Startup que participou do Capital Empreendedor triplica receitas durante a pandemia

“O Capital Empreendedor foi importante para entender como pensa o investidor”, esse é o maior diferencial que Fábio Leger, CEO da Certus, enxerga na experiência de integrar o time das empresas abertas a investimentos no programa Capital Empreendedor, realizado pelo Sebrae desde 2017. A startup participou da iniciativa em 2018, de lá para cá, muita coisa mudou: “Além de abrir o capital da Certus, nós pivotamos e vamos fechar 2020 triplicando a receita do ano passado, mesmo com a pandemia”, comemora Leger.

A Certus nasceu em 2017 com o propósito de levar soluções tecnológicas para micro e pequenas empresas na gestão dos negócios. Focados em pequenas indústrias, principalmente nos setores metal mecânico, químico, cosmético e alimentício, a Certus oferece soluções capazes ampliar em mais de 60% a entrega dos pedidos das empresas. Aumento na eficiência, redução nas compras, redução de perdas materiais também estão entre os resultados apresentados pelos programas ofertados.

Com três anos de experiência no mercado, a Certus percebeu uma grande dor em comum nos seus clientes: alta demanda em crédito. “Nossos produtos já resolviam as questões ligadas à gestão de compras, de produção, fiscal, comercial, mas quando se tratava de crédito percebemos que as pequenas empresas são as que mais sofrem nesse aspecto. Elas não têm volume, muitas vezes não tem conhecimento e acabam contratando serviços casados. O banco oferece empréstimos, mas embute seguros e títulos de capitalização no pacote. Somado a isso nós pagamos uma das maiores taxas de juros do mundo”, observa Leger.

Depois de um round de investimentos, fruto da participação no Capital Empreendedor, a Certus inovou mais uma vez e lançou serviço de empréstimos com juros competitivos, de 1% ao mês. Muitos clientes já usam os softwares de gestão, que oferecem uma ficha técnica, facilitando a aprovação dos empréstimos. “Atuamos em todo Brasil e unimos duas frentes de trabalho para impulsionar o trabalho da pequena indústria no país. Mesmo se o cliente estiver inadimplente com bancos e financeiras, conseguimos realizar o negócio. Nossos juros de 1% ao mês é muito abaixo do que é praticado no mercado comum”, afirma o empresário.

De acordo com Leger, a participação no Capital Empreendedor foi fundamental para dar visibilidade ao seu negócio, além de acrescentar a experiência de entender como os investidores pensam quando integram uma rodada de investimentos. “Eu fiquei sabendo do programa Capital Empreendedor através do Sebrae, nós realmente somos consumidores assíduos das iniciativas da instituição. Participamos e aplicamos todo o conhecimento absorvido em um round de investimentos que já foi concluído. O mais interessante é que são conteúdos que levamos para a vida. Hoje, dois anos após a nossa participação, estamos na segunda rodada de investimentos com investidores que tivemos contato naquela época”, diz.

Semana do Empreendedorismo

O Sebrae, juntamente com um conjunto de instituições parceiras, promove entre os dias 16 e 22 de novembro a 13ª edição da Semana Global de Empreendedorismo (SGE). A Semana Global tem o objetivo de fortalecer e disseminar a cultura empreendedora, conectando, capacitando e inspirando as pessoas a empreender. Nos últimos três anos, a SGE mobilizou no Brasil mais de 2,5 milhão de pessoas, com cerca de 20.000 atividades - o que faz da Semana brasileira a maior do mundo, com sete premiações internacionais.