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Estudantes do CEUB apontam a eficácia da Cannabis Medicinal no tratamento da epilepsia infantil

  • Segunda, 08 Agosto 2022 11:33
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Máquina Cohn & Wolfe
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Artigo do curso de Biomedicina destaca os benefícios do uso da substância para a redução significativa de crises epiléticas

Um estudo realizado por formandas do curso de Biomedicina do Centro Universitário de Brasília – CEUB aponta a eficácia do uso terapêutico de Cannabidiol (CDB) para o tratamento pediátrico de epilepsia. Motivadas pela ausência de medidas efetivas sobre o assunto no Brasil, as estudantes Ana Carolina Guimarães e Natasha Soares apresentaram, por meio do Programa de Iniciação Científica do CEUB, o artigo “Eficácia do Uso de Canabidiol em Pacientes Pediátricos com Epilepsia Refratária ao Tratamento: Uma Revisão Sistemática”.

Com o objetivo reforçar a eficácia do tratamento com CDB (Cem pacientes com epilepsias refratárias pediátricas resistentes aos fármacos convencionais, as formandas tiveram como foco o amplo espectro de propriedades farmacológicas, como ação analgésica e imunossupressora existente na substância. “Nosso ponto principal é mostrar que por mais que existam pesquisas e resultados promissores, o preconceito ainda é muito evidente na sociedade brasileira. Precisamos buscar mais alternativas eficazes para ajudar essas crianças”, frisam as biomédicas do CEUB.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o CBD pode ser usado no tratamento de diversas doenças, como, por exemplo, ansiedade, estresse pós-traumático, além de atuar como medicamento anti-inflamatório. Atualmente, o Brasil tem 18 medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas a liberação para o uso pediátrico ainda é polêmica e inacessível.

Analisando estudos que testaram crianças a partir de um mês de vida, a pesquisa aponta que a maioria dos pacientes utilizou o óleo de canabidiol purificado (60%) e 40% produtos combinados de CBD e Tetrahidrocanabinol (THC). Os experimentos envolveram crianças com as síndromes: Lennox- Gastaut, West, Dravet, Doose, Ohtahara, Epilepsia focal e Multifocal, Encefalopatía epiléptica, epilepsia generalizada, epilepsia infantil intratável, espasmos infantis, Sturge-Weber e epilepsia infantil de ausência focal. Foram extraídas e avaliadas as seguintes informações: idade dos participantes, tipo de epilepsia, dosagem do Cannabidiol, redução do número e/ou intensidade das crises e efeitos adversos. Quanto à frequência das crises, 14 estudos apresentaram pacientes que cessaram totalmente as crises. Entretanto, a maioria dos participantes envolvidos (80 -100%) na pesquisa dos 25 artigos, tiveram reduções menores das frequências das crises.

Por se tratar de uma doença que não responde aos medicamentos convencionais, a investigação de novas formas de tratamento, como o uso do CBD, pode proporcionar qualidade de vida para estas crianças e seus familiares. Além disso, o artigo acadêmico evidencia a segurança e eficácia do uso dos dois principais canabinóides (CBD e THC) em pacientes pediátricos, que possuíam efeitos leves em comparação a outros tratamentos considerados invasivos e tóxicos para as crianças.

Uma das autoras da pesquisa acadêmica, Ana Carolina Guimarães destaca que alguns pacientes conseguem ter acesso ao medicamento com muita dificuldade, já que é necessário entrar na justiça para conseguir uma receita do CBD. “Com a implementação de estratégias e políticas públicas sobre o Cannabidiol, o acesso ao tratamento será facilitado a todas as classes sociais.”

“Sobre nossa pesquisa, podemos evidenciar a eficácia do CBD - que, quando combinado com o THC, tem mais benefícios se utilizados com dosagem adequada. As reações adversas deste tratamento são bem mais brandas em relação aos fármacos convencionais. Por isso, precisamos incentivar e buscar mais pesquisas efetivas no Brasil. Resultados promissores nós temos, mas infelizmente o preconceito inviabiliza e demoniza o uso medicinal”, arrematam as Biomédicas, Ana Carolina e Natasha.


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