23.09 Dia dos filhos - Você tem cuidado dos seus filhos? Acidentes domésticos tiram vidas de milhões de crianças todos os anos
Acidentes domésticos tiram vidas de milhões de crianças todos os anos mundialmente
Especialistas explicam os riscos mais comuns e dão orientações práticas para prevenir tragédias dentro de casa
Segundo a Safe Kids Worldwide, em todo o mundo cerca de 1 milhão de crianças perdem a vida anualmente devido a acidentes domésticos. O cenário nacional também preocupa. Dados do Ministério da Saúde mostram que, apenas em julho de 2024, os atendimentos ambulatoriais destes casos com crianças de 0 a 9 anos aumentaram 21% em relação a 2023, passando de 5.679 para 7.746 casos. Entre 2023 e 2024, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) registrou 1.548 mortes de crianças por esse tipo de ocorrência, principalmente por sufocação, afogamento e quedas.
Para Isabela Pires, pediatrada Afya Educação Médica em Brasília, esses números são alarmantes. “Ambientes considerados seguros podem representar sérios riscos para as crianças. Felizmente, muitos acidentes podem - e devem - ser evitados com atitudes simples e a atenção constante dos responsáveis. Um ponto fundamental é que sempre deve haver um adulto específico olhando aquela criança. Não basta achar que todos estão de olho”, reforça.
A especialista também enfatiza que os riscos variam conforme a idade. Em bebês de até 8 meses, por exemplo, são mais comuns sufocação em lençois, cobertores e objetos no berço. Crianças que começam a engatinhar correm risco de afogamento em baldes, quedas de móveis e choques elétricos. Já a partir dos 3 anos, surgem os perigos ligados à cozinha, atropelamentos e até acidentes com armas de fogo em áreas de risco. “À medida que a criança cresce, os acidentes se tornam mais complexos, mas a necessidade de supervisão não diminui”, completa Isabela.
A Dra. Cíntia Johnston, coordenadora deTerapia Intensiva Pediátrica e Neonatal da Afya, destaca que os acidentes domésticos mais comuns são quedas, queimaduras, intoxicações, engasgos, afogamentos e cortes. Cada um exige um procedimento específico, mas, em todos, a calma é essencial.
“Em quedas, é preciso observar a consciência e a movimentação. Em afogamentos, retirar da água, checar respiração e iniciar RCP se necessário. Quando falamos em queimaduras, resfriar a área com água corrente e nunca aplicar pomadas, e, em casos de engasgos, incentivar a tosse ou realizar a manobra de Heimlich”, detalha a profissional. A especialista complementa que situações como perda de consciência, convulsões, dificuldade respiratória, sangramento intenso, queimaduras graves ou engasgo não resolvido exigem pronto-socorro imediato.
Orientações para prevenir acidentes domésticos com crianças
As especialistas reforçam medidas práticas que reduzem drasticamente os riscos:
- Instalar grades de proteção em janelas e escadas.
- Usar protetores de tomadas e manter fios elétricos fora do alcance.
- Guardar produtos de limpeza e medicamentos em armários altos, trancados e fora de vista.
- Na cozinha, cozinhar com os cabos das panelas voltados para dentro do fogão e nunca segurar a criança no colo enquanto prepara alimentos.
- Manter baldes, banheiras e piscinas sempre tampados e jamais deixar a criança sozinha nesses ambientes, nem por segundos.
- Oferecer brinquedos adequados à faixa etária e evitar alimentos de risco para engasgo em menores de 5 anos, como uvas inteiras, pipoca e castanhas.
- Capacitar pais e cuidadores em técnicas básicas de primeiros socorros.
A maior parte dos acidentes domésticos pode ser evitada com supervisão constante e pequenas adaptações no ambiente. Nesse sentido, a adoção regular de práticas preventivas deve ser encarada como parte essencial do cuidado. “É tão importante quanto vacinar ou alimentar adequadamente os pequenos”, finaliza Dra Isabela.
Sobre a Afya
A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina, e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar.
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