O Brasil segue enfrentando uma crise silenciosa no ambiente corporativo digital: perdas milionárias causadas por falhas que vão além de problemas técnicos. Segundo estudo da Tricentis, divulgado em 2025 e que segue como referência para projeções de 2026, 50% das organizações brasileiras estimam prejuízos anuais entre US$ 1 milhão e US$ 5 milhões decorrentes de falhas em software — incluindo interrupções operacionais provocadas por licenças vencidas, mal geridas ou subutilizadas.

“Às vésperas de um novo ciclo fiscal e orçamentário, muitas empresas ainda tratam a renovação de licenças como um detalhe operacional. Esquecem prazos, descentralizam controles e só percebem o impacto quando o sistema para ou o prejuízo aparece”, afirma José Miguel, gerente de pré-vendas da Unentel.

Um relatório da Deloitte Brasil mostra que, embora 58% das grandes empresas já alinhem seus controles de risco à estratégia de negócio, apenas 39% apresentam maturidade avançada nessa gestão. Para 2026, esse descompasso continua sendo um alerta: processos como renovação de licenças, auditorias contratuais e monitoramento de vencimentos ainda são conduzidos de forma reativa em muitas organizações, abrindo espaço para falhas operacionais, multas contratuais e interrupções críticas.

No setor público, auditorias da Controladoria-Geral da União seguem apontando um problema recorrente: licenças contratadas sem uso ou mal distribuídas. Esse cenário revela não apenas desperdício de recursos, mas também riscos operacionais e de segurança. Softwares parados, sem atualização ou monitoramento, tornam-se pontos vulneráveis, podendo abrir brechas para falhas de segurança e ataques cibernéticos — um risco que tende a crescer em 2026 com ambientes cada vez mais integrados e dependentes de tecnologia.

Para mitigar esses impactos, especialistas recomendam práticas já consideradas essenciais para 2026: contratos com cláusulas claras de renovação ou renovação automática, alertas escalonados de vencimento (30, 15 e 7 dias), painéis centralizados de gestão de licenças integrados aos sistemas corporativos e auditorias periódicas de compliance e uso efetivo das soluções contratadas.

“Gerenciar licenças deixou de ser uma tarefa administrativa e passou a ser uma decisão estratégica. Em 2026, perder um prazo pode significar perda de faturamento, quebra de contratos e danos à reputação da empresa”, conclui José.

Sobre a Unentel

A Unentel Distribuição tem mais de 40 anos de mercado, distribuindo grandes marcas com soluções de videoconferência, audiovisual, redes LAN/WLAN, cibersegurança, devices e automação em todo o território nacional. Focada no público B2B, destacou-se entre as empresas que mais cresceram no país por dois anos seguidos, no Ranking EXAME Negócios em Expansão de 2021 e 2022, tornando-se referência no setor de tecnologia brasileiro.