A saúde mental das mães é essencial para o bem-estar de toda a família. No entanto, essa dimensão segue frequentemente negligenciada, sobretudo devido à romantização da maternidade e à dificuldade em reconhecer o sofrimento psíquico que pode surgir nesse período — ou em qualquer momento da vida de uma mulher que materna.

Mas, afinal, você saberia identificar quando uma mãe está em sofrimento emocional? “No pacote da maternidade, o amor é essencial, mas não é tudo. Para cuidar de um filho, é preciso que a mãe também esteja cuidada — e isso inclui sua saúde mental. Quando romantizamos excessivamente essa experiência, deixamos de enxergar as dificuldades reais que atravessam a função materna”, aponta Greiciele Andrade, professora do curso de Psicologia da Faculdade Una Lafaiete.

A campanha Maio Furta-Cor, dedicada à conscientização sobre a saúde mental materna, propõe justamente ampliar esse debate. Criada em 2021, a iniciativa tem como objetivo sensibilizar a sociedade e fomentar políticas públicas que ofereçam suporte real e contínuo às mulheres em seus processos de maternagem. O movimento, que já se expandiu para oito países, tem como base evidências científicas e escuta sensível.

De acordo com a docente, os principais fatores de risco para a saúde mental materna são a sobrecarga emocional, o estresse, e o surgimento de quadros ansiosos e depressivos, geralmente relacionados às múltiplas exigências que recaem sobre as mães.

Quatro dicas de cuidado

Pensando em ampliar o olhar para essa temática, a professora enumerou quatro orientações simples e sensíveis que ajudam a reconhecer e cuidar da saúde mental das mães. Elas são direcionadas a todos: filhos, parceiros, familiares, amigos, colegas, e, sobretudo, às próprias mulheres. Afinal, observar-se também é um ato de cuidado.

E lembre-se: todo apoio precisa vir com empatia, sem julgamentos ou piadinhas. Mães merecem acolhimento e respeito.

1 - Esteja atento à forma como essa mãe expressa seu sofrimento. Tristeza persistente, irritabilidade, cansaço extremo e dificuldade para lidar com as tarefas do cotidiano podem ser sinais importantes de alerta.

2 - Evite minimizar o sofrimento psíquico com frases prontas ou conselhos apressados. Sofrimento mental não é “drama”, nem “frescura”, é legítimo e precisa ser escutado sem idealizações.

3 - Ela é construída entre erros e acertos, e em alguns momentos será necessário buscar ajuda profissional (médica e terapêutica). E isso não é fraqueza. É um gesto de responsabilidade e cuidado consigo mesma.

4 - “É essencial apoiar a mulher que materna em suas necessidades de cuidado, inclusive no direito de preservar sua individualidade. É comum que companheiros comparem suas esposas com outras mulheres, geralmente figuras maternas idealizadas, que supostamente ‘davam conta de tudo’. Mas é importante lembrar que cada realidade é singular, e reconhecer isso é o primeiro passo para oferecer um apoio verdadeiramente eficaz”, destaca a professora da Una Lafaiete.

Sobre a Una

Com mais de 60 anos de tradição no ensino superior, o Centro Universitário Una — integrante do Ecossistema Ânima, o maior e mais inovador ecossistema de ensino de qualidade do Brasil — oferece mais de 130 opções de cursos de graduação. Na edição de 2022 do Guia da Faculdade, promovido pela Quero Educação em parceria com o jornal O Estado de São Paulo, diversos cursos da Una foram estrelados com 4 e 5 estrelas. A instituição preza pela excelência acadêmica e desenvolve projetos de extensão universitária que reafirmam seus pilares de inclusão, acessibilidade e empregabilidade. Conta ainda com infraestrutura de ponta, laboratórios modernos, corpo docente altamente qualificado e um projeto acadêmico diferenciado, com metodologias ativas de ensino. A Una também contribui com a democratização do acesso ao ensino superior por meio de uma ampla oferta de cursos digitais, com polos distribuídos em todo o país.