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'Dia D' da Diálise 2020 alerta para a desafiadora realidade dos pacientes renais crônicos no Brasil

  • Terça, 11 Agosto 2020 12:18
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  ABCDT
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Com campanha 100% digital, entidades representativas do setor cobram do poder público investimentos o setor da diálise e dos transplantes

Morador da cidade de Nova Olinda (TO), Pedro Paulo Pereira da Silva, de 62 anos, passa por um momento delicado em Brasília na luta pela vida. Pedro Paulo recebeu transplante de fígado há cinco anos, por causa de uma hepatite C, e agora depende de hemodiálise devido a problemas nos rins. O idoso está temporariamente na cidade de Valparaíso (GO), no entorno do DF, e precisa pegar ônibus três vezes na semana para se deslocar até o Hospital de Base, em Brasília, onde recebe o tratamento. Apesar da dificuldade financeira e de deslocamento, em breve ele seguirá para Araguaína, onde conseguiu vaga para diálise próximo dos filhos.

Do outro lado, temos a realidade do José, do Rafael, da Maria, da Cândida, da Ana, e de outros milhares de pacientes crônicos no país, que graças à oportunidade de dialisar perto de casa, com transporte garantido e seguro, desfrutam de qualidade de vida e participam das conquistas familiares. Atualmente, no Brasil, 140 mil brasileiros dependem única e exclusivamente do tratamento da Terapia Renal Substitutiva (TRS) para sobreviver. Visando proporcionar condições mais adequadas a pacientes, profissionais e às clínicas, a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) promove, pelo 3º ano, o “Dia D” da Diálise, data que marca a luta por reivindicações e melhorias para o setor.

Em 2020, o marco acontecerá no dia 27, mas ao longo de todo o mês de agosto, centenas de clínicas e pacientes estão engajados em mobilizar a sociedade e o governo em favor de investimentos para a nefrologia. Com o mote Vidas importam! A Diálise não pode parar, as principais reivindicações da ABDCT são pela adequada remuneração das 800 clínicas que prestam serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo tratamento de qualidade e acesso para todos os pacientes renais crônicos. Devido à pandemia, pela 1ª vez o “Dia D” acontecerá totalmente online.

Marcos Alexandre Vieira, presidente da ABCDT, reforça o pedido para que a sociedade, empresas, redes clínicas, indústrias, médicos, equipes multidisciplinares e familiares potencialize a campanha digital #adialisenaopodeparar em seus perfis nas plataformas digitais. “A saúde nunca foi tão valorizada como nesse momento e, por isso, contamos com o apoio e protagonismo da população na luta por condições mais justas para pacientes renais e colaboradores da área. Todos podem curtir e compartilhar essa campanha nas redes sociais. Juntos somos mais fortes! A Diálise não pode parar!”, destaca.

Campanha digital

Peças de divulgação com frases de impacto e apoio à causa, curiosidades e depoimentos de pacientes da campanha #adialisenaopodeparar estão disponíveis para download em www.vidasimportam.com.br, no Facebook @VidasImportam ou no IG @vidasimportam.

Sobre o Dia D da Diálise

No ano passado, as ações presenciais do ‘Dia D’ aconteceram simultaneamente em 40 cidades do país, mobilizando mais de 16 mil pessoas em defesa do tratamento renal, por meio de audiências, palestras e serviços gratuitos oferecidos à população. Em 2020, o ‘Dia D’ é realizado pela ABCDT com o apoio da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (SOBEN), Federação Nacional de Associações de Pacientes Renais e Transplantados do Brasil (FENAPAR) e Aliança Brasileira de Apoio à Saúde Renal (Abrasrenal).

O presidente da ABCDT lembra que o ‘Dia D’da Diálise 2020 acontece em um momento muito oportuno, quando a ABCDT celebra seus 30 anos. “Muito há ainda a ser feito e continuamos trabalhando, sobretudo notificando os órgãos públicos sobre a grave crise financeira enfrentada pelo setor”, completou Vieira. Segundo ele, a principal preocupação da Associação quanto à constante falta de investimento e de repasse do valor das sessões de hemodiálise está ligada à menor oferta de tratamento à população.

Descaso histórico

A falta de repasse do valor das sessões de hemodiálise, que ameaça o tratamento de milhares de pacientes renais, é realidade para dezenas de clínicas de diálise que prestam serviço ao SUS, oferecendo tratamento de terapia renal substitutiva para filtrar artificialmente o sangue. O atraso no repasse do pagamento da Terapia Renal Substitutiva (TRS) pelas Secretarias de Saúde estaduais e municipais aos prestadores de serviço ao SUS está entre os problemas recorrentes na nefrologia. Muitos gestores chegam a atrasar em mais de 30 dias o repasse após a liberação do recurso pelo Ministério da Saúde.

Outra questão está relacionada ao valor pago pelo Ministério da Saúde para o tratamento, que está abaixo do custo real e não acompanha a cotação do mercado. Grande parte dos insumos, como produtos e maquinários são importados, além de gastos com dissídios trabalhistas, folha de pagamento, água, energia e impostos. Com todas essas despesas e a grave diferença de valor, muitas clínicas ameaçam encerrar suas atividades pela falta de recursos para compra de insumos para o atendimento aos pacientes.

Desde 2019, a ABCDT tem se esforçado para pleitear, junto ao Ministério da Saúde, que o pagamento da TRS seja feito direto do Fundo Nacional de Saúde para as clínicas de diálise. A ideia é que os gestores estaduais e municipais passem a exercer apenas a atividade fiscal em relação à assistência prestada aos cidadãos.

A diálise peritoneal, que deveria ser uma alternativa à TRS, também passa por grave crise. Diferente da hemodiálise, que filtra o sangue através de máquina e dialisador para remover as toxinas do organismo, a diálise peritoneal realiza o tratamento dentro do corpo do paciente, por meio da colocação de um cateter flexível no abdômen para a infusão de líquido de diálise para filtrar o sangue do paciente. No entanto, a remuneração também está abaixo do custo e a situação das clínicas que oferecem os produtos e medicamentos é crítica.

Sobre a ABCDT

A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT) é uma entidade de classe que representa as clínicas de diálise de todo o país. Tem como principal objetivo zelar pelos direitos e interesses de seus associados, representando-os junto aos órgãos públicos, Ministério da Saúde, Senado Federal, Câmara Federal, Secretarias Estaduais e Municipais. Também representa as clínicas e defende seus interesses individuais e coletivos.

Serviço
Dia D da Diálise – Vidas importam! A Diálise não pode parar
Data: 27/08/2020
Organização: Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT)
Informações: www.vidasimportam.com.br


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