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IA, ataques invisíveis e ética digital: 7 previsões para a tecnologia na América Latina em 2026

  • Terça, 23 Dezembro 2025 18:34
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Pâmella Cavalcanti
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Por Sandro Tonholo, Territory Manager da Infoblox no Brasil

A conversa sobre tecnologia costuma ser dominada por promessas de inovação, mas os próximos anos exigem um olhar menos deslumbrado e mais estratégico. A chegada massiva da inteligência artificial aos ambientes corporativos, combinada à escalada dos ataques cibernéticos, ao endurecimento regulatório e à pressão por sustentabilidade, está criando um ponto de inflexão para empresas e governos não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina.

O foco está, muito mais, em repensar modelos de segurança, governança e responsabilidade digital, do que na simples adoção de ferramentas. Nesse sentido, as organizações que, até agora, não fizeram esse movimento de forma estruturada, correm seriamente o risco de ficar expostas técnica, legal e reputacionalmente.

A seguir, compartilho sete previsões que ajudam a entender como esse cenário deve evoluir nos próximos anos:

1. A IA vai transformar o jogo das ameaças cibernéticas

Até 2026, os ataques cibernéticos na América Latina terão um perfil muito diferente do atual. Grupos criminosos já estão utilizando inteligência artificial para tornar campanhas de phishing mais convincentes, automatizar a exploração de vulnerabilidades e ampliar a escala dos ataques.

Esse cenário torna obsoletos os modelos tradicionais de defesa. As organizações precisarão adotar estratégias mais inteligentes, baseadas em modelagem preditiva de ameaças e respostas automatizadas. Quem não evoluir nesse ritmo enfrentará riscos maiores, inclusive do ponto de vista regulatório e de compliance.

2. Ataques baseados em IA crescem. Governos e Startups intensificam respostas

Os números já indicam essa virada. No início de 2025, os ataques cibernéticos na América Latina cresceram quase 40%, com uma média superior a 2.700 incidentes por semana, acima da média global. Entre eles, estavam malwares e ransomwares baseados em IA, além de campanhas de deepfake usadas inclusive em contextos eleitorais na Argentina, no México e na Colômbia.

Ao mesmo tempo, a resposta regional avança. Programas como o Google for Startups selecionaram empresas do Brasil, Chile, Colômbia e México para desenvolver soluções de segurança baseadas em IA. A mensagem é clara: as organizações precisam de estratégias locais e defesas preditivas para acompanhar esse ritmo.

3. Regras de privacidade e cibersegurança ficam mais rígidas

O ambiente regulatório também passa por um endurecimento consistente. No Brasil, atualizações da Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber) e uma aplicação mais rigorosa da LGPD reforçam a necessidade de governança sobre o uso da inteligência artificial. O foco deixa de ser a automação e passa a incluir também a gestão de riscos, responsabilização e controle de fornecedores.

Movimentos semelhantes ocorrem em outros países. O Banco Central do México lançou um plano plurianual de cibersegurança, enquanto Chile e Colômbia avançam em políticas de resposta a incidentes e proteção de dados transfronteiriços. Panamá, Paraguai e Costa Rica seguem o mesmo caminho. Para as empresas, compliance deixa de ser um complemento e passa a exigir governança em tempo real e modelos de confiança adaptativos.

4. Segurança de DNS vira centro estratégico

O DNS deixa de ser apenas um elemento técnico e assume papel central na defesa cibernética. Mais da metade dos ataques de phishing na América Latina exploram fragilidades relacionadas ao DNS, mas apenas cerca de 20% das empresas utilizam inteligência de DNS de forma efetiva.

Essa lacuna começa a ser enfrentada por iniciativas regionais. CERTs de países como Chile e Peru estimulam o fortalecimento dessa camada de proteção, enquanto no Brasil, o NIC.br e o CDCiber lideram esforços colaborativos. A tendência é clara: visibilidade e bloqueio via DNS se tornarão requisitos básicos em qualquer estratégia de segurança madura.

5. Automação e capacitação em IA ajudam a enfrentar o déficit de talentos

A escassez de profissionais em cibersegurança segue como um desafio estrutural na região, agravado por restrições orçamentárias. Iniciativas como o Latamforce e o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) buscam capacitar milhares de profissionais, enquanto aceleradoras no México, Chile e Colômbia impulsionam o desenvolvimento de ferramentas de segurança baseadas em IA.

No ambiente corporativo, a resposta passa pela automação: SOCs apoiados por inteligência artificial, sistemas inteligentes de alerta e respostas automatizadas permitirão manter operações eficientes mesmo com equipes mais enxutas.

6. Sustentabilidade se consolida como pauta central na tecnologia

A chamada Green IT entra definitivamente no centro das decisões. Países da América Latina avançam na criação de mercados de carbono e regras de divulgação, alinhados a frameworks globais como o ISSB. O Brasil se destaca com leis que exigem reporte de riscos climáticos e limites de emissões, enquanto Chile, Colômbia, México e Peru seguem na mesma direção.

Empresas que investirem em data centers alimentados por energia renovável e em rastreamento transparente de emissões não apenas atenderão às exigências regulatórias, mas também se posicionarão como líderes em um mercado cada vez mais atento ao impacto ambiental da tecnologia.

7. Ética e humanização da tecnologia ganham protagonismo

À medida que a inteligência artificial se torna parte do cotidiano das organizações, o uso ético e o impacto humano passam a dominar as discussões. Empresas na América Latina precisarão estabelecer diretrizes claras sobre equidade, transparência e responsabilidade no uso de sistemas de IA. Para além do cumprimento regulatório, o foco será fazer com que a tecnologia sirva às pessoas, e não as substitua, por meio de soluções que respeitem a privacidade, reduzam vieses e fortaleçam a confiança. A inovação centrada no ser humano será um diferencial competitivo, e não apenas uma escolha moral.

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