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Pandemia agrava a vulnerabilidade do corpo nas organizações

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Erick Santos
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O "novo normal" conserva os velhos métodos de pressão que o corpo funcional busca instintivamente suportar; mas o resíduo, se não descarregado, pode gerar traumas.

*Profa. Dra. Simoni Bambini

A inesperada e assustadora pandemia da Covid19, de forma compulsória, nos empurrou para o home-office. De uma hora para outra, trabalho e estudo passaram a ser remotos, a partir da nossa casa! A mudança foi tão rápida que não deu nem tempo para preparos: da empresa e dos empregados; dos estudantes e dos professores.

Definitivamente, estes novos tempos viraram a rotina pelo avesso. Além de nos obrigar a aprender, num suspiro, competências digitais mais sofisticadas, as atividades profissionais e de estudo, em muitos casos, passaram a ser executadas em um novo cenário, não raro inadequado e, por essa razão, suscetível às influências e ruídos naturais do próprio ambiente. Sem grandes ofertas de opções, fomos obrigados a nos adequar à nova realidade que, para desespero de muitos gestores, corporativos e educacionais, não se encaixa nos padrões até então vigentes. Eles perderam o controle!

A cultura organizacional se fortalece pelo sistema de controle e acredita que esta rédea curta tem relação com produtividade. Assim, por conta dessa sensação de "falta de controle", muitas empresas recorreram aos advogados com o intuito de encontrar meios legais para pressionar e punir os empregados que tentam burlar a jornada no home office. Muitas organizações se revelaram incomodadas com o desprendimento de alguns empregados que aparecem nas teleconferências de pijama, cabelos em desalinho e olhos inchados de sono. Ou, então, que passaram a responder e-mail somente de madrugada, embora o tenham recebido pela manhã. Será que a aparência, ou melhor, a vestimenta adequada tornou-se sinônimo de competência? Por que, antes desse tsunami sanitário, não incomodava responder aos e-mails a qualquer hora do dia e aos grupos de WhatsApp do "time do trabalho" nos finais de semana ou fora do horário de expediente? Será que o home office abalou o nosso espírito de equipe? E o que pode nos acontecer a partir dessa constatação?

Essa ameaça está presente sempre em nossa luta pela sobrevivência, seja pelo emprego ou pela garantia do nosso status na sociedade. Convivemos em uma sociedade idealizada, na qual vivemos para ter sucesso, ser feliz e não mostrar fragilidade. Vide as inúmeras selfies e os diversos posts com imagens gloriosas nas redes sociais. E caso você trabalhe em uma organização de sucesso, isso se traduz que você é um sucesso.

Apesar desse "novo normal" e das (novas) pressões inerentes, estamos conseguindo nos adaptar, ou melhor dizendo, o nosso corpo está se adaptando, como sempre, em prol da eficiência e produtividade. Nosso sistema nervoso foi preparado para reagir diante de qualquer ataque que possa colocar em perigo a nossa sobrevivência. E quando resolvemos essa situação ameaçadora, o nosso corpo reage novamente de forma muito competente.

Quando nosso sistema nervoso tem essa funcionalidade, não ficamos traumatizados. O trauma não é o evento ameaçador em si, mas a carga residual que pode ficar presa no nosso sistema nervoso. Se há cronificação nesse padrão de comportamento, ou seja, em estado de alerta constante, a carga residual será liberada nas mais diversas formas, como a ansiedade, síndrome do pânico, depressão, dores crônicas nas costas, no peito e no estômago, enxaquecas, dentre outras.

A pandemia tornou visível essa nossa vulnerabilidade diante desse ataque inescapável que vivemos para nossa sobrevivência, que é diária, tanto no trabalho como nos estudos. Para corresponder à eficiência produtiva exigida, sobretudo pelas organizações, é preciso saúde e isso está nos faltando em função de nossa vida estressante, agravada com o advento da pandemia e gerando sintomas como a síndrome de burnout. Seguimos disponíveis 24 horas e nem percebemos.

A boa notícia é que existe saída para essa situação. A primeira, é a autorreflexão; a segunda, buscar ajudas terapêuticas como a Somatic Experiencing, a SE, que auxiliam na cura.

*Simone Bambini, doutora e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Coordenadora do Curso de Relações Públicas da FAAP. Pesquisadora sobre o estudo do corpo no ambiente corporativo. Terapeuta em SE - Experiencing Somatic. Autora do livro, O corpo como posicionamento da marca na comunicação empresarial.


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