Seguro paramétrico ganha espaço no Brasil como alternativa ao multirriscos (Destaque)
Sombrero Seguradora impulsiona expansão do produto e reforça complementaridade ao modelo tradicional
O seguro paramétrico tem ganhado espaço no mercado brasileiro como uma alternativa complementar ao seguro agrícola tradicional, especialmente diante da intensificação dos eventos climáticos extremos registrados nos últimos anos. Na Sombrero Seguradora, esta modalidade começou a ser ofertada em fase piloto entre 2022 e 2024 e entrou em 2025 em plena comercialização, com expansão para novas regiões e culturas.
Ao contrário do seguro multirriscos, o modelo paramétrico não depende de perícia presencial nem de avaliação de produtividade. A indenização é acionada automaticamente quando há confirmação (via dados independentes e auditáveis, como satélites e estações meteorológicas) de que o índice climático contratado foi atingido. Com isso, o processo de regulação de sinistro se torna mais rápido, transparente e imune a fraudes.
“Nosso objetivo nunca foi substituir o seguro tradicional, que continua essencial e possui uma metodologia própria de aferição de perdas. O que trazemos com o paramétrico é a possibilidade de proteger riscos que historicamente ficam descobertos, principalmente em áreas pequenas, solos arenosos ou regiões onde a produtividade é naturalmente mais baixa”, afirma Márcio Rios, Diretor de Seguros da Sombrero Seguradora.
Enquanto o multirriscos normalmente exige áreas mínimas de 20 hectares para viabilizar a perícia presencial, o paramétrico pode ser contratado por produtores com áreas cultivadas a partir de 1 hectare, beneficiando pequenos e médios produtores, além de ampliar o acesso a regiões antes excluídas do mercado segurador. O produto também se destaca por não exigir comprovação de manejo agrícola, considerando unicamente indicadores climáticos como volume de chuva, geada ou temperatura.
Segundo a seguradora, a demanda vem crescendo principalmente em culturas sensíveis, propriedades com restrições agronômicas e áreas de pastagens degradadas, um segmento que soma mais de 40 milhões de hectares no país e que, em boa parte, ainda não é atendido pelo seguro tradicional. “Há um espaço enorme para ampliar a proteção climática no Brasil, especialmente em um cenário em que eventos extremos se tornam mais frequentes e severos”, avalia José Reinaldo Moraes, Head de Seguro Paramétrico da Sombrero.
Dentro da Sombrero Seguradora foi desenvolvido um modelo paramétrico próprio. Uma solução conta com patente registrada e integração via web app, permitindo que corretores e segurados acompanhem cotações, dados climáticos e gatilhos de indenização em tempo real.
O crescimento do produto também acompanha as discussões globais sobre adaptação climática, que ganharam destaque na COP 30, em Belém. “O seguro paramétrico tem potencial para contribuir com a resiliência do país diante de desastres naturais, porque permite resposta rápida e mitigação de impactos econômicos. É uma ferramenta estratégica para o agro, para governos e para o mercado segurador”, conclui.
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