idade ideal para a introdução do retinol no dia a dia, mas muitas pessoas estão começando antes disso, motivadas por sinais precoces de envelhecimento, como manchas solares ou pés de galinha, ou simplesmente ansiosas para obter uma vantagem inicial e utilizar as tecnologias mais recentes – sempre sob a vigilância cuidadosa de seu dermatologista.

Integre o retinol de forma lenta e suave

“O equilíbrio é necessário”, adverte Mayla. “O retinol pode causar um efeito de irritação quando usado com muita frequência ou se a formulação for muito forte para a sua pele”. Ela recomenda começar com uma quantidade de baixa porcentagem (0,01% a 0,03%) e usá-la duas vezes por semana, aumentando lentamente o uso para dar à pele a chance de se ajustar. Além disso, é recomendado pular o produto que contém retinol no dia anterior à esfoliação. “A esfoliação geralmente é um passo intenso e você não quer agravar a irritação da pele aumentando a sensibilidade da mesma”, diz ela, acrescentando que, se estiver recebendo certos tratamentos no consultório, como lasers, microagulhamento, microdermoabrasão, é melhor pausar o uso do retinol. No espírito de não exagerar, há uma série de novas fórmulas de liberação lenta adequadas para tipos de pele propensos a vermelhidão ou erupções cutâneas.

Fique atento aos efeitos colaterais severos

Embora certos efeitos colaterais, como irritação leve, ressecamento e sensibilidade ao sol, sejam normais à medida que sua pele se ajusta ao ingrediente ativo, descamação intensa, vermelhidão e queimação não são, e aqueles com pele especialmente sensível ou que lutam com condições como rosácea ou eczema, devem ter cuidado com o retinol ou evitá-lo completamente. “Se você não tolera retinol, não se preocupe, ele não é o único anti-idade. Existem muitos ingredientes antienvelhecimento incríveis, que funcionam sem qualquer irritação ou sensibilidade ao sol”, garante Mayla.

Use retinol apenas à noite e use FPS todos os dias

“Embora os retinoides não sejam fototóxicos, o que significa que não reagem com a luz do sol para causar queimaduras na pele da mesma forma que o suco de limão, muitos deles se decompõem quando expostos aos raios ultravioleta”, explica a dermatologista. “Portanto, aplicar o retinoide pela manhã pode torná-lo menos eficaz, e um retinoide de alta qualidade pode ser bastante caro. É por isso que recomendo usar seu retinol à noite”. Para uma proteção adequada contra o sol, Mayla recomenda ser cuidadosa na aplicação diária de um amplo espectro FPS 30 ou superior durante o dia.

Não pare no rosto

Ao aplicar um produto com retinol, não negligencie o pescoço e o peito, que são áreas conhecidas por mostrar os sinais de envelhecimento, mas muitas vezes negligenciadas. “Se essas zonas parecerem muito sensíveis para sua fórmula atual, utilize um hidratante com ceramida antes de aplicá-lo ou opte por um retinoide separado feito especificamente para a área em questão”, diz Mayla. “Eles normalmente contêm uma dose mais baixa de vitamina A e zero fragrância”.

Sobre a especialista:

Dermatologista Mayla Carbone é graduada em Medicina pela Universidade Lusíadas (UNILUS – Santos) há mais de 10 anos com residência em Clínica Médica na Santa Casa em São Paulo e em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA-SP). É membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e também da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Já participou de diversos congressos e realizou diversos cursos nacionais e internacionais voltados para especialização.