Estresse pode desencadear e agravar vitiligo
Mês de agosto reforça importância de procurar o controle da doença que afeta a pele
O vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. A diminuição ou até ausência de melanócitos, que são células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele, nos locais afetados, provocam as lesões características dessa patologia. O fator emocional é importante quando se trata de vitiligo. Situações estressantes, como a perda de um ente querido, brigas familiares, problemas na vida profissional e entre outras situações podem desencadear o início da doença ou até piorar o estágio clínico de um paciente.
Geralmente, quando há agentes estressores envolvidos, a pele é um dos primeiros órgãos a sinalizar que algo não vai bem no organismo, isso porque a pele e o sistema nervoso têm a mesma origem embriológica, a ectoderme. Devido ao fato de compartilharem a mesma formação, exercem influência mútua.
Em período de pandemia da Covid-19, o mundo está passando por um cenário caótico, que muitas vezes pode ocasionar estresse aos indivíduos, por isso, o mês de agosto se faz importante, por trazer destaque ao Dia Nacional dos Portadores de Vitiligo. “Além das alterações ou traumas emocionais, fenômenos autoimunes parecem estar associados aos fatores desencadeantes ou agravantes da doença”, explica a dermatologista do Hospital Santa Joana Recife, Daniela Oliveira.
De acordo com a médica, a doença tem controle, o paciente pode até ficar sem lesões, mas não existe cura. “Podemos classificar o vitiligo em dois tipos. O segmentar ou unilateral, que aparece apenas em uma parte do corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem; e o não segmentar ou bilateral, o mais comum, que se apresenta nos dois lados do corpo. Geralmente, as lesões surgem, inicialmente, em extremidades como mãos, pés, nariz e boca” acrescenta a dermatologista.
O diagnóstico é essencialmente clínico, além disso cerca de 30% dos pacientes têm algum parente com a doença, ou seja, a questão genética também se mostra no vitiligo. “O tratamento visa a estabilização do quadro e também a repigmentação da pele. A doença possui diversas opções terapêuticas, que variam conforme o quadro clínico de cada paciente. Medicações tópicas, orais, fototerapia, laser, transplante de melanócitos são algumas opções existentes”, comenta Daniela.
Sobre a prevenção, segundo a dermatologista, as pessoas devem tentar evitar os fatores que podem precipitar o aparecimento de novas manchas ou aumentar as já existentes, como o uso de roupas apertadas ou de peças que levem ao atrito e pressão sobre a pele, traumas físicos, controle de estresse e grande exposição solar.
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