Comportamento: especialistas falam sobre turbulências com a empresa em home office
A IBE Conveniada FGV, em parceria com a MAPA Avaliações, realizou na manhã dessa quinta-feira, 23 de abril, o webinar sobre “Ambientes e relacionamentos tóxicos com a empresa em home office”. Conduzido pelo psicólogo Carlos Guilherme Schlottfeldt e pelo professor Vagner Sandoval, o evento reuniu mais de 250 pessoas online.
“Hoje, nós temos uma conjuntura sobre o home office e podemos defini-la como um período pré e pós 2020. A realidade das pessoas é muito diferente e grande parte das empresas não está preparada para proporcionar o sistema de trabalho de maneira correta, gerando impactos negativos em diversos sentidos, incluindo o comportamento de alguns colaboradores”, explicou o psicólogo.
Com apresentação fundamentada em pesquisas e aspectos teóricos, Carlos mostrou alguns exemplos de comportamentos tóxicos, reações e estratégias do líder, além da cultura organizacional da empresa, condições de trabalho, relações socioprofissionais, teletrabalho no Brasil e a diferença de comportamento e resultados ao se trabalhar em home office.
Mas afinal, o que é uma pessoa tóxica?
No ambiente de trabalho, é aquela pessoa que prejudica a equipe, impactando negativamente nos resultados do time e no crescimento da organização a longo prazo. Ela apresenta um Comportamento Contraproducente no Trabalho (CCT), com a intenção de prejudicar, seja por violar as normas, regras e procedimentos.
Em home office, a falta de interação interpessoal direta, a flexibilidade da jornada de trabalho e a falta de supervisão direta, pode agravar esse comportamento. “Em alguns casos, a pessoa tem um má comportamento, que somado a uma gestão que colabora com a situação, amplia a toxidade na empresa, mesmo no sistema home office”, explicou Carlos.
Com o olhar voltado para o dia a dia de trabalho, o professor Vagner Sandoval, exemplificou diversas situações corriqueiras que demonstram um problema que está transbordando as empresas nesse período de home office: a dificuldade em se adaptar ao novo momento.
“Atualmente, o grande desafio das empresas está no comportamento dos colaboradores. E quando alguém do time apresenta um comportamento tóxico, a gestão a distância fica ainda mais difícil. É a partir dessa crise, que as instituições precisam se conscientizar e começar a investir em pessoas. O momento é de mudanças”, ressaltou o especialista IBE-FGV.
Durante a transmissão, ele falou sobre as condições e materiais de trabalho, empatia, interações com as lideranças imediatas e superiores, importância em perceber o momento certo de ouvir e de falar, organização do trabalho, produtividade, procrastinação e estresse ao lidar com colegas e chefes tóxicos.
“É difícil manter um comportamento assertivo quando se tem um chefe agressivo. Mesmo nessas condições, mesmo com inúmeros motivos para abandonar o barco, entregue 100% de você. É o seu nome, a sua marca. É uma tarefa difícil, mas ao perceber que a situação está fora do controle, mantenha ou suba o seu nível. Não desça degraus”, finalizou o especialista.
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