Vacância de escritórios de alto padrão em São Paulo atinge menor nível histórico e confirma retomada do mercado corporativo
Setor de tecnologia lidera a ocupação no 3º trimestre, com destaque para Chácara Santo Antônio e Chucri Zaidan; Faria Lima segue como região mais cara do país
O mercado de escritórios corporativos de alto padrão na cidade de São Paulo atingiu o menor índice de vacância da série histórica, chegando a 12,8% no terceiro trimestre de 2025, segundo o relatório Market Beat Office, divulgado pela Cushman & Wakefield. O resultado representa queda de 0,9 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 5 pontos percentuais na comparação anual, consolidando a tendência de recuperação do setor.
A absorção líquida do período foi de 27,4 mil m², sinalizando continuidade da retomada, embora em ritmo moderado. O setor de tecnologia da informação foi o grande protagonista, concentrando a maior parte das novas ocupações e impulsionando especialmente as regiões da Chácara Santo Antônio e da Chucri Zaidan, que juntas responderam por mais de 20 mil m² absorvidos.
Tecnologia e serviços lideram novas locações
O volume total de locações no trimestre chegou a 59,8 mil m², com Chucri Zaidan na liderança (22,6 mil m²), impulsionada por negócios nos setores financeiro, de manufatura, agronegócio e tecnologia. A Chácara Santo Antônio registrou 11,3 mil m² – ocupados integralmente por uma empresa de tecnologia –, enquanto a Faria Lima somou 8,9 mil m², reforçando o interesse de companhias financeiras e de seguros por espaços de alto prestígio.
Preços sobem e consolidam valorização em regiões de alto padrão
O preço médio pedido subiu para R$ 142,63/m²/mês, um aumento de 2,5% sobre o trimestre anterior e 4,9% em 12 meses. A valorização foi puxada por edifícios de padrão elevado e endereços icônicos, com destaque para a Avenida Faria Lima, que atingiu R$ 285,64/m²/mês, mantendo-se como a região corporativa mais cara do Brasil.
O eixo de Pinheiros também apresentou valorização expressiva (+3,2%), alcançando R$ 165,63/m²/mês, consolidando-se como um dos novos polos preferidos por empresas de tecnologia e inovação. Já Chácara Santo Antônio, apesar do bom desempenho de ocupação, manteve valores mais acessíveis (R$ 72,49/m²/mês), o que tem atraído empresas em busca de eficiência e espaço para expansão.
Estoques estáveis e novas entregas previstas para o fim do ano
O trimestre não registrou novas entregas, mantendo o estoque total de 3,04 milhões de m². No entanto, a Cushman & Wakefield projeta mais de 60 mil m² em novos empreendimentos até o fim de 2025, concentrados nas regiões da Chucri Zaidan e Marginal Pinheiros, o que pode alterar as dinâmicas de vacância e preços no próximo período.
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