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Transparência e riscos climáticos são prioridades na agenda ESG do setor nacional de óleo e gás

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Rodrigo Dutra
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Em edição do webinar Diálogos da Rio Oil & Gas, lideranças apontaram que a pandemia acelerou a demanda de investidores e da sociedade pela integração de práticas sustentáveis na tomada de decisões de negócios

A demanda da sociedade e de investidores por uma agenda sustentável e totalmente conectada com o negócio das grandes corporações foi ampliada e acelerada com a pandemia da Covid-19. Transparência e o relato integrado de práticas e resultados de governança, ambientais, financeiras e sociais – conjunto de ações reconhecido, em inglês, pela sigla ESG - foram amplamente incorporadas pelas estratégias de atuação e na comunicação externa das empresas. Esta temática foi debatida na última quarta-feira (16.09), durante o webinar Diálogos da Rio Oil & Gas, realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).

O evento teve como mediadora a presidente do Instituto, Clarissa Lins, e contou com as presenças de Andrea Almeida (Diretora Executiva de Finanças e Relação com Investidores da Petrobras) e Sonia Favaretto (Presidente do Conselho Consultivo da GRI Brasil) como debatedoras. Esta foi a 8ª edição da série Diálogos da Rio Oil & Gas, que abordou o tema “A agenda ESG e seus impactos na indústria de óleo e gás” e pode ser conferida gratuitamente no canal do IBP no YouTube.

Clarissa Lins reforçou que a indústria de petróleo e gás no Brasil objetiva o cumprimento da agenda ESG. “O mercado financeiro já realiza uma leitura de ampla magnitude deste cenário ao alocar um total de US$ 71 bi em fundos destinados nos Estados Unidos para pautas ESG no pós-pandemia”, refletiu diante do debate em dimensão internacional.

Mesmo diante de previsões macro negativas, como as do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Agência Internacional de Energia (AIE), que preveem queda de 5% do PIB global em 2020 com redução de 1/3 de investimentos na cadeia de O&G no mesmo período, além de diminuir a demanda de 6% de energia e 8% de petróleo para este ano, a agenda ESG é exigida. Com relação aos riscos climáticos, por exemplo, o padrão TCFD (Task Force on Climate-Related Financial Disclosure) tem sido priorizado. Esta sigla representa uma força-tarefa mundial que reúne uma série de organizações – incluindo várias do setor de O&G - com o objetivo de desenvolver um padrão comum para que empresas possam medir e divulgar os riscos financeiros relacionados ao clima.

Sonia Favaretto relembrou o histórico de adaptação das companhias até chegar aos atuais padrões de sustentabilidade: na década de 80, as empresas estavam compreendendo como se daria a publicação integrada de relatórios financeiros e de sustentabilidade; nos anos 90, estabelecem um padrão mundial para que o investidor possa analisar, comparar e tomar decisão; hoje, quase 100% das corporações globais relatam suas ações e compromissos com padrão GRI.

Ela ainda indicou que muitos desafios estão no horizonte para avanços futuros: “A alta gestão da empresa deve compreender e valorizar a informação pública de ações sociais, ambientais e de governança. Deve existir integração destas iniciativas com todas as peças de comunicação institucional. O segundo desafio é a definição da materialidade, isto é, das questões mais relevantes que devem ser do conhecimento do investidor em relação às práticas ESG da companhia. O terceiro ponto é que o executivo utilize a sustentabilidade para tomar decisões e retroalimentar sua estratégia com suporte de Comitês especializados para manutenção da qualidade de decisões dos Conselhos de Administração”, comenta.

Neste contexto, os atributos do líder sustentável são essenciais para o crescimento do negócio em convergência com a agenda ESG. É necessário que a alta liderança tenha pensamento multinível, saiba ouvir e envolver diferentes públicos na tomada de decisão da companhia, promova inovação disruptiva e tenha visão de longo prazo. “Também existem processos para que a sustentabilidade se incorpore na cultura institucional: contar com uma seleção de executivos com mindset sustentável, permeando todo cenário de sucessão, desenvolvimento e remuneração”, avalia.

A gestão ativa de portfólio, a redução de custos e a transformação digital estão direcionadas para contribuir com a política de baixo carbono da Petrobras, segundo Andrea Almeida, Diretora Executiva de finanças e Relação com Investidores da Petrobras. “Ano passado, anunciamos nossos compromissos com a agenda ESG. Entre eles: o crescimento zero de emissões absolutas até 2025, reinjeção de 40 milhões de toneladas de CO2 e redução de 32% na intensidade de carbono em E&P em período similar. Estamos buscando eficiência energética em nossas refinarias. Somente serão mantidos os ativos do atual portfólio, que serão resilientes e tenham breakeven de US$ 35 por barril para operar com baixa intensidade de carbono, caso das atividades no pré-sal”, mencionou.

A companhia tem investido cerca de US$ 100 milhões anuais para descarbonização e US$ 70 milhões em pesquisa para desenvolvimento de diesel verde e fontes renováveis. Andrea ainda reforçou que a área de governança da companhia implementou um sistema de integridade e conduta ética para aplicação em toda cadeia, acrescentando clientes e fornecedores. “Evoluímos muito em nosso modelo de compliance em convergência com o aspecto econômico, o que resulta em maior sinergia com a análise e demanda dos investidores e sociedade”, conclui.

Campos maduros serão tema da próxima edição

A próxima edição dos Diálogos da Rio Oil & Gas será no dia 29 de setembro, às 18h. O tema será a revitalização dos campos maduros e como novos investimentos transformam a economia regional. As inscrições já estão abertas e a participação é gratuita.


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