SEGS Portal Nacional

Saúde

Doenças raras atingem cerca de 13 milhões de brasileiros e apenas 4% possuem tratamento

  • Sexta, 25 Fevereiro 2022 18:30
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Rosana Duda
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
  • Imprimir

- Dia 28 de fevereiro é o Dia Mundial das Doenças Raras. Existem entre 6 e 8 mil doenças raras no mundo, entre elas as Mucopolissacaridoses (MPS).

- As MPS representam um grupo de doenças ultrarraras, que poderão ser diagnosticadas com a expansão do Teste do Pezinho Ampliado, conforme lei aprovada em 2021.

- No Brasil, o tipo II, conhecido como Síndrome de Hunter, é o mais prevalente — 1 caso para cada 200 mil nascidos vivos.

- A MPS II ocorre quase exclusivamente em pessoas do sexo masculino e, sem o tratamento adequado, pode causar a morte do paciente na primeira década de vida.

Em 28 de fevereiro é comemorado o Dia Mundial das Doenças Raras. Elas são, em geral, condições crônicas, progressivas e incapacitantes, podendo ser degenerativas, que, usualmente, causam grande impacto na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares, podendo também reduzir a expectativa de vida.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem de 6 a 8 mil doenças raras no mundo; destas, apenas 4% contam com algum tipo de tratamento e 30% dos pacientes acabam morrendo antes dos cinco anos de idade. No Brasil, estima-se que 13 milhões de pessoas tenham alguma doença rara.

Imagine que você tem um filho pequeno e que, à medida em que ele cresce, começam a ser observadas algumas diferenças no desenvolvimento em comparação com outras crianças. Você passa em médicos especialistas, faz uma série de exames, mas o diagnóstico final demora de 4 a 5 anos e, ainda assim, os desafios são inúmeros. E em muitos casos, levando a morte precoce. Essa é, em geral, a jornada dos pacientes com doenças raras.

Um exemplo são as Mucopolissacaridoses (MPS), doenças genéticas que fazem parte dos erros inatos do metabolismo. Nas MPS, a produção de enzimas responsáveis pela degradação de alguns compostos é afetada e o progressivo acúmulo destes no organismo do paciente, provoca diversas manifestações.

Entre as consequências das MPS, podem estar: limitações articulares, perda auditiva, problemas respiratórios e cardíacos, aumento do fígado e do baço, e déficit neurológico.

A incidência das Mucopolissacaridoses é de cerca de 1 para cada 25 mil nascidos vivos. De acordo com a enzima que se encontra deficiente, as Mucopolissacaridoses podem ser classificadas em 11 tipos diferentes.

No Brasil, o tipo II, conhecido como Síndrome de Hunter, é o mais prevalente — 1 caso para cada 200 mil nascidos vivos, com uma média de 13 novos casos ao ano. Ocorrendo quase exclusivamente em pessoas do sexo masculino, a MPS II, sem o tratamento adequado, pode causar a morte do paciente na primeira década de vida.

A MPS II poderá ser detectada, junto com outras enfermidades, por meio da expansão do Teste do Pezinho, que será implementada no SUS de acordo com a nova Lei 14.154 publicada em 27/05/2021.

O diagnóstico precoce combinado ao tratamento adequado (que está em fase de registro no Brasil pela JCR), o qual contempla as manifestações neurológicas e somáticas do paciente, deve mudar a história dos pacientes com esta doença.

Estudo clínico da JCR Farmacêutica para o tratamento da MPS II

Desde 2018, a JCR Farmacêutica — empresa de origem japonesa fundada em 1975 e focada no tratamento de doenças raras — desenvolve um estudo clínico do medicamento para a MPS II no Brasil. O tratamento é aplicado de forma intravenosa nos pacientes, e o medicamento da JCR atravessa a barreira hematoencefálica, penetrando no sistema nervoso central e também atuando em todo o corpo. Em pouco tempo, eles começaram a apresentar melhoras nos sintomas e, em alguns casos, até mesmo reversão de alguns aspectos do quadro clínico.

“A MPS não tem cura, mas com tratamento adequado e precoce é possível controlar a doença e aumentar a expectativa e a qualidade de vida do paciente e dos familiares”, explica Vanessa Tubel, CEO da JCR no Brasil.

O estudo é liderado pelo geneticista e professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dr. Roberto Giugliani; e também foi realizado na Universidade Federal de São Paulo, com coordenação da Dra. Ana Maria Martins, geneticista e professora da Unifesp.

“Novas tecnologias associadas a enzimas capazes de cruzar a barreira hematoencefálica (sangue-cérebro) permitem tratar as manifestações neurológicas a partir de tratamento administrado na veia. A combinação dessas novas tecnologias de tratamento com o diagnóstico precoce, idealmente através do teste do pezinho, trará um ganho significativo na qualidade de vida dos pacientes com MPS”, explica Dr. Roberto Giugliani.

Sobre a JCR Farmacêutica

Presente no Brasil desde 2020, a JCR Farmacêutica já aprovou o medicamento indicado para MPS II no Japão e está em fase de aprovação no Brasil, como um produto pioneiro em ultrapassar a barreira hematoencefálica, mesmo administrado por via intravenosa, para tratar a degeneração neurológica que ocorre em 70% dos pacientes com MPS tipo II, além de também ter eficácia para o tratamento da parte somática da doença. Esta doença é causada pela falta de uma enzima, ocasionando o acúmulo de moléculas complexas no organismo, o que atrapalha o desenvolvimento do paciente desde seus primeiros anos e pode levar à morte na primeira década de vida.

A pesquisa fase I/II da JCR é liderada no Brasil pelo geneticista e professor do Departamento de Genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dr. Roberto Giugliani. Além disso, o estudo também é realizado na Universidade Federal de São Paulo, com coordenação da Dra. Ana Maria Martins, geneticista, professora da Unifesp e membro da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM). Ao todo, são 19 pacientes envolvidos nesta fase da pesquisa, e em 2022 já está sendo iniciado o estudo fase III global, incluindo pacientes brasileiros.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

 

+SAUDE ::

Dez 19, 2025 Saúde

Cuidados com as doenças autoimunes no verão

Dez 19, 2025 Saúde

Festas de Fim de Ano e Obesidade: Quando a Bariátrica…

Dez 19, 2025 Saúde

HIV/Aids: especialistas explicam a importância da…

Dez 18, 2025 Saúde

Pós sol vai além da hidratação: por que restaurar a…

Dez 18, 2025 Saúde

Viagens de verão exigem cuidados com a saúde vascular

Dez 18, 2025 Saúde

Dezembro Vermelho: 5 curiosidades que você precisa…

Dez 17, 2025 Saúde

Festas de fim de ano: como preparar o intestino para…

Dez 17, 2025 Saúde

Baixa procura dos homens por atendimento médico aumenta…

Dez 17, 2025 Saúde

Verão: Impulso oferece às marcas possibilidade de…

Dez 16, 2025 Saúde

Magnésio e fígado gorduroso: novos estudos mostram como…

Dez 16, 2025 Saúde

Verão mais quente e chuvas intensas aceleram a…

Dez 16, 2025 Saúde

Serotonina em alta: suplementos para equilíbrio…

Dez 15, 2025 Saúde

Escarlatina e o impacto na saúde bucal

Dez 15, 2025 Saúde

Vitiligo: uma condição de pele com impactos que vão…

Dez 15, 2025 Saúde

Você já ouviu falar em cinesiofobia? Medo de sentir dor…

Dez 12, 2025 Saúde

Pesquisa revela relação entre problema de saúde oral e…

Mais SAUDE>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version