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Cresce procura por cirurgias no bumbum, mas PMMA deve ser descartado

  • Quinta, 16 Mai 2024 18:45
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Naves Coelho Comunicação
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Divulgação: Freepik

Embora seja vetado para procedimento estético dos glúteos, clínicas clandestinas ou de baixa qualidade continuam usando o componente e provocando sequelas e até mortes

Realizar uma cirurgia de aumento na região dos glúteos é um sonho que ocupa o imaginário de muitas mulheres, mas que, ao mesmo tempo, faz disparar fortes sinais de alerta. Não tanto pela impossibilidade da mudança estética, mas pelos caminhos que muitas pacientes insistem em buscar para realizar o desejo.

Embora seja condenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC) e por outras entidades representativas, o polimetilmetacrilato (PMMA), um composto derivado do plástico e bastante semelhante ao silicone, continua sendo adotado por clínicas clandestinas ou por profissionais pouco qualificados.

O cirurgião plástico Dr. Felipe Villaça, da clínica FVG, especializada em procedimentos estéticos, faz o alerta para que os pacientes jamais utilizem esse tipo de material. “As organizações de saúde são bem enfáticas ao condenar o uso do PMMA para cirurgias estéticas. É um produto com funções muito específicas, mas que definitivamente não servem para aumentar nenhuma região corporal”, avisa.

Segundo ele, a única função do polimetilmetacrilato recomendável para mudanças estéticas é a diminuição das rugas, cuja aplicação não é considerada cirúrgica. “É o único caso aceito pela Anvisa. O resultado é um preenchimento localizado, bastante pequeno, minimamente invasivo. Ainda assim, é mais recomendável o uso de ácido hialurônico, por exemplo. Mas em maior volume, como é o caso do bumbum, o PMMA não deve em hipótese alguma ser introduzido no corpo”, afirma Dr. Felipe Villaça.

“Há registros de mortes, inclusive recentes, de mulheres que se dispuseram a realizar o procedimento estético com polimetilmetacrilato e que vieram a óbito por conta disso. Uma vez aplicado, é bastante difícil, para não dizer improvável, sua total extração. A consequência pode ser a ocorrência de inflamações, infecções e até de necrose. Por isso, o risco de haver algum efeito colateral e até de morte é elevado no caso da cirurgia de aumento dos glúteos”, avisa.

Cirurgia cresce em todo o mundo

A procura pela cirurgia de aumento e contorno das nádegas tem aquecido o mercado de cirurgias estéticas em todo o mundo. No Brasil, foram mais de 200 mil procedimentos no bumbum só em 2022 – algo próximo dos 10% de todas as cirurgias plásticas feitas no país. Os dados são da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica (ISAPS, na sigla em inglês).

Em âmbito global, as cirurgias de aumento cresceram 137% entre 2018 e 2022, e estima-se que este mercado avance 22% até 2028, elevando o faturamento para a marca de US$ 1,5 bilhão. “A região dos glúteos também é uma parte cuja transformação promove uma elevação da autoestima feminina. Sentir-se bem consigo mesma traz efeitos positivos para a saúde mental, mas antes é preciso pensar na integridade física. E isso é algo que o PMMA não garante”, atenta o cirurgião plástico.

O médico da FVG garante que é possível alcançar o resultado desejado nos glúteos, mas a partir de outras técnicas, e com materiais mais seguros. “A primeira orientação é: esqueçam o PMMA! A segunda medida é buscar uma clínica especializada, responsável, e conversar com um profissional especializado, capaz de oferecer opções confiáveis, priorizando a integridade física e o resultado. É ele quem poderá dizer qual o procedimento mais adequado para cada caso. Fora desse cenário, descarte qualquer recomendação”, pontua.


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