Demanda por escritórios adaptados à realidade pós-covid impulsiona segmento corporativo de arquitetura, aponta pesquisa da Archademy
Pandemia leva empresas a adaptar espaços de trabalho para incorporar home office e respeitar distanciamento social
O isolamento social forçado, devido à pandemia do coronavírus que assolou os mercados do mundo inteiro, tem levado as empresas a repensar as relações de trabalho e o formato dos escritórios para atender ao novo cenário que será instaurado pós-covid-19. Percebendo as vantagens do trabalho remoto e da jornada flexível, que podem resultar em mais produtividade e menos custos como aluguel, energia e limpeza, companhias brasileiras têm apostado na reformulação de seus escritórios, desenvolvendo ambientes mais enxutos e funcionais, que utilizam salas de funções múltiplas e atendem melhor às demandas do trabalho colaborativo.
É o que revela pesquisa "O impacto comercial da COVID-19 para Arquitetos e Designers de Interiores", desenvolvida pela Archademy, primeiro e o maior Market Network do setor no Brasil. Segundo dados do levantamento, que contou com a participação de 650 escritórios de arquitetura e design, 44,3% perceberam mudanças na demanda dos projetos corporativos durante a pandemia.
No total, 73,1% dos escritórios de arquitetura e design entrevistados receberam pedidos de projetos corporativos, dos quais 29,7% pediam readequação de layout para respeitar o distanciamento social, 26,6% precisavam reformatar o ambiente, que ficou menor com a pandemia, e 18,8% queriam adaptar o layout para atender à rotatividade advinda do home office.
"Há uma preocupação na readequação dos ambientes corporativos para duas principais novas dinâmicas do mercado pós-pandemia: distanciamento social e trabalho remoto. Isso tem impulsionado a demanda por profissionais de arquitetura, principalmente aqueles que se adaptaram para atender os clientes por meio de processos digitais", analisa Raphael Tristão CEO da Archademy.
Essa é a tendência que Ian Biella, arquiteto sediado na Archademy, tem observado dos novos projetos que chegam até ele, neste cenário de quarentena.
"As empresas começam a ter um feedback positivo do home office e a perceber que uma mudança estrutural pode ser positiva daqui para frente. Algumas companhias estão nos procurando para tornar o escritório mais dinâmico, pronto para atender a uma equipe mais enxuta, que tem parte dos funcionários em regime remoto, pelo menos em alguns dias da semana", explica Biella.
Entre as novidades estão a redução no número de estações de trabalho e a criação de um espaço compartilhado multifuncional. Diferentemente das salas de descompressão, tendência importada das startups do Vale do Silício, este novo ambiente tem como objetivo garantir reuniões presenciais entre as equipes, que deixaram de trabalhar fisicamente em um mesmo espaço, e a troca de ideias para projetos multidisciplinares.
"Sofás grandes com mesas de café ajudam a manter grupos maiores reunidos. Sem divisórias, o espaço transmite também o conceito do compartilhamento. Muitas empresas hoje trabalham com "squads", ou seja, times que têm diferentes experiências e formações, enriquecendo os projetos com mais diversidade na ideação.", explica.
As estações de trabalho também se tornam mais flexíveis. Sem "dono", qualquer profissional pode utilizar aquela mesa quando estiver no escritório, o que reduz a necessidade de manter várias baias para dar suporte ao time inteiro.
"Os espaços comuns deixam de ser apenas interativos, e passam a ser colaborativos", destaca o arquiteto. Segundo o especialista, as empresas têm desenhado escritórios para se tornarem um ponto de encontro, de reunião e discussão de projeto, e não somente um espaço físico mandatário, que serve de controle para a produtividade do trabalho. "Em 2 meses, a quarentena mostrou para os empresários o que eles levariam muitas décadas para perceber", complementa.
Sobre a archademy
A Archademy é o primeiro e o maior Market Network de Arquitetura e Design de Interiores do Brasil. Por meio de sua plataforma e comunidade a Archademy capacita arquitetos com conteúdos especializado, fomenta transações em seus centros de negócios, possibilita o gerenciamento de projetos e oferece crédito para a realização de projetos.
Hoje a comunidade Archademy conta com 50 mil arquitetos, o que representa 30% do mercado brasileiro. A startup, fundada em 2016, já acelerou a consolidação de mais de 1.000 escritórios desde sua criação. A construtech investe também na captação de clientes corporativos para serem disputados através de concorrência entre os escritórios que estão no programa de aceleração.
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