Primeira pesquisa sobre Cultura de Privacidade no Brasil revela que 80% das equipes confiam na política de proteção de dados de suas empresas
Por outro lado, maioria dos mais de 2.700 profissionais ouvidos destacaram a necessidade de treinamentos internos mais frequentes sobre o tema. O estudo inédito foi realizado pela empresa Palqee, em parceria com a Copenhagen Business School foi apresentado nesta sexta (28/01), durante o Dia Internacional de Proteção de Dados, no evento "Legal Innovation: Data Protection Day", com mediação do especialista em Proteção de Dados, Marcelo Crespo, sócio do Peck Advogados
Desde que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi aprovada, em 2018, muito tem se falado da necessidade das empresas se adequarem à nova legislação, adotando práticas para melhorar a segurança e proteção de dados. Até o momento, porém, não havia um levantamento que apontasse o que seria necessário para implementar a cultura de proteção de dados no meio corporativo. Diante dessa lacuna, a empresa Palqee – especialista em tecnologias de Privacidade e Governança de Dados –, em parceria com a Copenhagen Business School, elaborou a 1ª Pesquisa Nacional da Cultura de Privacidade, que foi apresentada nesta sexta-feira (28/01), Dia Internacional de Proteção de Dados, no evento online Legal Innovation: Data Protection Day, promovido pelo Peck Advogados, parceiro e apoiador da iniciativa.
A metodologia aplicada pelo indicador nomeado como Privacy Culture® INDEX BRASIL apresentou resultado geral com um score de 7,8. De acordo com a análise comportamental da publicação, cerca de 80% dos participantes revelaram ter confiança nas atividades de privacidade das empresas. Foram entrevistados mais de 2.700 colaboradores de empresas no Brasil dos mais diversos portes e segmentos.
O cálculo do score apresentado pela metodologia levou em consideração o nível de expectativa que os colaboradores têm sobre a empresa em cada um dos seguintes pilares apresentados no estudo: segurança da informação, gestão de riscos, transparência, governança organizacional, finalidades de tratamento, compartilhamento de dados, direitos dos titulares, gestão de incidentes, princípios de tratamento e treinamento.
A pesquisa também identificou a necessidade de adequação das corporações ao novo cenário apresentado pela LGPD. Dentre os pontos destacados estão o aprimoramento do tratamento dos dados, consonantes com as áreas específicas de cada empresa, e também a necessidade de realização de treinamentos, o que foi considerado um problema recorrente pela maioria dos entrevistados.
O cofundador e CPO (Chief Privacy Officer) da Palqee Brasil, André Quintanilha, explica que a intenção é realizar anualmente o estudo. “Aplicamos a metodologia em empresas brasileiras, nesse formato piloto, para justamente mensurar o andamento da maturidade da cultura frente às políticas de proteção de dados e, posteriormente, expandir a experiência para outros países. A ideia é que, futuramente, possamos traçar um comparativo, ajudar na identificação dos riscos e oportunidades comuns entre as empresas e, consequentemente, auxiliar na construção de uma cultura de privacidade duradoura”, afirma o executivo.
De acordo com o especialista em Proteção de Dados e sócio do Peck Advogados, Marcelo Crespo, parceiro e consultor da iniciativa da Palqee e também moderador do painel que apresentou o estudo no evento, por ser a primeira pesquisa sobre o tema, ela poderá servir como uma ferramenta essencial para que as empresas se tornem mais competitivas e aprimorem a confiança junto a seus clientes, em razão dos insights que apresenta. “Certamente, o mercado da proteção de dados ganha muito com uma pesquisa diferenciada como essa, principalmente porque o Brasil ainda é carente na apresentação de dados que envolvem a nova legislação”, acrescenta.
Gestores têm menor confiança na cultura de privacidade das empresas
Outro fator relevante identificado foi a discrepância na percepção da cultura de privacidade entre os cargos e níveis hierárquicos. Os participantes do grupo “Operacional” obtiveram a maior nota no pilar de “Segurança da Informação” (8.45). Já os participantes do grupo “Gerentes/Liderança” obtiveram a melhor pontuação (7.93) no pilar de “Gestão de Riscos”.
Participantes do grupo gerencial, por sua vez, obtiveram uma pontuação mais baixa (77%) no quesito confiança na cultura de privacidade de suas empresas. Nos cargos de operação, o índice foi de 81%. Segundo o CPO da Palqee, essa particularidade pode ser atribuída principalmente à natureza das funções e o grau de responsabilidade, que exige um posicionamento mais crítico por parte dessas pessoas que estão nessa posição nas empresas.
PrivacyCulture® INDEX BRASIL: metodologia única para benchmarking
A pesquisa, composta por 70 perguntas de múltipla escolha, foi aplicada entre os meses de agosto e dezembro de 2021. Todos os participantes responderam anonimamente, em um tempo médio de 14 minutos. O levantamento atingiu o engajamento de 64%, de colaboradores das companhias que aderiram ao estudo, sendo 76,7% funcionários em cargos de gestão e 23,3% em funções operacionais.
Os departamentos lojista (33,1%) e financeiro (9,1%) alcançaram maior adesão de respostas. Entre as organizações participantes destacam-se a RD Raia Drogasil, KaBuM, Sensedia, Sistema Sicoob de financeiras e até mesmo um clube de futebol.
O indicador PrivacyCulture® INDEX BRASIL, criado pela Palqee, é uma metodologia única para benchmarking, testado e validado em estudos internacionais. A primeira amostragem apresenta somente empresas que se inscreveram para participação e os resultados apresentados são influenciados pelo grau de representatividade, relacionado ao número total de corporações no Brasil. “Houve uma tendência de participação de empresas que já estavam com um programa de privacidade ou segurança da informação já amadurecido. Nesse primeiro ano, por exemplo, muitas empresas que convidamos ficaram receosas em participar por ainda não estarem em total conformidade com a LGPD”, explica Quintanilha.
A Palqee já iniciou o trabalho de apuração para realização da 2ª edição da Pesquisa Nacional de Cultura da Privacidade. Empresas interessadas em participar do estudo devem se inscrever neste link.
Sobre o Peck Advogados
O Peck Advogados é o primeiro e único escritório de advocacia de grande porte do Brasil dedicado à transformação digital e inovação regulatória para o mercado. Sua CEO e fundadora, a advogada Patricia Peck, é uma das maiores referências do país em Direito Digital, com mais de 20 anos de carreira e recentemente nomeada Conselheira Titular do Conselho Nacional de Proteção de Dados (CNPD). Liderado por 9 sócios (maioria mulheres), o escritório conta com um time experiente de 100 advogados, que atuam em equipes híbridas e núcleos de excelência, como: DPO, Cultura, Tecnologia e Visual Law. Entre os mais de 500 clientes, há desde startups até grandes empresas nacionais e internacionais, além de entidades do setor público e acadêmico. Atende às crescentes demandas relacionadas a ética de dados, LGPD, inteligência artificial, blockchain, criptoativos, cibersegurança, fake news, crimes digitais, entre outros. A assessoria jurídica aplicada a negócios engloba todas as áreas impactadas pelo Direito Digital e relacionadas à inovação, como Contratos, Empresarial, Societário, Venture Capital, M&A, Trabalhista, Regulatório, Tributário, Propriedade Intelectual, Ética, Privacidade e Proteção de Dados, Compliance, Eleitoral Digital, Contencioso Cível e Criminal. www.peckadv.com.br
Sobre a Palqee
A Palqee Technologies é uma empresa inglesa líder em tecnologias de Privacidade e Governança de Dados, também presente no Brasil, que fornece soluções de software, treinamentos e certificações para organizações ao redor do mundo desenvolverem a sua própria cultura de Privacidade. As soluções da Palqee são intuitivas e possibilitam uma gestão ética e segura de dados pessoais por colaboradores em todos os níveis da organização.
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