IA entra em nova fase, e supervisão humana vira critério central, aponta OCDE
Estudo global alerta para riscos da automação excessiva e destaca modelos híbridos como caminho para inovação sustentável
A inteligência artificial e outras tecnologias emergentes entraram em uma nova fase de impacto estrutural, em que ganhos de produtividade caminham lado a lado com riscos crescentes de dependência automática e perda de capacidade crítica humana. A avaliação é do OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2025, relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), que analisa como a rápida convergência tecnológica está redefinindo políticas públicas, sistemas educacionais e ambientes de trabalho ao redor do mundo
Segundo o estudo, o avanço acelerado de sistemas inteligentes vem pressionando governos e instituições a repensarem a forma como ciência, tecnologia e inovação são incorporadas à sociedade. A OECD alerta que, sem supervisão humana adequada, a automação de tarefas cognitivas pode reduzir o esforço intelectual, comprometer a qualidade das decisões e enfraquecer habilidades essenciais como pensamento crítico, julgamento contextual e criatividade.
O relatório destaca que a próxima etapa da inovação será marcada menos por substituição humana e mais pela complementaridade entre pessoas e sistemas inteligentes. Modelos híbridos, que combinam IA com mediação humana, tendem a gerar melhores resultados, especialmente em áreas como educação, pesquisa, análise de dados e formação de competências, ao preservar o papel ativo do indivíduo no processo de aprendizado e tomada de decisão.
Outro ponto central do estudo é a necessidade de adaptar sistemas educacionais e científicos para essa nova realidade. A OECD aponta que políticas de inovação eficazes precisarão valorizar abordagens multidisciplinares, promover o uso responsável da IA e reforçar mecanismos que mantenham humanos no centro dos fluxos tecnológicos, evitando soluções puramente automatizadas.
No Brasil, o TutorMundi adota inteligência artificial como infraestrutura de apoio ao processo educacional, automatizando tarefas de bastidores como triagem de dúvidas, organização de demandas e revisão inicial de conteúdos. A mediação pedagógica e o acompanhamento do aprendizado permanecem sob responsabilidade exclusiva de tutores humanos, preservando a interação individual como elemento central do modelo.
Em 2024, a plataforma registrou mais de 47 mil horas de monitoria e ultrapassou 1 milhão de atendimentos desde sua criação, operando em um modelo que combina eficiência algorítmica com orientação humana contínua.
Para a OECD, esse tipo de abordagem será decisivo na próxima década. O relatório conclui que o sucesso da IA não dependerá apenas de capacidade computacional ou escala tecnológica, mas da forma como pessoas, dados e sistemas inteligentes interagem. Ambientes que reforçam a supervisão humana e o pensamento crítico estarão mais preparados para inovar de forma sustentável, confiável e socialmente responsável.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>