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Maioria do Congresso Nacional acredita que cenário pós-pandemia não é o mais adequado para reformas estruturais

  • Segunda, 14 Junho 2021 11:11
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Tamara Lopes
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De acordo com pesquisa, há perspectiva de que o governo deveria ter uma agenda de recuperação da economia que vá além das reformas

Uma pesquisa exclusiva realizada sob encomenda da corretora Necton Investimentos em parceria com a Vector Relações Governamentais aponta que, com todo barulho gerado pela CPI da Covid, há dificuldade para entender o estado da relação entre o governo e o Congresso Nacional, da qual depende a agenda de reformas. Na sétima edição do Barômetro, foram ouvidos 48 parlamentares, entre os dias 10 e 21 de maio, sobre os temas mais importantes para a economia no momento e, para a maioria, falta assertividade ao Planalto.

A nota obtida pelo governo (5,18) o coloca em uma margem de cuidado, na qual o governo influencia, mas não controla, a agenda parlamentar. De acordo com deputados e senadores, o estilo excessivamente espontâneo do presidente Jair Bolsonaro compromete a confiança das relações, pois esse comportamento pode ser associado à instabilidade. Além disso, eles também destacam a falta de comunicação de Bolsonaro com parlamentares que não pertencem à sua base mais fiel, o que demonstra falta de interesse em convencer ou abrir diálogo e entendimento com forças não alinhadas.

Em relação à agenda econômica e ao ambiente para a realização de reformas estruturais, o Congresso Nacional também se ressente da falta de uma maior assertividade do governo. Entre os ouvidos, 45,2% dizem concordar que, de forma geral, a agenda econômica do governo é correta, contra 49,1% que discorda totalmente. Para os parlamentares, uma proposta oficial impede que o sentimento pró reforma se materialize na aprovação de uma lei.

Pensando nas eleições de 2022, 74,3% dos entrevistados afirmam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será candidato, contra 12,4% que disseram não acreditar. Deputados e senadores, como observadores privilegiados do jogo político, não acreditam na possibilidade de uma candidatura de terceira via que consiga interferir na polarização entre o ex-presidente Lula e o titular Jair Bolsonaro.

Em um cenário em que Lula e Bolsonaro se candidatariam, 91,7% dos ouvidos afirmaram acreditar que a chance de um candidato de terceira via ir para o segundo turno é baixa ou média. Para os deputados e senadores, os candidatos com mais potencial de se consolidar como tal seriam, em ordem de importância, Ciro Gomes (31,3%), Rodrigo Pacheco (18,8%), João Doria e Tasso Jereissati (ambos com 16,7%). Portanto, embora Ciro Gomes seja apresentado como tendo maior potencial para desafiá-los, as chances de cessar essa polarização ainda não são grandes, segundo os parlamentares.

Enquanto isso, o campo econômico vem aos poucos construindo boas notícias. O PIB do 1º trimestre deste ano mostrou que o plano do Ministro da Economia, Paulo Guedes, para o setor está funcionando – a pesquisa, inclusive, aponta que a nota média de confiança em relação ao Ministro foi de 62,5% (29,2% pouco confiam e 8,3% confiam muito). A melhora no indicador se deu justamente nos componentes da oferta e do investimento privado, que subiu na esteira de uma grande recomposição dos estoques empresariais que haviam sido gastos durante a pandemia. Esta recomposição de estoques é um claro sinal de confiança da classe empresarial à retomada da economia. O sentimento geral é que, com a vacinação em curso, a economia possa ganhar tração no segundo semestre e isso pode reativar setores importantes.

As projeções da Necton para atividade foram reajustadas para um crescimento de 4,5% em 2021, valor substancialmente maior que o projetado no início do ano em 3%. Vale citar, também como boa notícia, que houve melhora fiscal significativa que surpreendeu muitos economistas. O governo tem conseguido apresentar resultados fiscais sensivelmente melhores que o esperado meses atrás e parte disso tem sido por conta do Ministério da Economia, que se esforça em conseguir manter os gastos relativamente sob controle, mas também de uma melhora da arrecadação.

Por outro lado, essas questões têm impacto político baixo dentro da população. Por exemplo, o consumo das famílias recuou no começo deste ano, segundo os dados do IBGE, e a inflação tem registrado recordes significativos, o que mina o poder de compra de muitos. Adicionalmente, as vagas criadas no mercado de trabalho têm apresentado remuneração mais baixa, o que reflete em uma massa salarial ainda frágil.

A pesquisa Necton/Vector aponta, por fim, que os políticos já se mostram receosos de uma agenda mais austera neste momento do mandato. A impressão tida no levantamento é que o apoio à agenda liberal perde um pouco de força. Enquanto na política, o Planalto conseguiu pacificar em parte sua relação com o Congresso, na economia, Guedes e equipe começam a colher parte dos frutos do ajuste liberal.


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