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Junho Vermelho e Laranja: hematologista alerta para importância da doação de sangue e diagnóstico precoce de anemia e leucemia

  • Quarta, 11 Junho 2025 18:45
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Franciele Ferreira
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Créditos: Freepik

Segundo a especialista, as campanhas de conscientização ganham força durante a estação mais fria do ano, por conta da baixa nos estoques de hemocentros

Em junho, duas campanhas fundamentais à saúde pública ganham destaque: o Junho Vermelho, voltado à conscientização sobre a doação de sangue; e o Junho Laranja, que alerta para a importância do diagnóstico precoce da anemia e da leucemia. A Dra. Marcela Weitzembaur dos Reis, hematologista da Imuno Santos, explica que essas datas são cruciais para reforçar a solidariedade e os cuidados com a saúde do sangue.

“Neste momento, há alguém lutando pela vida seja em uma sala de emergência, em uma cirurgia delicada ou em um tratamento contra a leucemia. Para esses casos, uma bolsa de sangue pode ser a decisão entre a vida e a morte. Uma única doação pode salvar até quatro vidas”, afirma a hematologista.

Embora o número de doadores seja expressivo, cerca de 3,4 milhões de doações de sangue acontecem por ano, segundo o Ministério da Saúde; Marcela esclarece que os estoques costumam cair justamente no inverno, principalmente em junho e julho.

“Isso ocorre por conta de gripes e resfriados que, por vezes, impedem temporariamente a doação, além das mudanças de rotina causadas pelas férias escolares e viagens”, diz a médica.

As doações de sangue são essenciais para hospitais e prontos-socorros em todo o país e, em diversas situações, são indispensáveis. De acordo com a especialista, há alguns cenários e doenças mais frequentes, como tratamentos contra o câncer, principalmente leucemias e linfomas; cirurgias de grande porte, que podem causar perdas sanguíneas significativas; acidentes e traumas graves; complicações obstétricas; queimaduras extensas; distúrbios de coagulação e doenças hematológicas crônicas, como anemia falciforme, hemofilia, talassemia e distúrbios de coagulação.

Quem pode doar sangue?

Para fazer parte dessa corrente, é preciso seguir alguns passos. “O doador precisa ter a partir dos 16 anos, com autorização dos responsáveis; até 69 anos. É necessário pesar mais de 50kg, estar em boas condições de saúde, não apresentar sintomas gripais ou infecções recentes. Na data, a pessoa precisa ainda ter se alimentado nas últimas três horas, mas com pouca gordura, e estar hidratado.

“As doenças não tiram férias. Mesmo no inverno ou durante as festas, os pacientes continuam chegando. Precisamos manter os estoques abastecidos. Quem estiver dentro das características necessárias, é bem-vindo para doar”, destaca a hematologista.

Anemia X Leucemia

Neste mês também se discute a leucemia e a anemia como forma de conscientização, com a campanha Junho Laranja, especialmente, para garantir que pacientes com sintomas semelhantes às doenças tenham um diagnóstico precoce. Cansaço extremo, palidez, falta de ar e infecções recorrentes são sinais que podem indicar tanto anemia quanto leucemia. Apesar da similaridade nos sintomas, as duas doenças são diferentes.

A anemia é caracterizada pela redução da quantidade de hemácias ou dos níveis de hemoglobina no sangue. As causas mais comuns envolvem deficiência de ferro, vitamina B12, perdas sanguíneas ou doenças crônicas. Já a leucemia é um câncer hematológico que tem origem na medula óssea e leva à produção anormal e descontrolada de glóbulos brancos defeituosos, comprometendo a produção das demais células sanguíneas.

“A leucemia pode causar anemia, mas a maioria das anemias não tem relação com o câncer. É importante investigar os sintomas e não subestimar sinais como tonturas, infecções frequentes ou sangramentos fora do comum”, pontua a hematologista.

Segundo a médica, tanto a anemia quanto a leucemia possuem fatores de risco específicos. No caso da anemia, má alimentação, sangramentos crônicos e doenças intestinais ou renais estão entre os principais gatilhos. Já a leucemia pode ter relação com exposição a substâncias tóxicas, histórico prévio de quimioterapia ou radioterapia, síndromes genéticas como a Síndrome de Down, além do tabagismo e histórico familiar de doenças hematológicas.

Tratamentos

De acordo com a Dra. Marcela, o tratamento da anemia vai depender da gravidade. Casos leves costumam ser resolvidos com suplementação e ajustes na alimentação. Já quadros mais graves, como a hemoglobina abaixo de 6 g/dL, podem exigir transfusão de hemácias.

Nas leucemias, o tratamento é mais complexo e pode envolver quimioterapia, imunoterapia e até transplante de medula óssea. Durante o processo, o paciente frequentemente precisa de transfusões de hemácias, plaquetas e até de plasma e crioprecipitado, para prevenir complicações como hemorragias ou distúrbios de coagulação.

“Junho é um mês essencial para reforçarmos duas mensagens que salvam vidas: a importância da doação de sangue e da conscientização sobre doenças como a anemia e a leucemia. As campanhas Junho Vermelho e Junho Laranja nos lembram que, por trás de cada bolsa de sangue, há histórias, famílias e pacientes que dependem deste gesto para continuar lutando”, destaca a Dra. Marcela.

Sobre a Imuno Santos:

A Imuno Santos é uma clínica especializada em tratamentos para pacientes oncológicos e autoimunes da Baixada Santista. Localizada no Hospital São Lucas, em Santos, o espaço conta com uma estrutura moderna e atendimento humanizado, garantindo conforto, segurança e eficiência. O projeto foi assinado pela INOAH Arquitetos Associados.

Com capacidade para 60 atendimentos diários, a clínica disponibiliza consultórios, boxes individuais de infusão, suíte exclusiva, farmácia interna e sistema inovador de agendamento. Atende pacientes particulares e de convênios médicos, evitando que precisem se deslocar para grandes centros urbanos. Conta com diversas especialidades, como oncologia clínica, onco-hematologia, reumatologia, gastroenterologia, dermatologia e pneumologia.

Sobre a Dra. Marcela Weitzembaur dos Reis - CRM 183246 | RQE 130197:

Médica formada pela Universidade do Vale do Sapucaí, em Pouso Alegre (MG), com especialização em Clínica Médica pela Santa Casa da Misericórdia de Santos, reconhecida pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica. Possui também especialização em Hematologia e Hemoterapia pela mesma instituição, com acreditação pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.

Atuação focada no diagnóstico e tratamento de doenças do sangue, incluindo hematologia benigna e onco-hematologia adulto. Membro titular da Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.


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