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Por que roncar não é sinônimo de dormir bem?

  • Segunda, 31 Agosto 2020 18:14
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Camila Tsubauchi
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Mais de 936 milhões de pessoas têm a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono - iStock

O ruído é sinal de obstrução nas vias respiratórias e prejudica quase um bilhão de pessoas em todo o mundo

O ser humano dorme em média 8 horas por dia, o que dá cerca de 2,9 mil horas por ano e, provavelmente, um terço de toda a vida. No entanto, nem todas as pessoas conseguem se deitar e pegar no sono imediatamente. Isso pode ocorrer por diversos motivos, mas um dos mais comuns é o ronco ou, mais profundamente, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono.

A revista The Lancet – uma das mais importantes publicações científicas do mundo – divulgou em 2019 que mais de 936 milhões de pessoas convivem com o problema, número quase 10 vezes maior que a estimativa de 2007 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que indicava a ocorrência em cerca de 100 milhões pacientes.

De acordo com o otorrinolaringologista e cirurgião de ouvido, nariz e garganta do Hospital Santa Cruz, Dr. Mohamad Feras Al-lahham, o ronco é um ruído provocado pelo estreitamento ou obstrução das vias respiratórias superiores durante o sono que, consequentemente, dificulta a passagem do ar e provoca a vibração dessas estruturas.

A apneia do sono é tudo isso somada à pausa da respiração enquanto se dorme, o que causa um impacto ainda maior na saúde. “Por isso, não tem como falar sobre ronco sem mencionar e investigar a apneia do sono. Nem todo paciente que ronca tem apneia, mas quem sofre desse problema, provavelmente ronca”, enfatiza.

Como o ronco prejudica a saúde?

Quando dormimos, nossos processos vitais entram em uma linha básica, reduzindo o gasto de energia. Com isso, os chamados hormônios do dia (adrenalina, cortisol e insulina) também dormem, enquanto o hormônio do descanso (melatonina) começa a se espalhar pelo organismo para promover o repouso necessário e a recuperação celular. Quando há alguma alteração nesse ciclo devido à obstrução das vias aéreas, a saturação sanguínea começa a diminuir até chegar a um nível tão baixo que o cérebro interpreta como sufocação.

“Quando chega a esse ponto, o corpo desperta para inalar mais oxigênio, fazendo com que nossos processos vitais e hormônios diurnos despertem também. É a partir disso que começamos a sentir os efeitos colaterais como insônia, palpitação, taquicardia, respiração rápida e ansiedade. Além disso, o efeito dos hormônios inapropriados pode levar a pressão alta, obesidade, alterações no colesterol e triglicerídeos, problemas no coração e no cérebro, sono diurno e cansaço crônico”, alerta o otorrinolaringologista.

Tratamento médico

Apesar da patologia ser comum, muitas pessoas não dão a devida importância ao problema e ao tratamento. “No consultório, a primeira coisa que precisa ser feita é a apuração do que causa o ronco ou a apneia de sono. A partir disso, é preciso descobrir se o problema tem origem obstrutiva como desvio de septo, hipertrofia do corneto inferior, sinusite crônica, pólipos nasais, entre outras patologias”, diz Dr. Mohamad.

De acordo com o médico, a melhor solução para corrigir essas disfunções precisa ser construída em conjunto com o otorrinolaringologista. “Se for uma rinite crônica, por exemplo, iniciamos sempre com medicamentos e acompanhamos a evolução. Porém, a maioria dos casos são cirúrgicos e demandam certo tempo de repouso, apesar da recuperação ocorrer rapidamente de modo geral”, explica.

Como podemos evitar ou melhorar o nosso sono?

Atitudes simples que reduzem o ronco e a apneia de sono

Dormir de lado: a obstrução das vias aéreas acontece mais quando se dorme de barriga para cima porque a língua e o palato mole são empurrados contra a garganta.
Perder peso: quando se está acima do peso, é possível que haja acúmulo de gordura em volta da traqueia, o que dificulta a passagem do ar.
Evitar álcool e nicotina: além de fazerem mal à saúde de modo geral, essas substâncias provocam o relaxamento dos músculos e o aumento da obstrução.
Exercitar a língua, a faringe e a garganta: tentar levantar o sininho da garganta, segurar e relaxar; abrir a boca tentando manter a língua grudada no céu da boca; posicionar o dedo na parte interna da bochecha entre os dentes pressionando a bochecha para fora são alguns exercícios que ajudam a diminuir o ronco.

Sobre o Hospital Santa Cruz

Fundado em 1966, o Hospital Santa Cruz está localizado no bairro Batel, em Curitiba (PR), e, desde junho de 2020, é unidade integrante da Rede D'Or São Luiz - maior rede de hospitais privados do país com atuação no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão, Bahia, Sergipe e Paraná. O Hospital Santa Cruz é considerado um centro de alta complexidade no atendimento das áreas de Oncologia, Cardiologia, Cirurgia Geral, Neurologia, Ortopedia, Pronto-Atendimento, Checkup e Maternidade. Com estrutura e equipe multidisciplinares, equipamentos de última geração e um moderno centro cirúrgico, oferece cuidado de alta qualidade centrado no paciente, segurança assistencial e humanização do atendimento. É reconhecido com o selo de Acreditação com Excelência Nível III, entregue pela ONA, sendo a instituição acreditada nesta categoria por mais tempo no Estado. Mais informações em www.hospitalsantacruz.com.

Sobre a Rede D'Or São Luiz

Fundada em 1977, a Rede D'Or São Luiz é a maior rede de hospitais privados do Brasil, com presença em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Distrito Federal, Pernambuco, Maranhão, Sergipe, Bahia e Ceará. O Grupo opera com 52 hospitais, sendo 51 próprios e um hospital sob gestão. Atualmente a Rede D'Or contabiliza 7 mil leitos operacionais, e tem planos de chegar a 11 mil até 2022. São, ao todo, 51,1 mil colaboradores e 87 mil médicos credenciados, que realizaram 1,2 milhão de atendimentos de emergência, 254 mil cirurgias, 32 mil partos e 383 mil internações nos últimos 12 meses, além de 9,6 mil cirurgias robóticas desde o início do serviço, há cinco anos. A Rede D'Or São Luiz também conta com a Oncologia D'Or, rede de clínicas especializadas em tratamento oncológico em que está presente oito estados brasileiros.


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