Porque é tão importante cuidar da saúde mental durante a pandemia
Medo, irritação, ansiedade, tédio, tristeza, insônia, falta ou excesso de apetite, insegurança. Provavelmente você já deve ter sofrido com alguns desses sentimentos desde o início do isolamento social, necessário como forma de tentar conter a disseminação do novo coronavírus.
Se há um ano alguém falasse que um inimigo invisível iria alterar a nossa forma de viver e obrigar a população a, na medida do possível, ficar em casa, provavelmente a maioria das pessoas iria dar risadas ou entender a previsão como mais uma das teorias da conspiração absurdas que surgem regularmente. Mas a Covid-19 é uma realidade e, mais do que nunca, é importante cuidar da saúde mental sua e de quem você ama neste momento de pandemia.
Ao sermos arrancados de nossas rotinas por uma pandemia, é esperado que sentimentos como estresse, medo e ansiedade apareçam em boa parte da população. Mas é necessário monitorar e, caso eles persistam, procurar ajuda profissional, algum serviço de acolhimento emocional gratuito ou até mesmo uma pessoa de confiança para conversar e aliviar a angústia.
E os dados são preocupantes. Uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), divulgada em 10 de junho, revelou que 65% dos 3633 participantes disseram ter uma piora na saúde mental durante o período da pandemia. Esta é a primeira das quatro fases da pesquisa.
Do mesmo modo, dados divulgados pelo www.guiadebemestar.com.br mostram que termos como "estresse" e "tratamento para ansiedade" passaram a ser mais procurados, na internet, depois do início da pandemia.
Como forma de tentar as ajudar as pessoas neste período, pesquisadores do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Cepedes/Fiocruz) produziram três cartilhas com recomendações em saúde mental na pandemia, que podem ser acessadas gratuitamente pela população.
Em uma das cartilhas, com recomendações gerais, afirma-se que é necessário ficar atento aos sintomas, mas, muitas vezes, é possível se manter equilibrado com algumas estratégias de cuidados psíquicos que começam por “reconhecer e acolher seus receios e medos” além de “manter ativa a rede socioafetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual”. Outra recomendação é evitar o uso de cigarro, álcool e outras drogas para lidar com as emoções.
A cartilha também sugere “Investir em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo (meditação, leitura, exercícios de respiração, entre outros mecanismos que auxiliem a situar o pensamento no momento presente, bem como estimular a retomada de experiências e habilidades usadas em tempos difíceis do passado para gerenciar emoções durante a epidemia) ”.
Para quem estiver trabalhando durante a epidemia, é ideal ficar atento às necessidades básicas, garantindo pausas sistemáticas durante o trabalho e entre os turnos.
Os especialistas também alertam para o problema da exposição excessiva às notícias e redes sociais que podem piorar sintomas como ansiedade. Eles sugerem que sejam adotadas uma espécie de dieta de notícias. “Não fique constantemente com a televisão ligada ou com as redes sociais abertas. Defina períodos específicos de seu dia para se atualizar sobre os fatos”, orienta a psicóloga Ana Maria Rossi, em entrevista ao portal da Revista Superinteressante.
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