D2C no varejo: como o Direct-to-Consumer aproxima marcas dos consumidores
Por Rodrigo Perri, Co-CEO da Vivenda do Camarão, maior rede de pescados e frutos do mar do Brasil
Nos últimos anos, temos acompanhado uma transformação profunda no comportamento do consumidor e, consequentemente, nas estratégias das empresas. O modelo D2C (Direct to Consumer), que propõe uma conexão direta entre marca e cliente final, vem ganhando força e se consolidando como um caminho inevitável para empresas que buscam relevância, fidelização e crescimento sustentável.
Na Vivenda do Camarão, essa jornada vem sendo construída com base em um propósito claro: estar mais próximo dos nossos consumidores, entender suas necessidades com profundidade e oferecer experiências que vão além do produto. Mas esse caminho não é simples, envolve desafios estruturais, investimentos em tecnologia, mudanças culturais e uma reconfiguração do relacionamento com os canais tradicionais de venda.
Descobrimos, ao longo dos anos, que esse é um caminho seguro e bastante rentável e isso surtiu um crescimento exponencial de nossas operações. Queremos que os consumidores encontrem os produtos da Vivenda do Camarão em diferentes pontos de contato, como lojas em shoppings, gôndolas de supermercados e canais de delivery. Essa presença multicanal fortalece a percepção de marca, pois o cliente entende que pode consumir os pratos da marca tanto em momentos de lazer, durante um passeio no shopping, quanto no dia a dia, ao fazer compras ou pedir uma refeição em casa. Ao estar disponível nessas três frentes, a marca amplia suas oportunidades de venda e reforça seu posicionamento no mercado, criando uma conexão mais forte e constante com o público.
Adotar o modelo D2C significa, antes de tudo, assumir o controle da cadeia de relacionamento com o cliente. Isso exige uma estrutura logística robusta, uma estratégia de dados eficiente e, principalmente, uma experiência de marca consistente em todos os pontos de contato.
No Brasil, ainda enfrentamos algumas limitações logísticas e fiscais que tornam o D2C mais complexo, especialmente no setor alimentício. Garantir a qualidade dos produtos na entrega, operar com fretes competitivos e atender diferentes regiões com o mesmo nível de excelência são alguns dos pontos críticos para escalar esse modelo.
Além disso, o desafio da comunicação direta exige uma atuação constante em canais próprios, como e-commerce, aplicativos e redes sociais que envolva conteúdos relevantes, atendimento ágil e um branding bem alinhado com o propósito da marca.
Crescimento com conexão
Apesar dos obstáculos, os benefícios do D2C são estratégicos. O acesso direto ao consumidor nos permite coletar dados valiosose testar novos produtos com agilidade. A previsibilidade do comportamento de compra e o aumento da margem — já que eliminamos intermediários — também são vantagens que justificam o investimento.
No nosso caso, conseguimos entender com mais profundidade o perfil do cliente que consome camarões e pratos prontos em casa, suas preferências de sabores e seus hábitos de compra. Esses insights nos ajudam não só a ajustar o cardápio e a comunicação, como também a aprimorar o desenvolvimento de novos produtos congelados, que hoje são um pilar fundamental na nossa estratégia D2C.
O modelo D2C não é uma substituição ao varejo tradicional, mas um complemento inteligente e necessário. É por meio dessa abordagem que conseguimos gerar mais valor para o consumidor, desenvolver um relacionamento mais duradouro com ele e ter um ciclo de inovação mais ágil.
A lógica de apenas abastecer prateleiras deu lugar à necessidade de entender quem está comprando, por que está comprando e como podemos oferecer uma solução mais completa e personalizada. E isso só é possível com dados, tecnologia e, principalmente, com escuta ativa.
Estamos vivendo uma era em que marcas que não conhecem seus consumidores profundamente correm o risco de se tornarem irrelevantes. O D2C é um caminho desafiador, mas ao mesmo tempo repleto de oportunidades para quem deseja inovar, crescer e construir um relacionamento real com o público.
Na Vivenda do Camarão, acreditamos que estar próximo de quem nos escolhe é o que nos permite evoluir todos os dias.
Sobre a Vivenda do Camarão
A Vivenda foi fundada em 12 de junho de 1984, a partir da visão empreendedora de Fernando Perri que abriu um restaurante para servir pratos à base de camarão e frutos do mar no bairro de Moema, na cidade de São Paulo. Com o sucesso daquela unidade, Fernando Perri logo inaugurou uma filial nos Jardins, São Paulo. Diante da aceitação do consumidor, Perri abriu a Vivenda do Camarão Express, a primeira loja de culinária rápida com pratos à base de camarão no país, no Morumbi Shopping, na cidade de São Paulo. A partir de 1997 a marca ingressou na franchising e consolidou sua expansão pelo território nacional. Com unidades próprias e franqueadas, o Grupo Vivenda do Camarão atua hoje nos segmentos de Fast Food, Varejo supermercadista e Food Service.
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