Corretores de seguros sofrem concorrência desleal, desfazem suas carreiras e desanimam muitas vezes, com o gigantesco trabalho de uma rotina estressante
“Seguro só com corretor”.
Eu sou um apaixonado por nossa profissão desde antes de ser um corretor de seguros. Aliás, conheço tantos corretores que amam o que fazem, que sinto orgulho deles.
Mas vamos ser reais e leais, o baque é grande! Bancos, eles vendem seguros! Vendedores avulsos, também! Intermediadores, idem! Cooperativas, há pouco!
A gente (não agente!) só continua de pé devido ao fato de pessoas terem pensado em nossa profissão com Leis “especiais”.
O segundo ponto da sobrevivência é o realismo do seguro ser muito técnico e ser necessário esclarecer o cliente para vender.
Nenhuma profissão foi mais esmerilhada que a nossa profissão, pois está desgastada.
A nossa mensagem é a de uma profissão fraca!
Nossa profissão é uma das que melhores rendimentos financeiros têm, mas é uma profissão com menos de 100 mil intermiadores reais
Perdoe-me os que acham que devemos comemorar os 60 anos de nossa existência, não devemos. Perdoe-me os que acham que seguro é somente com corretor, não é! Perdoe-me os que NÃO estão associados a sindicatos, deveriam! Perdoe-me os que acham que está tudo bem … não está! Perdoe-me, perdoe-me, perdoe-me…
O PIB do seguro vai chegar a 10%, que ótimo! 90% dos corretores estão atrás do reuso do cliente, da concorrência que apenas troca objetos de mãos.
Nunca foi a minha opção querer ver tamanho desmonte orgânico; vou às lágrimas. A minha tristeza é necessária e pessoal.
Nosso despropério vai adiante, caso não se enxergue mais ou menos de nosso dilema como profissão, que deveria ser a única atividade laboral a intermediar seguros.
Quem perde:
Seguradoras perdem!
Os corretores de seguros perdem!
Nossa profissão tem um jogo pífio apenas.
Os corretores de seguros não são unidos. A maior prova é a concorrência entre nós. No mesmo cálculo de um seguro às vezes há 10 ou 20 profissionais se sujeitando, ainda que o sistema de cálculo avise.
Os corretores de imóveis têm seu Conselho Federal, os corretores de seguros não!
O que falta não é culpar dirigentes de entidades ou os corretores por tudo o que acontece, não é esse o propósito deste escrito, mas se possível fazer pensar e poder unir para agir em prol de uma profissão, com verdade, com luta, com experiência, com sabedoria, com planejamento e com garra. Porque eu sei que todos nós somos culpados e eu mais do que ninguém. Se queremos ser também a profissão do futuro, o jeito é agir agora.
Todos sabemos que foram transferidas responsabilidades demasiadas aos corretores de seguros. Os corretores de seguros trocam até pneus de segurados, segundo relatos. Eles fazem vistorias, dão assistência ao segurado, encaminham sinistros, controlam apólices, vendem, se desgastam etc. Por isso que devemos pensar em como agir para mudar um pouco a trajetória dos corretores de seguros.
Armando L Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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