Nuno David, da Syntropia, alerta para “colapso silencioso” da previdência no Brasil
O fundador da Syntropia, Nuno David, avança mais um capítulo da série sobre o futuro da proteção social no Brasil e, desta vez, mira diretamente o problema estrutural que poucos têm coragem de encarar: o colapso silencioso da Previdência. No segundo artigo, ele detalha, com dados e projeções, por que o modelo atual está esgotado e por que o déficit tende a acelerar na próxima década caso nada seja feito.
Logo na abertura, Nuno não suaviza o diagnóstico. “O sistema atual já não fecha e a razão deste problema é muito simples: a base de financiamento está a implodir, ao mesmo tempo que o volume de benefícios cresce de forma acelerada.” A combinação entre envelhecimento populacional, informalidade, baixa produtividade e queda da natalidade cria um cenário matematicamente insustentável.
O autor reforça que a crise não é repentina, é progressiva, silenciosa e contínua. “O sistema não colapsa de forma abrupta; ele vai perdendo capacidade de cumprir suas promessas ao longo do tempo.” Segundo ele, esse processo já começou, e a conta tende a se agravar antes mesmo de o país envelhecer plenamente.
Nuno também lembra que o problema não é apenas fiscal, mas estrutural. “A erosão da base de financiamento é um fenômeno cumulativo: menos contribuintes, mais benefícios e uma estrutura que depende completamente desse equilíbrio.” Ele alerta ainda para o impacto da morte prematura e da invalidez, que pressionam o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) e ampliam a necessidade de integração entre Estado e mercado segurador.
O executivo reforça que nenhum país sustentável baseia seu sistema apenas no Estado. “A integração do setor privado para morte e invalidez é indispensável.” Para ele, reconstruir a previdência brasileira exige reposicionar papéis e responsabilidades. “O futuro da previdência passa por reestruturar papéis, responsabilidades e instrumentos.”
Ao longo do texto, Nuno argumenta que o Brasil precisa tratar a previdência como um projeto de país e não como instrumento político de curto prazo. O objetivo, segundo ele, deve ser construir um sistema capaz de enfrentar três riscos simultaneamente: longevidade, morte prematura e invalidez.
Em todas as frentes, o segundo artigo reforça um mesmo ponto: o Brasil já não tem tempo a perder. A deterioração é real, mensurável e previsível e só poderá ser revertida com um pacto estrutural envolvendo Estado, seguradoras, empresas e famílias. A série completa, segundo o autor, deve detalhar caminhos de reconstrução e propostas concretas para um novo modelo de proteção social brasileiro.
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