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Detecção precoce e inicial aumentam em 80% as chances de cura do câncer de pênis

  • Sexta, 18 Fevereiro 2022 10:39
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Adriana Veronez
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Brasil é um dos sete países que presentam as maiores taxas de incidência da doença no mundo. Fatores como falta de higiene local e tabagismo estão relacionados com o aparecimento da doença, entre outros.

Vergonha e desinformação são fatores primordiais que levam o homem a não procurar atendimento médico, fazer a prevenção e ter um diagnóstico precoce. Quando decidem procurar ajuda, em alguns casos, a descoberta da doença já está em estágio avançado, diminuindo a probabilidade de cura.

Indicadores recentes mostram que pacientes com câncer de pênis no Brasil, vivem em zonas rurais, apresentam baixa escolaridade e baixo grau de instrução.

Só em 2021, foram realizados 1457 procedimentos, dentre eles, amputações parciais, totais e outras cirurgias menores para o tratamento do câncer, de acordo com os dados do DATASUS – Ministério da Saúde- Sistema e Informações Ambulatorial do SUS (SIA /SUS).

Outro dado interessante divulgado pela revista “Neture Reviews/Urology, em dezembro de 2021, o Brasil é um dos sete países que tem as maiores taxas de incidência do câncer de pênis no mundo, dado para cada 100.000 habitantes. Nessa lista estão Ruanda (3,4), Paraguai (3,4), Colômbia (1,9), Moçambique (1,8), Venezuela (1,8), Índia (1,6) e Peru (1.4).

Diante deste cenário preocupante, no mês de fevereiro, em que se lembra o Dia Mundial do Câncer, a Sociedade Brasileira de Urologia realiza campanha de conscientização do público leigo sobre a importância da prevenção e o diagnóstico precoce, já que, o CP representa cerca de 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, uma vez que o tratamento é agressivo e mutilante, com impacto profundo na qualidade vida destes pacientes.

Entre os principais fatores associados ao aparecimento da doença estão a falta de higiene, associada à fimose, presença do Papiloma Vírus Humano (HPV), tabagismo, casos em que homens tinham várias parceiras sexuais, assim como o hábito da zoofilia (sexo com animais). “Quanto mais fatores de risco o homem apresenta, três ou mais, maiores as chances de se desenvolver o câncer”, diz o urologista, Dr. Roberto Machado, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Urologia de SP.

Apesar da baixa incidência de casos, quando comparado a outros tumores urológicos, a quantidade de procedimento e amputações de pênis, é alarmante. “O tratamento é mutilador, causa um profundo impacto na qualidade de vida destes homens, com sequelas psicológicas, por vezes irreparáveis. A doença é mais comum em idosos, mas pode acometer homens ainda jovens.”, alerta o urologista.

Segundo a Agência Internacional de Pesquisas em Câncer, apoiada em dados nacionais (INCA /MS), estimam aproximadamente 1658 novos casos anuais no Brasil, sendo este tumor classificado como sendo o vigésimo primeiro no ranking de incidência. A taxa de mortalidade, em números absolutos, vem subindo lentamente nos últimos 10 anos. Em 2010 foram registrados 363 óbitos, evoluindo com aumento gradual no número de casos, em 2019 foram computadas 458 mortes, de acordo com Atlas on-line da Mortalidade (SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade do MS).

A preocupação com esse cenário se faz importante, pois quanto mais cedo o câncer de pênis for descoberto, maiores as chances de cura do paciente. Caso o tratamento seja iniciado de forma tardia, os homens podem sofrer diversas consequências, inclusive a amputação do pênis. “Na maioria das vezes, o exame físico ou a simples observação, visualização e palpação da lesão pelo médico, mesmo sem o auxílio de exames de imagens (ultrassom/ tomografia/ressonância) pode levá-lo a suspeitar de câncer de pênis. No entanto, todas as lesões no pênis que não melhoram com tratamento local e ou medicamentoso, mesmo quando se tem alto grau de suspeita, devem ser biopsiadas para se confirmar o diagnóstico de câncer. A detecção precoce ou diagnóstico inicial, podem levar a uma média de até 80% de cura.”, “No cenário de doença avançada, as chances de cura diminuem para menos de 50% a 30%, dependendo do grau de destruição peniana e da presença de lesões nas virilhas.”, diz o médico diz Dr. Roberto Machado.

De acordo com o especialista, a enfermidade se manifesta como uma lesão superficial (mancha ou ferida) na parte interna da pele peniana ou na glande (cabeça do pênis). “Esta lesão inicial, geralmente, cresce e progride, podendo invadir ou destruir a glande ou o corpo (haste) do pênis causando dor. Outros sinais podem acontecer, principalmente quanto há demora no diagnóstico, como mau cheiro, sangramento e secreção da ferida. Alguns pacientes só buscam por ajuda quando ocorre piora do odor que se exala do pênis, piora da dor, aparecimento de lesões nas regiões inguinais ou quando algum membro da família toma consciência da doença”.

Sinais da doença

Ao contrário de outros tipos de cânceres, como o de próstata, que não apresenta sinais em fases iniciais, o câncer de pênis possui diversos indicativos que devem deixar o homem atento:

Alteração da pele na região do pênis: manchas, mudanças na cor e na textura, que fica mais grossa.

Feridas que não se cicatrizam

Secreções malcheirosas

Nódulos no pênis ou na virilha ou verrugas no pênis

Higiene íntima inadequada – é preciso puxar o prepúcio, pele que envolve a cabeça do pênis para limpá-la

Papilomavírus Humano (HPV)

Fimose (dificuldade ou impossibilidade de exposição da “cabeça” (glande) do pênis, por estreitamento do prepúcio, que é a pele que o envolve) – a fimose precisa ser operada.

Para os próximos anos, estas estimativas permanecem calculando quase 500 mortes no Brasil. “As ações de prevenção são essenciais para mudar este cenário, levam certo tempo, pois as orientações precisam ser feitas para os homens ainda quando criança para se evitar o desenvolvimento do problema na fase adulta. Por parte da SBU e suas filiais estaduais, todos os esforços estão sendo feitos, para mudar este cenário no Brasil, pois a doença, em muitos casos, pode ser evitada com medidas simples de higiene e mudanças de hábitos de hábitos de vida”, afirma o médico.”, finaliza Dr. Machado.


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