Homens jovens estão mais suscetíveis a morte súbita durante o sexo, diz estudo
O achado mais importante do estudo é que a maioria dos pacientes que morreram durante o sexo tinham o coração estruturalmente normal
A morte súbita, geralmente é associada à prática de exercícios físicos, e mesmo que seja um evento mais raro, a atividade sexual também é um fator de risco para este problema, sobretudo em homens jovens ou de meia idade. Por este motivo, o Hospital Pró-Cardíaco alerta sobre a importância dos cuidados com o coração para evitar mortes nestas circunstâncias.
Um estudo recém-publicado pelo Journal of the American Medical Association (Jama) analisou 6800 autópsias e descobriu que 0,2% das mortes naturais que foram investigadas estavam associadas à atividade sexual e envolviam predominantemente homens jovens, em média com 38 anos. Mas, o estudo também revelou que embora sejam minoria, ao contrário de outros achados, as mulheres também estão suscetíveis ao problema.
O achado mais importante do estudo é que a maioria dos pacientes que apresentou morte cardíaca súbita relacionada com a atividade sexual tinha o coração estruturalmente normal, o que sugere a presença de doenças de maior risco como canalopatias, que são algumas alterações genéticas que produzem proteínas "defeituosas" podendo causar arritmias e morte súbita. Os demais pacientes apresentavam algum tipo de miocardiopatia.
De acordo com o cardiologista do Hospital Pró-Cardíaco, Dr. Cláudio Tinoco Mesquita, para evitar que eventos cardiovasculares graves aconteçam é preciso procurar o médico, mesmo que não existam sintomas, e devem redobrar os cuidados aqueles que já apresentam história prévia de desmaios, casos na família de morte súbita ou síncope, e sintomas como falta de ar, dor no peito, ou aceleração dos batimentos cardíacos do coração. “As pessoas com doenças no coração têm o maior risco de morte súbita, em especial aquelas com alterações no músculo cardíaco (miocardiopatias), quem tem história de infarto, ou angina prévia, que fizeram cirurgia do coração, ou com doenças que aumentem o risco de arritmias como Síndrome de QT longo ou Síndrome de Brugada”, explica.
O especialista alerta que homens com disfunção erétil e pouca libido também devem procurar o cardiologista, pois estes são sinais da fase inicial de problemas físicos, em especial os ligados ao sistema cardiovascular, como infartos, derrames e pressão alta.
A boa notícia é que com estes achados, os autores concluíram que o sexo é uma atividade segura, mesmo para pacientes com doenças cardíacas, especialmente em pessoas com menos de 50 anos. “A prevenção é sempre a melhor maneira de se evitar complicações cardíacas de risco, e com boas medidas de saúde, a prática é segura e muito indicada, já que alguns estudos apontam que sexo de duas a três vezes por semana pode ter um efeito protetor para o coração pois, além de poder ser considerado um exercício de intensidade moderada, os hormônios liberados após a ejaculação ajudam a equilibrar uma série de funções metabólicas. Nestes achados, os homens com mais disposição para o sexo costumam ser menos sedentários e cuidam melhor da saúde”, aponta o cardiologista.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>