Na sociedade atual, inclusão e igualdade social são dois fatores importantes. Por exemplo, muitos setores empresariais ainda são predominantemente masculinos e passam a impressão de estarem completamente fechados às mulheres. No setor de tecnologia não é diferente. Por isso, para o Dia Internacional da Mulher, traçaremos um perfil das mulheres no setor de tecnologia (especialmente segurança cibernética!) e apresentaremos vários projetos que incentivam as mulheres a entrar nesse setor.

Será que o setor de tecnologia é mais voltado para as mulheres do que parece? Não.

23% – Segundo a Deloitte , esse é o número de mulheres representadas no setor de tecnologia a partir de 2020. Você há de convir que esse número está longe da maioria ou mesmo nem próximo da igualdade. Poderíamos facilmente perguntar por que esse número é tão baixo. Em seu livro de 2019 Les oubliées du numérique” (As esquecidas do mundo digital) , Isabelle Collet, cientista da computação, professora-pesquisadora da Universidade de Genebra, destaca que na década de 1980, 40% dos diplomas de ciência da computação eram concedidos a mulheres na Europa e nos EUA. No entanto, agora esse número é de apenas 25%. É difícil entender por que isso acontece. Verdade seja dita, a história está repleta de mulheres que inventaram ou trabalharam em avanços tecnológicos que agora fazem parte do nosso cotidiano.

Você sabia que o primeiro computador moderno inventado em 1940 por Alan Turing foi baseado na obra de Ada Lovelace , considerada a primeira programadora de computador do mundo? E se lhe disséssemos que a estrela de cinema das décadas de 1940 e 1950, Hedy Lamarr também era uma cientista brilhante? Seu trabalho, considerado um "sistema de comunicação secreto" recebeu uma patente em 1942, inspirando a invenção do WI-FI, GPS e Bluetooth!

Desde então, muitas mulheres conquistaram o setor de tecnologia e mudaram o panorama do mundo moderno.

Um número cada vez maior de mulheres estão sendo atraídas para o setor de tecnologia, embora apenas 3% afirmem que esta tenha sido sua primeira escolha – talvez pela falta de informação dos recrutadores ou simplesmente por representar uma oportunidade de mudar para um emprego mais atraente. O exemplo de nossa colega Sanne Spiessens, gerente de verificação (Vetting Manager) para os EUA da GlobalSign, mostra como alguns aspectos da profissão permanecem obscuros até mesmo para os recrutadores:

"Recebi um telefonema inesperado de uma agência de recrutamento para um cargo de diretora de triagem. Na época, a maioria das pessoas tentavam adivinhar o que essa função envolvia, e foi basicamente isso que o recrutador me explicou. Ele falou: "Eu sei que parece um pouco obscuro, pois não é algo em que muitas pessoas já tenham experiência, mas achamos que você se encaixaria bem nessa função". Depois de passar vários anos em laboratórios de microbiologia, pareceu ser uma mudança óbvia para mim".

Essa facilidade de mudar de emprego ao longo da carreira talvez seja o motivo pelo qual o setor parece estar se abrindo cada vez mais para as mulheres.

O futuro do setor será feminino:

Como explicamos, embora as mulheres sempre tenham feito parte da força de trabalho, a realidade é que a proporção de mulheres caiu significativamente. A década de 1990 foi um ponto marcante para explicar esse declínio e, segundo Isabelle Collet a mania de TI e sua ascensão fizeram dela um grande problema para as empresas. Consequentemente, o setor tornou-se mais atrativo para os homens, deixando as mulheres menos propensas a buscar estudos na área, que passou a ser mais um objeto de poder para os homens. Acrescente a isso o advento dos computadores pessoais, muitas vezes comercializados exclusivamente para pais e filhos, como mostra este anúncio do computador Apple II em 1985. A cultura pop das décadas de 1980 e 1990 também não ajudou, pois filmes como Mulher Nota 1000 ou Jogos de Guerra idolatravam a imagem do gênio geek desajeitado usando a tecnologia para salvar o mundo e conquistar a mocinha.

No entanto, o setor de tecnologia parece agora estar fechando o hiato entre os sexos. O estudo da Deloitte Global também mostra que o hiato entre os sexos está diminuindo lentamente, prevendo que 25% do setor será composto por mulheres até o final deste ano.

Além disso, o relatório estima que as principais empresas de tecnologia terão em média 33% de mulheres no total da força de trabalho até o final do ano, um aumento de 2% em relação a 2019 (Figura 1).

A quantidade de mulheres em cargos relacionados à tecnologia também aumentará, embora tenda a ser 8% abaixo da parcela geral de mulheres.

Também vemos que a quantidade de mulheres nas oito principais empresas de tecnologia (Apple, Microsoft, Alphabet Inc, Amazon, Meta) aumentou 238% mais rápido que os homens! Três mulheres dessas empresas estão entre as 15 mulheres mais poderosas do setor de tecnologia (ranking da Forbes): Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook, Meg Whitman, CEO da HP (14º) e Susan Wojciki, CEO do YouTube (15º).

Mas o que é bastante satisfatório é que o ranking destaca empresas como a Girls Who Code, fundada por Reshma Saujani, que visa empoderar as mulheres por meio da tecnologia, e a GoldieBox, fundada por Debbie Sterling, que promove brinquedos de engenharia e construção para meninas. Inovações como essas são mais que bem-vindas em um momento em que a luta contra a desigualdade entre os sexos é ainda mais predominante.

Fechar o hiato entre os sexos é importante no mundo da tecnologia. Mas ainda há muitos obstáculos. A melhor maneira de incentivar as mulheres a ingressarem no setor de tecnologia será, sem dúvida, por meio de informações e orientação de carreira.

Como incentivar mais mulheres a ingressar no setor de tecnologia

Embora, em geral, a proporção de mulheres no setor esteja aumentando, o que pode ser feito para incentivar mais mulheres a ingressar no setor e, acima de tudo, o que pode ser feito para mantê-las?

Nos últimos anos, muitos projetos e associações foram criados para aconselhar e apoiar as mulheres em suas carreiras.

Isso começa na universidade, com programas que incentivam jovens alunas a ingressarem em Profissões STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). Quatro grandes universidades europeias (Canterbury Christ Church University na Inglaterra, BRNO University of Technology na República Tcheca, ETH University em Zurique e Tampere University na Finlândia) investiram em programas relacionados à ciência e tecnologia e agora 35% dos formandos são mulheres.

“É um excelente momento para começar a trabalhar neste setor de trabalho empolgante e essencial. Existem infinitas oportunidades para aprender, crescer e causar impacto!” Cally Fritsch, Diretora de RPM e Marketing de Produto da GlobalSign.

Para apoiar as mulheres que procuram carreiras no setor de segurança cibernética, a associação "WiCys – Women in cybersecurity" é considerada uma excelente fonte de orientação. Fundada em 2012, a WICys descreve-se como "uma comunidade global de mulheres, aliadas e defensoras, que se esforçam para reunir mulheres talentosas para celebrar e incentivar sua paixão e motivação por segurança cibernética. Reunimos comunidades locais de mulheres aspirantes e profissionais bem-sucedidas de segurança cibernética de todo o mundo para colaborar, compartilhar conhecimento, fazer networking e orientar. Criamos oportunidades através de programas de desenvolvimento profissional, conferências, feiras de emprego".

O programa oferece diversas iniciativas para que as mulheres recebam treinamento profissional, conectem-se com outras mulheres ao redor do mundo, além de conhecer e aprender com mentoras. A União Europeia também lançou seu próprio programa de recrutamento "Women TechEU", descrito como "um novo programa da UE para apoiar startups de alta tecnologia lideradas por mulheres e ajudá-las a se tornarem as campeãs de alta tecnologia de amanhã".

Outras iniciativas também são organizadas através do poder das mídias sociais. Para comemorar o Dia Internacional da Mulher 2022, foi criada a campanha #breakthebias (quebrando o preconceito). Usando a hashtag breakthebias, o IWD imagina um mundo de igualdade, livre de preconceitos, estereótipos e discriminação e convida as pessoas a se mobilizarem nas redes sociais no dia 8 de março de 2022, celebrando os sucessos das mulheres e aumentando sua visibilidade, denunciando as desigualdades. O IWD é outra organização formidável que visa celebrar as conquistas das mulheres e acelerar a igualdade entre os sexos. Atualmente, eles estão ajudando mulheres em diferentes setores, como tecnologia, ecologia, artes criativas ou esportes, a criar um ambiente de trabalho melhor e um melhor ambiente na sociedade.

No entanto, o caminho mais propício para maior inclusão das mulheres no setor de tecnologia não seria através de uma melhor integração? Conhecer aquelas pessoas significativas que irão incentivá-la e motivá-la a progredir em sua carreira? Lila Kee, da GlobalSign, que lidera a gestão de produtos e também é gerente geral para as Américas, vivenciou isso em primeira mão:

"É um campo empolgante que muda constantemente, onde você será sempre desafiado a desenvolver e contribuir. (Tive a sorte de trabalhar com diversas mulheres inteligentes e trabalhadoras que se apoiavam, em uma época em que oportunidades iguais e ambientes de trabalho progressistas ainda estavam surgindo em muitas áreas, especialmente se você fosse mãe que trabalhasse fora). Fui, e ainda sou, influenciada por mulheres que além de prosperar no estimulante setor de segurança cibernética, também encontram tempo para apoiar outras mulheres. Meu conselho é: se você quer uma carreira em segurança cibernética, vá em frente!"

O setor de tecnologia está crescendo e as mulheres estão progredindo. Elas são líderes, mentoras e apoiadoras, quebrando estereótipos ao longo do caminho. Qualquer iniciativa é fundamental hoje para conscientizar sobre o fato de que as mulheres ainda são discriminadas atualmente, tanto em termos salariais quanto em termos de promoções. Mesmo que seja animador ver todo o progresso que elas fizeram, ainda estamos muito longe de o mundo imaginado pelo IWD. Mas toda iniciativa ou projeto faz com que as coisas avancem e todos juntos ainda podemos quebrar o preconceito (#breakthebias). A GlobalSign está muito animada com este progresso e abraçamos todas as mulheres que contribuíram para o sucesso da nossa empresa!

Sobre a GMO GlobalSign

Uma das autoridades certificadoras mais difundidas no mundo, a GlobalSign é o fornecedor líder de soluções confiáveis de identidade e segurança digital que permitem às pequenas e grandes empresas de todo o mundo, bem como às empresas fornecedoras de serviços na nuvem e às empresas inovadoras na área da Internet das Coisas (IoT), assegurar as comunicações on-line, gerenciar milhões de identidades digitais verificadas e automatizar a autenticação e criptografia. A sua PKI escalável e suas soluções de identidade suportam bilhões de serviços, dispositivos, pessoas e coisas que compõem a IoT. Subsidiária da GMO GlobalSign Holdings K.K. e GMO Internet Group, empresas estabelecidas no Japão, a GMO GlobalSign tem escritórios nas Américas, na Europa e na Ásia.