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Dieta monótona deixa brasileiros mais vulneráveis a doenças

  • Sexta, 11 Dezembro 2020 11:14
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Fábio da Plena
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Estudo da Unicamp mostra que apenas 10 produtos são responsáveis por quase metade dos gastos da população com alimentação. Frutas e legumes respondem por menos de 10% do total

Existe um problema com a baixa diversidade da dieta brasileira. De acordo com os resultados de uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apenas 10 itens são responsáveis por quase metade do consumo alimentar do Brasil.

O levantamento mostra que o brasileiro tem uma “dieta monótona” e para a nutricionista Tatiane Rocha, experiente no tratamento de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, isso acende um grande sinal de alerta.

Segundo explica a especialista, a monotonia alimentar é perigosa. Muito além da preocupação com o ganho ou perda de peso, a falta de variedade nas refeições muitas vezes tem como resultado a ingestão insuficiente de nutrientes necessários ao organismo.

“A deficiência de vitaminas na dieta vai acarretar vários prejuízos ao indivíduo como indisposição, cansaço, anemia, fraqueza, entre outros”, enumera Tatiane.

Dieta monótona e pouco saudável

O estudo realizado pelo professor Walter Belik, da faculdade de Economia da Unicamp, mostra que, juntos, arroz, feijão, pão francês, carne bovina, frango, banana, leite, refrigerantes, cervejas e açúcar cristal compõem mais de 45% do cardápio do brasileiro.

Para Tatiane, essa combinação evidencia um desequilíbrio entre o consumo de carboidrato e vitaminas. “Sabemos que todos os carboidratos são macronutrientes fundamentais para o nosso organismo.

Eles fornecem energia para todas as células do nosso corpo. Porém, o consumo excessivo de carboidrato pode trazer vários prejuízos, indo desde o excesso de peso e aumento de gordura corporal e visceral, até contribuindo para um fígado gorduroso, que pode evoluir para a esteatose hepática”, esclarece.

No entanto, o problema pode ser ainda maior que isso. Conforme foi constatado pela pesquisa, o gasto médio do brasileiro com pão francês (cerca de R$ 1,2 bilhão) é quase o dobro do valor registrado em frutas como a banana (R$ 410 milhões) que aparece na lista e laranja (R$ 163 mi) e maçã (R$ 162 mi) que nem entraram no Top 10.

Arroz com feijão em segundo plano

Embora sejam vistos como os queridinhos dos brasileiros e estejam no ranking de principais produtos consumidos, a clássica combinação entre arroz e feijão também ficou para trás. Enquanto o primeiro soma R$ 821 milhões, o segundo leva R$ 408 mi do gasto alimentar no País.

Contudo, o fator mais preocupante se dá na comparação com outros itens que não oferecem nenhum valor nutricional. Os números apurados mostram que o brasileiro gasta R$ 831 mi com refrigerantes e R$ 693 mi com cervejas, por exemplo.

Muita carne e poucos legumes

Para a nutricionista Tatiane Rocha, outro ponto que chama atenção está no consumo excessivo de carnes e na presença baixa de verduras nos dados apurados pela pesquisa. Os campeões na mesa do brasileiros são as carnes bovina, com R$ 2,8 bi, e de frango, com R$ 1,7 bi.

Enquanto isso, os legumes são responsáveis por apenas 4% dos gastos da população com alimentação. O mesmo vale para as frutas. De acordo com a especialista, a ingestão excessiva de uma parcela de nutrientes pode ter efeitos tóxicos no organismo, enquanto a deficiência da outra pode comprometer a função intestinal.

“Tudo está ligado ao funcionamento intestinal. Ele é responsável por 90% do triptofano produzido no nosso organismo. Sem um intestino saudável, não conseguimos a quantidade ideal dessa substância, o que leva a uma conversão em serotonina insuficiente. Pessoas com quadros de depressão serão muito afetadas por isso e as demais serão mais vulneráveis a estresse, irritabilidade, dores de cabeça, enxaqueca, entre outros”, pontua.

Por fim, a nutricionista ressalta que a porção diária de ingestão de fibras recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma função muito importante na dieta. “As fibras não digeríveis, por exemplo, servem de alimento para as bactérias benéficas do intestino. Sem uma alimentação rica em fibras, automaticamente essas bactérias não vão se alimentar e vão morrer”, completa.


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