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Livro de Cibele Laurentino é um grito de esperança por um mundo mais igualitário

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Gabriela Bubniak
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No romance "Nobelina", autora levanta bandeiras de luta contra o machismo, violência doméstica e preconceito no Brasil

A literatura foi a maior herança deixada pelo saudoso poeta e cordelista nordestino Zé Laurentino, não só para o Brasil como para a filha Cibele. Agora ela segue os mesmos passos do pai para contribuir com a literatura nordestina e brasileira.

No romance de estreia Nobelina, lançado em 2021, a escritora Cibele Laurentino retrata a vontade das mulheres brasileiras, ao longo dos tempos, de promover mudança em busca de igualdade de gênero.

O livro conta a história desta jovem e humilde mulher negra, que sonha em ser professora, mas precisa lidar com as imposições do pai: casar e ser dona de casa para servir o marido. A protagonista é um redesenho do poema “Eu, a cama e Nobelina”, escrito por Zé Laurentino na década de 60.

Em entrevista exclusiva, Cibele conta sobre a nova obra e também como foi crescer próxima a um grande exemplo no universo da literatura. Confira:

1. Quando e como surgiu sua paixão pela escrita?

Cibele Laurentino: Cresci muito próxima do exemplo do meu pai, sendo ele sensível, poeta popular, cordelista e locutor de rádio. A admiração e paixão por ele me incentivaram a querer fazer tudo que ele fazia, troquei contos de fadas por literatura de cordel, cantigas de ninar pelo som da viola, clássicos da literatura infantil por Leandro Gomes de Barros, Patativa do Assaré…

Sempre li muito e, consequentemente, sempre escrevi muito. Fui autodidata em datilografia, queria ajudá-lo no preparo dos seus textos para envio à gráfica. Queria escrever como ele, queria usar suas palavras. Lembro nitidamente uma vez, no ensino médio, a professora pediu uma redação e escrevi toda no dialeto matuto. Ela me chamou a atenção e para me defender exclamei: meu pai é escritor e é assim que escreve!

2. Como surgiu a oportunidade e motivação de escrever “Nobelina”?

C. L.: Uma manhã acordei cansada de tanta saudade, vivendo um luto sem fim e me debrucei na poesia de Zé. Chegou na literatura de cordel “Eu, a Cama e Nobelina”, uma poesia já muito ouvida por tantas vezes, por tantos anos. Uma poesia que levantou tanto riso, tantas graças nas noites de cantoria, nos festivais de viola. Parecia ser a primeira vez que Nobelina havia me emocionado e pensei: quem seria essa mulher?!

O romance cresceu na minha cabeça de uma só vez, ele veio inteiro naquela manhã. Me emocionei, comecei a escrever e a cada chegada dos personagens eu me emocionava. Não programei nada, os recebi e coloquei no papel. Apenas silenciei respeitosamente e recebi a inspiração às minhas inquietações sociais.

3. Qual é a principal mensagem que o seu livro traz aos leitores?

C. L.: A educação, a história, costumes, folclore, cultura, preconceitos, homofobia, violência contra a mulher, racismo. Além das diferenças sociais, o convívio, conhecimento e como a educação pode mudar uma nação; Só a educação pode te levar onde você desejar ir, ser quem quiser ser.

4. O livro é, sobretudo, uma crítica social e aborda temas de importante debate. De que forma você acredita que a sua obra pode ajudar a fazer a diferença na sociedade?

C. L.: A arte, a literatura com sutileza, sem deixar de ser literatura pode passar a mensagem desejada. A partir do meu texto, discussões e reflexões têm acontecido, muitos debates, mudanças, esclarecimentos. Minha intenção é que cada vez chegue até mais pessoas, às escolas em especial, sendo uma ótima sugestão como paradidático.

5. Da vida e carreira do seu pai, grande poeta paraibano Zé Laurentino, o que em especial você leva de inspiração para a sua carreira literária?

C. L.: A simplicidade do texto, a palavra mais direta, breve. A sensibilidade de se inspirar em coisas do cotidiano, a atenção, o silêncio, a observação no comportamento humano no universo.

6. Além de “Nobelina”, você também assina um livro de poesias intitulado “Cactus”, lançado em 2020; tem outros projetos literários em mente para o futuro?

C. L.: Sim, meu primeiro livro foi Cactus, um livro de poesias, lançado em e-book e agora também físico, pela Nativa Editora, depois meu primeiro romance - Nobelina, pelo Grupo Editorial coerência, agora um livro de contos voltado para o feminino - “Todas em Mim” que sairá em Abril/2022, também pelo Grupo Editorial Coerência. E já no processo de escrita meu novo romance.

Sobre a autora: Cibele Laurentino nasceu em Campina Grande (PB), é formada em Gestão em Turismo, cursa Letras e é estudante de escrita criativa. O gosto pela leitura e escrita começou na infância, por influência do pai: é filha do saudoso Zé Laurentino, poeta, cordelista e escritor. Além disto conviveu com poetas populares, cordelistas, cantadores de viola e emboladores de coco.

“Cactus – Poesias, sentimentos e emoções” foi seu primeiro livro publicado, no qual a poesia é explorada por meio de sentimentos, momentos e dores de forma modernista. Já Nobelina, publicado pela Plus Editora, é seu romance de estreia e agraciado pelo Prêmio Maria Pimentel.


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