Checklist digital 2026: 7 prioridades de segurança essenciais para as empresas
O ano de 2026 marca uma nova era de ameaças cibernéticas. Com a Inteligência Artificial sendo usada como arma por cibercriminosos para criar deepfakes e ataques de phishing ultra-personalizados, a mentalidade de "estar seguro" baseada apenas em antivírus e firewall não é mais suficiente. Segundo a Kaspersky, ataques de malware disfarçados de ferramentas de IA cresceram 115% em 2025, e o ransomware de dupla extorsão se tornou o padrão.
Para garantir que as empresas brasileiras, especialmente as PMEs que possuem orçamentos limitados, mas são alvos fáceis, entrem no novo ano com ciber-resiliência e em total conformidade com a LGPD, Fernando Dulinski, CEO da Cyber Economy Brasil, hub estratégico que atua para elevar a maturidade cibernética no país, integrando governança, dados e práticas de segurança, destaca sete prioridades que executivos e líderes de TI podem implementar agora para entrar em 2026 mais protegidos.
1. Implementar Autenticação Multifator (MFA) em 100% dos acessos: Senhas sozinhas são a maior vulnerabilidade. Em 2026, a MFA deve ser obrigatória, sem exceção, para todos os pontos de acesso: e-mail corporativo, VPNs, sistemas em nuvem (Microsoft 365, Google Workspace) e painéis de administração. A falha humana é responsável pela maioria dos incidentes, e a MFA é a camada de fricção que os atacantes mais odeiam.
2. Adotar o Modelo Zero Trust (Confiança Zero): Deixe de lado a ideia de que "confiar em quem está dentro da rede" é seguro. O Zero Trust prega: "Nunca confie, sempre verifique". O primeiro passo imediato é mapear os dados mais críticos e aplicar o princípio do menor privilégio, garantindo que cada colaborador acesse apenas os recursos estritamente necessários para sua função. Isso impede o movimento lateral de um invasor caso uma conta seja comprometida.
3. Revisar e Testar a Estratégia de Backup Imutável: Em um cenário de ransomware de dupla extorsão, o backup é a única garantia de continuidade. Sua empresa deve seguir a Regra 3-2-1: (1) Três cópias dos dados, (2) Em duas mídias diferentes, (3) Com uma cópia off-site e, crucialmente, imutável (onde os dados não podem ser modificados ou excluídos). Testes trimestrais de recuperação são vitais para garantir que o plano funcione.
4. Mapear Ativos Críticos e Classificar Dados (LGPD): Você não pode proteger o que não conhece. Antes de qualquer investimento, faça um "raio-x" completo. Crie um inventário de todos os endpoints, servidores e aplicativos. Em seguida, mapeie onde residem os dados pessoais e sensíveis (exigência da LGPD) e classifique-os por nível de criticidade. Isso permite que você priorize o investimento de segurança onde o impacto financeiro e reputacional é maior.
5. Automatizar e Priorizar a Gestão de Atualizações: Sem criptografia, autenticação multifator, controle de acessos ou backups seguros, não há LGPD que resista. A segurança técnica é parte central da lei e ignorá-la pode resultar em incidentes graves.
6. Treinar a Equipe Contra Phishing de IA e Deepfakes: O fator humano é o escudo mais frágil e o alvo preferencial de ataques de engenharia social aprimorados por IA. Invista em treinamentos de conscientização recorrentes. Realize simulações de phishing focadas nas novas táticas (como imitações perfeitas de e-mails de executivos) e alerte sobre os riscos de deepfakes de voz, que podem ser usados para autorizar transferências fraudulentas.
7. Estabelecer um Plano de Resposta a Incidentes (PRI) Documentado: Em caso de ataque, o tempo é dinheiro (e reputação). Ter um PRI é um requisito de governança. Este plano deve detalhar os protocolos claros de comunicação: quem deve ser acionado na TI, qual a linha de comunicação com a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados) em caso de vazamento, e o passo a passo para isolar o sistema afetado e iniciar a recuperação. A demora na resposta pode gerar multas milionárias.
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