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Conheça o perfil dos empreendedores periféricos no Brasil mais afetados pela crise econômica

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Cristhiane Faria
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Levantamento realizado pela coalizão ÉDITODOS revela que 74% não tinham reserva financeira e 46% pretendem recorrer a empréstimos

Com a atual crise econômica proporcionada pela pandemia do novo coronavírus, os empreendedores das periferias brasileiras têm sido os mais afetados em seus negócios. Apesar dos auxílios governamentais de liberação de crédito, 74% destes empreendedores já não tinham reserva financeira para enfrentar uma queda de demanda desta proporção e 46% deles pretendem resolver o problema recorrendo a empréstimo de amigos e parentes. Os dados são de um levantamento realizado pela coalizão ÉDITODOS, entre março e abril deste ano, e serviram como ponto de partida para criar a metodologia de implementação do Fundo Emergências Econômicas, que tem como objetivo apoiar 520 empreendedores negros e periféricos em 10 Estados, além do Distrito Federal.

A aliança está sendo apoiada por importantes atores do empreendedorismo social no Brasil, Agência Solano Trindade, Afrobusiness e Feira Preta (São Paulo), FA.Vela (Belo Horizonte), Instituto Afrolatinas (Distrito Federal) e Vale do Dendê (Salvador) com grandes marcas apoiadoras como Assaí Atacadista, Fundação Arymax, ICE, Instituto C&A, Itaú-Unibanco, Itaú Social, JP Morgan, Mercado Livre e Semente Oré que, juntos, têm uma base com mais de 1.000 empreendedores, o que permitiu identificar o perfil, as necessidades e os desafios de quem está à frente destes negócios. Confira:

Principais desafios

A questão financeira foi de fato a que mais afetou os negócios na periferia brasileira: 62% dos empreendimentos têm como principal desafio a falta de reservas financeiras ou acesso à financiamento. Já as formas de viabilizarem suas vendas e de se comunicarem com seus clientes representam 29% e 7%, respectivamente, dos desafios inerentes à crise.

Estimativas financeiras

Para conseguirem quitar despesas essenciais, como água, energia e alimentação, 33% dos empreendedores precisam de financiamento de R$ 1.001 até R$ 2 mil reais.

Ramo de atividade

A moda e a economia criativa representam, juntas, 36% do volume de negócios destes empreendedores, seguida da gastronomia, com 11%, e dos negócios digitais, com 4%. Os demais negócios são de diferentes áreas de atuação e representam 48%.

Região de atuação

A região Sudeste é a que mais abarca estes empreendedores, sendo que 43% deles estão localizados em São Paulo, 11% em Minas Gerais e 5% no Rio de Janeiro. A segunda região mais representada é o Nordeste, com 19% presentes na Bahia e 5% em Pernambuco. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, 7% estão no Distrito Federal e 1% no Maranhão e em Santa Catarina. Nos demais Estados, este volume não chega a 1%.

Recorte racial

Em um país em que mais de 50% da população se autodeclara negra, 72% dos empreendedores se dizem pretos, 14% pardos, 11% brancos e 1% indígenas e amarelos.

Formalização dos negócios

Mais da metade desses empreendedores possui seus negócios formalizados, sendo 58% deles, enquanto que apenas 6% possuem apoio de um funcionário para dar conta de todas as demandas de trabalho. Já 73% não contam com o suporte de funcionários e 20% contratam pontualmente ou de forma terceirizada.

Sobre a ÉDITODOS

A coalizão ÉDITODOS é uma aliança que reúne vários atores do ecossistema de empreendedorismo negro no Brasil. Criada em 2017, reúne seis empresas e OSCs de impacto social: Agência Solano Trindade, Afrobusiness e Feira Preta (São Paulo), FA.Vela (Belo Horizonte), Instituto Afrolatinas (Distrito Federal) e Vale do Dendê (Salvador). Tem como propósito enfrentar o racismo estrutural e as disparidades de gênero para promover um empreendedorismo baseado na oportunidade, levar recursos para empreendedores (formais e informais) negros, fazer o dinheiro circular entre eles e atrair e administrar recursos financeiros privados, públicos e de órgãos de fomento nacionais e internacionais.

Fundo de aceleração mineiro se une ao Itaú Social para auxiliar financeiramente 500 famílias e empreendedores locais

Com o intuito de minimizar os impactos da COVID-19 na vida de famílias residentes de vilas e favelas de Belo Horizonte e da região metropolitana, o FA.VELA deu início, em junho, ao Acóde, projeto que oferece auxílio financeiro, por meio de um cartão alimentação no valor de R$ 250, a mais de 500 famílias, durante três meses, e visa impactar mais de 1.500 pessoas com a iniciativa, financiada pelo Itaú Social. No total cerca de R$ 375 mil serão distribuídos.

O foco é atender mulheres chefes de família, com filhos ou monoparentais, pessoas LGBTQI+, em especial as trans e travestis negras, desempregados, e/ou empreendedores formais e informais que tiveram a renda impactada pela pandemia. O uso do cartão Sodexo foi pensado para ressignificar a cesta básica, com a oferta de autonomia na escolha dos itens a serem adquiridos pelos beneficiários. Além disso, o projeto também visa, desta forma, fomentar o comércio local, fazendo com que este dinheiro circule no pequenos negócios dentros destes territórios, com a compra de alimentos e itens de higiene.

Outro diferencial da cesta do Acóde é a proposta educacional e de inclusão digital pelo FA.VELA Escola que, por meio de ações de capacitação empreendedora, letramento e mentorias, desenvolvem esta comunidade.

Sobre o FA.VELA

Criado em 2014 em Minas Gerais, como aceleradora de negócios, o FA.VELA é responsável por grandes cases de sucesso que destacam a cultura empreendedora periférica. São mais de 1.800 pessoas beneficiadas por 260 projetos de impacto impulsionados e liderados por 500 empreendedores acelerados, e mais de 20 programas de letramento empreendedor e pré-aceleração realizados pela organização em mais de 25 municípios em Minas Gerais, Espírito Santo e Pará. Trazendo como pilares a tecnologia, a inovação e o impacto socioambiental positivo, por meio do “Futuros Inclusivos”, oferece consultorias e workshops sob demanda. Desde 2017, a organização integra a coalizão ÉDITODOS.


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